Verdão escolherá os próximos presidente e vice do CD em votação nesta segunda-feira O Palmeiras terá nesta segunda-feira à noite a eleição dos novos presidente e vice do Conselho Deliberativo. O pleito está movimentando os bastidores do clube e seu resultado terá importância nos próximos passos da política alviverde.
Alcyr Ramos da Silva Júnior, Roberto Silva e Carlos Antônio Faedo vão disputar a presidência, cargo que Seraphim Del Grande ocupa desde 2017. Grande aliado dos dois presidentes do clube no período (Maurício Galiotte e Leila Pereira), ele não concorrerá à reeleição desta vez.
Maurício Camargo, alinhado com a situação, e Felipe Giocondo, da oposição, concorrem à vice-presidência.
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Fabio Menotti
Na avaliação de muitos conselheiros, a presidência de Seraphim foi o início de um alinhamento de todos os poderes (Conselho Deliberativo e o Conselho de Orientação e Fiscalização, o COF) com a diretoria executiva.
Dos 291 conselheiros do Palmeiras, cerca de dois terços são parte da base da gestão de Leila Pereira, que apoia o candidato Alcyr Ramos da Silva Júnior para assumir a presidência do Conselho, além de Maurício Camargo como vice.
Alcyr é o atual vice do CD, mas não tem tanto apelo político. Sua escolha teve grande influência de Leila, que tem trabalhado nos bastidores pela sua eleição em um momento de críticas à gestão, mesmo de pessoas próximas. Houve até com um jantar no último fim de semana para que os candidatos da situação falassem para conselheiros.
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Há a expectativa de que a presidente faça algumas concessões em caso de vitória do seu candidato. A mais falada no clube é a retomada do direito de o conselheiro comprar um segundo ingresso para jogos com 50% de desconto. Este benefício foi retirado quando estourou a investigação sobre cambismo no Palmeiras e irritou os políticos alviverdes.
O resultado da eleição pode ser visto como um termômetro dos bastidores palmeirenses. Para a situação, a vitória de Alcyr significaria a manutenção do controle político nas principais pautas do clube.
Já a oposição entende ter uma chance real de conseguir mostrar força e chegar a um cargo relevante na política do Verdão depois da sequência de eleições vencidas pela base já no comando.
Na votação passada para a presidência do Conselho, Mário Gianinni ficou a oito votos de vencer Seraphim, mesmo não sendo um nome que contou com apoio de toda a oposição.
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Desta vez, Carlos Faedo foi uma opção mais alinhada com diferentes setores, como de conselheiros ligados ao grupo que antes era de Paulo Nobre, ao de Mustafá Contursi e também novas alas, como o movimento Ocupa Palestra (de Felipe Giocondo) e o Arquibancada, de ex-apoiadores de Leila.
A pauta mais defendida por Faedo é fazer o Conselho Deliberativo voltar a ter independência da diretoria executiva. O oposicionista também defende dar mais abertura a conselheiros que não apoiem necessariamente a gestão, já que há um entendimento de que os oposicionistas tiveram o espaço muito reduzido nos últimos anos.
Estas propostas são defendidas, também, por Roberto Silva, o candidato "independente" desta eleição. Próximo de Galiotte, ele era diretor da secretaria social na gestão de Leila, mas decidiu se lançar por não concordar com medidas da atual diretoria. Por isso, acabou demitido do cargo que tinha.
Roberto não tem um grupo de apoio público, mas é visto como um nome que pode conseguir trazer conselheiros insatisfeitos da situação, já que a eleição é com voto secreto. Entende-se que estes não anunciaram a escolha no candidato para evitar uma retaliação.
Um dos poucos a anunciarem voto nele foi Mustafá Contursi, ao Uol, mesmo tendo boa parte de seu grupo trabalhando pela candidatura de Faedo.
O fato de Roberto Silva ser ligado à situação faz com que muitos entendam que ele tende a tirar mais votos de Alcyr, e conselheiros ligados à candidatura de Faedo trabalharam para que o conselheiro abrisse mão da candidatura e se juntasse ao grupo da oposição para fortalecer a disputa contra o candidato de Leila. Isto até o momento não ocorreu.
Embora existam chapas de situação e oposição, a votação é separada. Ou seja: é possível escolher um nome para presidente que não esteja necessariamente alinhado com o vice.
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