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Seleção feminina reforça treinos de finalização para não repetir na França decepções do passado

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Por Virtual Rondônia em 23/07/2024 às 06:37:57
Eliminações na Copa de 2023 e nas Olimpíadas do Rio e de Tóquio têm em comum a falta do gol no momento decisivo Empate com a Jamaica elimina o Brasil na fase de grupos da Copa

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Nas duas últimas grandes competições internacionais, um gol fez a diferença para o Brasil ficar pelo caminho. Em 2021, a seleção feminina caiu nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio diante do Canadá, nos pênaltis, após empate em 0 a 0 no tempo normal. O placar em branco se repetiu ano passado, contra a Jamaica, e custou a decepcionante eliminação brasileira na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina, na Austrália.

Na convocação para os Jogos de Paris, o técnico Arthur Elias deixou claro que um dos seus objetivos nos treinamentos seria aprimorar as finalizações. Às vésperas da estreia, a lição parece bem assimilada pelo grupo.

- Todas que estão aqui são muito profissionais, são grandes jogadoras, e a gente ali da frente já tem esse entrosamento, já jogamos juntas, eu, Marta, Kerolin, Portilho... Então isso facilita um pouco o nosso desempenho ali na frente por nos conhecermos um pouco melhor. Agora é treinamento, aprimorar essa parte da finalização, que vai ser o principal. Quando tivermos uma chance temos que ir lá e matar - afirmou a meia-atacante Adriana, colega de Marta no Orlando Pride e ex-companheira de Gabi Portilho no Corinthians.

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Omar Vega/Getty Images

Em Bordeaux, base da equipe durante a primeira fase dos Jogos, Arthur Elias vai acrescentar outra atividade, especificamente voltada para eventuais disputas de pênaltis: nos treinos de penalidades, as jogadoras serão divididas em dois grupos no centro do campo, de onde sairão para cada cobrança, tentando simular uma disputa real.

- A gente tenta reproduzir o mais próximo possível do que chama de estado de jogo, que pode ser o desfecho de um mata-mata. Tem a distância que precisa ser percorrida até a marca do pênalti. É como se fosse um duelo mental - detalhou o auxiliar técnico Rodrigo Iglesias.

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O Brasil está no Grupo C dos Jogos de Paris e vai estrear contra a Nigéria, dia 25 de julho, em Bordeaux. Uma vitória na primeira rodada é considerada fundamental antes dos confrontos contra Japão e Espanha.

- A gente tem que conseguir os três pontos, até porque sabemos que vamos enfrentar duas equipes muito qualificadas como Japão e Espanha. A estreia é o jogo que vai ditar muito o ritmo da seleção. Então precisamos muito dessa vitória para começar bem e poder seguir na competição com mais tranquilidade - comentou a zagueira Rafaelle, também do Orlando Pride.

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Treino traz confiança, diz Tamires

Uma das mais experientes da seleção, a lateral-esquerda Tamires vai disputar pela terceira vez as Olimpíadas. A jogadora de 36 anos sabe que o gol é fruto da preparação tanto física quanto mental.

- É treinamento diário, para que você ganhe essa confiança, e também talento. Se você treina, você aprimora. E aí, em situações de jogo, em que você está um pouco mais nervosa, com toda aquela atmosfera que envolve o jogo, vai ser mais simples para você executar - observou ela.

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Marcos Ribolli

Nos Jogos do Rio-2016, foi também depois de um 0 a 0 com a Suécia na semifinal, no Maracanã, que o Brasil se despediu do sonho do ouro. As decepções dos últimos anos podem ser, também, um aprendizado para a equipe, acredita Tamires.

- Muitas coisas que a gente aprendeu em jogos passados servem para não cometermos o mesmo erro. Isso vai ser fundamental. Vamos viver muitos jogos de mata-mata nas Olimpíadas, e temos que estar preparadas para esses momentos - disse a lateral do Corinthians.

A lembrança do 0 a 0 com a Jamaica, ano passado, ainda pesa sobre a seleção feminina, que disputará as Olimpíadas com nove jogadoras que estiveram na Copa de 2023. Para Tamires, a ênfase no treinamento de finalizações pode trazer a confiança necessária para, dessa vez, o Brasil encontrar o caminho do gol na hora decisiva.

- A gente consegue estar preparada para o momento de um gol, que talvez tenha faltado para a gente na Copa do Mundo (de 2023), com o treinamento, trazendo essa questão mental e já visualizando mentalmente essa situação para que caso aconteça de novo a gente consiga ser mais feliz dessa vez - afirmou.

Fonte: Ge

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