Depois de quatro jogos e um gol em seu retorno ao clube, atacante aposta em pré-temporada e estrutura que montou dentro de casa para voltar ao seu melhor nível: "Chegar o mais preparado" Os quatro jogos e um gol nos primeiros meses de seu retorno ao Fluminense podem ser considerados só um "aperitivo" de Alan. Atrapalhado por nove meses sem jogar e por uma grave lesão na panturrilha esquerda em 2022, o atacante de 33 anos espera apresentar em 2023 o "prato principal" que ativou as saudosas lembranças dos torcedores tricolores e os deixaram entusiasmados desde o anúncio de sua contratação.
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Alan após a vitória do Fluminense sobre o Bragantino
Marcelo Gonçalves / Fluminense FC
Para isso, Alan espera jogar mais e ter sequência na próxima temporada. E para isso ele aposta em alguns fatores: voltar a ter uma pré-temporada, o que não teve esse ano, e se preparar durante as férias com um "QG" montado dentro de casa. O atacante revelou que já vem se preparando fisicamente e que investiu na compra de uma câmara hiperbárica, que serve para melhorar a recuperação do desgaste físico, para ajudá-lo a chegar o mais preparado possível.
Esse tipo de câmara já é utilizado nos CT de alguns clubes no Brasil, como Corinthians e Flamengo, ou diretamente por jogadores, como por exemplo Hulk, do Atlético-MG. Quem entra no equipamento respira oxigênio puro enquanto é submetido a uma pressão equivalente ao dobro ou triplo da pressão atmosférica ao nível do mar. Estima-se que, com isso, a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue amplie em 20 vezes, aumentando a oxigenação dos tecidos, acelerando o processo de regeneração muscular e atenuando o processo inflamatório.
Hulk chegou a levar sua própria câmara hiperbárica para o CT do Atlético-MG na concentração
Reprodução
Veja a entrevista com Alan:
ge: imagino que 2022 tenha sido de diferentes emoções para você: por um lado marcou o seu retorno ao futebol brasileiro e ao Fluminense, onde sempre foi muito querido, mas por outro lado foram poucos jogos ao longo desses 12 meses. Que avaliação dá para fazer do seu ano?
– Acho que foi um ano atípico, que não foi exatamente da forma como eu esperava, mas que terminou com um saldo positivo. Claro que queremos e precisamos estar em campo o máximo de vezes possíveis, mas nem sempre as coisas saem como planejamos. Meus últimos meses na China foram complicados, mas o Fluminense me abriu as portas e consegui terminar bem o ano, jogando e me preparando também para um 2023 mais forte.
Depois que voltou ao Fluminense, a expectativa da torcida estava alta, você já estava se recondicionando nos treinos, mas aí veio a lesão. Foi até uma lesão mais séria, né? Acha que isso te atrapalhou mais do que a falta de ritmo pelo tempo parado?
– A minha expectativa e vontade também eram altas. Esperei muito por esse momento. Sem dúvida atrapalhou muito. Foi uma lesão complicada, num nível alto. Algo que nunca havia acontecido comigo, nunca tive lesões musculares. Acho que o longo tempo parado e a alta intensidade dos treinos acabaram causando a lesão, mas é algo que faz parte da nossa carreira. Agradeço muito ao departamento médico do Fluminense, que foi muito importante para que eu retornasse mais forte.
Diniz e Alan antes da reestreia do atacante com a camisa tricolor
Marcelo Gonçalves / Fluminense FC
Você foi relacionado pela primeira vez contra o Juventude, mas sua reestreia só aconteceu contra o Botafogo, cinco jogos depois. Chegou a ficar ansioso nesse período? O que o Diniz falava contigo?
– A ansiedade era alta, mas também é normal, pois estava sem jogar há muito tempo e na expectativa de vestir novamente a camisa do Fluminense dentro de campo. O Diniz sempre foi muito limpo comigo e falava que eu teria o meu momento certo. Não apenas eu, mas todos do elenco. É um time forte, encaixado, e eu estava tranquilo em relação a isso. Claro que queria jogar o quanto antes, mas o treinador sabe a hora certa para tudo.
Depois desses quatro jogos e um gol (veja no vídeo abaixo) nesse final de ano, quais são suas metas pessoais para 2023?
Veja o gol de Alan em jogo contra o Goiás
– Não sou de criar muitas metas individuais, mas quero estar em campo o máximo de vezes possíveis. Voltei para o Fluminense para jogar, para continuar a escrever minha história no clube, que começou há mais de uma década. Foi para isso que vim. Para ajudar, para conquistar títulos. E esses são meus objetivos.
Esse ano as férias estão sendo mais longas em função da Copa do Mundo. Como está sua programação até a reapresentação no início de janeiro?
– Tirei um tempo para viajar com a família, aproveitar um pouco os filhos, descansar, pois apesar de ter jogado poucos jogos, até pelo período que fiquei parado, deu para dar uma desgastada. Mas estou mantendo uma rotina de atividades para voltar no melhor nível possível e começar a pré-temporada muito bem. Estou tendo acompanhamento dos profissionais do clube, investi em alguns produtos para montar uma estrutura em casa, como a câmara hiperbárica, e manter uma rotina de treinos para não parar e chegar o mais preparado.
Alan com a esposa e os filhos na Disney durante as férias
Divulgação
Em 2023 você vai voltar a ter uma pré-temporada. O quanto está apostando nisso para ter uma sequência maior ano que vem?
– Acho que faz toda a diferença para qualquer jogador. Ter uma pré-temporada, um acompanhamento dos profissionais do clube desde o início do ano, é muito importante. E até para se adaptar ao estilo do treinador, tudo isso. São vários fatores importantes que a pré-temporada ajuda a nos manter num bom nível. Teremos muitas competições ano que vem, e o elenco vai se preparar desde cedo para brigar por todos os títulos.
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