Clube havia tentado contratar o jogador outras duas vezes antes de fechar negócio em julho Apresentado há dois meses como quarto reforço da janela do meio do ano, Paulinho chegou ao Vasco sem muitos holofotes, recebido com certa desconfiança pela torcida. Oito jogos depois, o meia é titular absoluto e peça-chave na reação em andamento do time no Brasileirão.
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Mas como o Vasco chegou ao nome de Paulinho, que estava na Arábia Saudita e era pouquíssimo conhecido no Brasil?
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O camisa 18, na verdade, era um desejo antigo do Vasco. A diretoria tentou contratá-lo por duas vezes antes de fechar negócio em definitivo em julho. Na apresentação do meia, o diretor-esportivo Paulo Bracks chegou a comentar essa insistência:
- Tentei contratá-lo em janeiro, tentei em abril, agora em julho deu certo.
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Paulinho faz a festa com a torcida em São Januário
Leandro Amorim / CRVG
Em 2021, Bracks tentou contratar Paulinho para o Internacional, clube do qual era diretor. Na ocasião, Edenílson havia recebido uma proposta e estava perto de sair. O departamento de análise e scout colorado garimpou o mercado em busca de um jogador com características parecidas e chegou ao nome de Paulinho, que atuava no Boavista, de Portugal. Houve reuniões, o Inter chegou a formalizar oferta, mas a negociação não avançou - e, no fim das contas, Edenílson ficou em Porto Alegre.
Já no Vasco, Bracks fez duas investidas em Paulinho, então jogador do Al-Shabab, da Arábia Saudita.
A primeira foi em janeiro, mas as conversas sequer evoluíram porque o meia ainda tinha cinco meses de contrato de empréstimo para cumprir com o Al-Fayha. O Vasco havia identificado a necessidade de contratar um meio-campista "box-to-box" e conseguiu preencher temporariamente a lacuna com a chegada de Andrey, emprestado pelo Chelsea.
Na segunda tentativa, em abril, foi o Al-Shabab que preferiu não abrir negociações.
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Em julho, quando partiu para a terceira, Paulo Bracks ouviu de Fred Moraes, empresário do jogador, que havia chance de sucesso. "Acho que agora vai dar", comentou o agente. O desejo de Paulinho de deixar o Oriente Médio e de vestir a camisa do Vasco, clube do qual é torcedor, facilitou as conversas.
- A gente estava naquela situação peculiar, nunca estive numa janela de meio do ano com o clube na 20ª colocação, como estava. Eu imaginei que teria essa dificuldade, só que aí pesou o lado pessoal dele. Ele, de família e coração vascaínos, ajudou muito - explicou Paulo Bracks ao ge.
- Lembro que fiz uma reunião com ele no meio da negociação, e ele disse: 'Eu quero esse desafio, quero ajudar, vamos sair dessa situação'. Foi um sinal verde muito forte", acrescentou o diretor.
Paulinho, do Vasco, em ação contra o Coritiba
André Durão / ge
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O Vasco acertou a contratação de Paulinho por cerca de R$ 6,5 milhões. O meia de 26 anos tem contrato até dezembro de 2025.
Ele se adaptou rapidamente ao time comandado por Ramón Díaz, que tem dado liberdade para que ele possa jogar - a impressão é a de que Paulinho está em todos os cantos do campo. Ele tem 13 desarmes em oito jogos, participou diretamente de alguns gols e deu a assistência para o terceiro gol do Vasco contra o Coritiba nesta quinta, marcado por Vegetti.
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