Suspeito era considerado foragido da Justiça quando se entregou no Paraná. Segundo a polícia, a fraude praticada pelo advogado Rodrigo Tosta consistia na venda de créditos de ações judiciais que não existiam. Advogado Rodrigo Tosta
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O advogado Rodrigo Tosta Giroldo teve a prisão preventiva cumprida após se apresentar na delegacia de polícia em Maringá (PR) na semana passada. O advogado é suspeito de praticar o crime de estelionato e aplicar golpes que podem passar o valor de R$ 30 milhões, segundo a polícia.
O translado do estado do Paraná para Rondônia aconteceu por meio do Serviço Aéreo Policial (SAER) da Polícia Civil.
Em Porto Velho, ele foi ouvido pelo delegado titular da Delegacia Especializada em Repressão às Fraudes (Defraude) Swami Otto e em seguida foi transferido para o sistema prisional. Sobre o primeiro depoimento do suspeito, Otto não quis se pronunciar.
"O inquérito está em sigilo, somente as partes podem saber esse tipo de informação", disse.
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O g1 também entrou em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Rondônia (Sejus), que confirmou que o advogado segue detido no sistema prisional desde 23 de dezembro no cumprimento da prisão preventiva.
Quanto ao local em que o advogado está preso, a Sejus disse que as informações complementares são disponibilizadas apenas "para familiares, representantes legais ou órgãos voltados à Execução Penal".
Caminho da denúncia até o cumprimento da prisão
As investigações começaram após cerca de 18 vítimas de golpes procurarem a polícia para realizar a denúncia contra o advogado.
As vítimas relataram que o advogado era persuasivo e por ser "bem sucedido" socialmente e profissionalmente, não levantou suspeitas de que as abordagens pudessem ser golpes.
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Após entregarem o dinheiro e o advogado sumir, foi que elas buscaram ajuda policial. Entre as vítimas estão empresários e advogados.
Diante da denúncia, e com a prisão preventiva decretada, Rodrigo ficou em situação de foragido da Justiça. Mas compareceu, na semana passada, em uma delegacia de polícia em Maringá (PR), onde se entregou.
Até o momento a Delegacia Especializada em Repressão às Fraudes (Defraude) apurou que foram feitas vítimas em Rondônia e no estado do Acre.
Suspenso pela OAB-RO
Depois de tomar conhecimento sobre o caso, a OAB-RO afirmou que suspendeu o advogado, de forma cautelar, sem tempo determinado. O objetivo é "preservar a honra da classe".
O advogado também pode sofrer outras penalidades estabelecidas pelo Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB-RO, responsável por analisar os fatos e adotar as medidas cabíveis.
O g1 tenta localizar a defesa do citado.
