Cria da base do Ituano, jogador de 21 anos do Arsenal será o mais jovem do Brasil na Copa do Mundo do Catar Aos 21 anos, cinco meses e seis dias de idade, o atacante Gabriel Martinelli será o caçula da Seleção quando o Brasil estrear na Copa do Mundo do Catar, no próximo dia 24 de novembro, diante da Sérvia.
Com apenas duas convocações até então, o jogador do Arsenal pintou como uma das surpresas na lista final do técnico Tite para o Mundial. Martinelli vem sendo um dos destaques da ótima campanha dos Gunners, que lideram o Campeonato Inglês.
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Gabriel Martinelli participou da conquista do ouro olímpico
Lucas Figueiredo / CBF
E, como era de se esperar, a notícia da convocação emocionou não apenas o atacante, mas também toda a sua família. Gabriel Martinelli acompanhou o momento do anúncio dos 26 nomes selecionados para o Mundial em chamada de vídeo com familiares e amigos e, no momento em que teve o nome anunciado, a emoção tomou conta de todos, conforme revela o pai do atleta, João Martinelli, que acompanhou tudo de Itu, onde vive, no interior paulista.
– Existia a expectativa e estávamos esperançosos. Um pouco antes da convocação, o Gabriel fez uma chamada de vídeo, estava a família, namorada, alguns amigos, todos eufóricos e na expectativa. De repente o Tite começou a falar, quando chegou nos atacantes e falou o nome dele, ninguém se segurou mais. Foi um chororô muito grande, todo mundo se derramando em lágrimas. Eu, a mãe, ele, a namorada. Foi um negócio absurdo – conta.
– Como o meu coração está um pouco mais velho que o de todos, eu tinha a preocupação de não aguentar tanta emoção, mas graças a Deus passei por esse primeiro momento e estamos todos felizes. A ficha não caiu ainda e vai demorar para cair, mas a gente vai se segurando – completa, com bom humor.
João Martinelli, pai do atacante Gabriel Martinelli
César Santana
Opinião sobre a convocação
Conhecedor de futebol (até por ter praticado o esporte por muito tempo), João Martinelli opinou sobre a convocação de Tite no geral, a qual considerou bastante acertada.
– Eu acho que o Tite está fazendo a coisa certa. Ele já esteve em uma Copa do Mundo, já passou por todo esse processo e está levando mais atacantes. Chega em um determinado jogo, a partida amarrada, ele tem várias opções no ataque. Todos esses meninos que ele está levando são habilidosos, quebram linhas. O Gabriel é importante pela rapidez, é um jogador que vai para cima, quebra uma linha, pode dar um passe, fazer um gol. Tanto ele como o Vinicius (Jr.), o Rodrygo. Nesse ponto, acho que o Tite foi muito inteligente, pois chega em determinadas situações de jogo que você não tem o que fazer. Tem que mudar o sangue, colocar coisa nova, criar situações novas.
Gabriel Martinelli é um dos destaques da campanha do Arsenal na Premier League
REUTERS/David Klein
– E esses jogadores jovens que o Brasil tem, que são muitas as opções e o Gabriel é uma delas, acho que farão a diferença – completou o pai do caçula da Seleção.
Superstição positiva
Ao lado da esposa, Elizabete, João Martinelli mostra confiança na conquista do hexacampeonato no Catar. O pai do caçula da Seleção não deixa de se apegar, inclusive, ao histórico do Brasil, que em sua última conquista mundial também contava com um jogador revelado no Ituano em seu elenco.
– Eu acho que tudo que soma, que agrega, é positivo. Se tem esse fator de em 2002 o Juninho (Paulista) ter estado lá, ser da base do Ituano e a Seleção ter sido campeã, vamos agora também com o Martinelli. Ele está lá, é da base do Ituano e, quem sabe, não venha o hexa.
Elizabete e João Martinelli, pais de Gabriel Martinelli
César Santana
