"Hoje, na final da Copa do Mundo, só espero que os jogadores em campo e o mundo inteiro se lembrem de que há um homem e companheiro de futebol chamado Amir Nasr, no corredor da morte, apenas por falar em favor dos direitos das mulheres", escreveu a colombiana.
"Espero que haja mais de um minuto de silêncio em nossos corações para lembrar o que é importante e mais de uma voz unida gritando pelo que é justo", completou.
O protesto no qual Nasr-Azadani participou teria acontecido no dia 16 de setembro, na capital Teerã, e terminou com a morte de um agente de segurança iraniano. O governo classificou o ato como um "motim".
Os protestos conclamando amplas mudanças sociais e políticas começaram em setembro e ocasionaram repressão brutal das forças de segurança iranianas, que prenderam mais de 14 mil pessoas, de acordo com as Nações Unidas. Pelo menos 326 pessoas foram mortas, de acordo com a ONG Iran Human Rights, com base na Noruega.
As manifestações no Irã começaram após a morte de Mahsa Amini, conhecida por seu nome curdo, Jina, sob custódia da polícia da moralidade, e têm sido lideradas principalmente por mulheres.
As arquibancadas da Copa do Mundo do Catar serviram de palco manifestações da torcida do Irã contra o regime durante o torneio, com a presença de camisetas, faixas e gritos por "Azadi" ("Liberdade", em persa). No jogo de estreia da seleção nacional, os jogadores não cantaram o hino.
Fonte: Notícias ao minuto