"Eram humilhantes as gravações e algumas vezes me sentia como uma prostituta. O diretor Abdellatif Kechiche usava três câmeras, e quando você precisa fingir um orgasmo por seis horas... Não dá para dizer que não foi nada. O difícil para mim era mostrar mais os meus sentimentos do que o corpo", disse durante entrevista recente ao Daily Beast.
A atriz francesa também explicou como funcionava a dinâmica no set: "Quando estávamos gravando, percebi que ele realmente queria que entregássemos tudo. A maioria das pessoas nem ousa pedir as coisas que ele pediu, e elas são mais respeitosas", reconheceu ela que esteve no Brasil para lançar o longa há 10 anos. "As cenas de sexo são coreografadas, o que deixa o ato menos sexualizado. Você tem que estar fora do corpo".
Adèle é protagonista do recém-lançado "Passagens", dirigido por Ira Sachs, e ela contou que assim que soube da trama deixou claro quais seriam seus limites para as cenas mais íntimas. "Falei que não tinha e não tenho problemas com cenas de sexo, mas não quero que as pessoas vejam meu corpo como viram antes", comentou se referindo ao "Azul é a Cor Mais Quente". Ela acabou desabafando. "Então encontramos outro caminho. Ira não estava interessado em ver meus seios e meu corpo", disse.
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Fonte: Notícias ao minuto