Tanto em base anual quanto na margem, a expansão da carteira deve ser puxada pelo crédito direcionado, que deve crescer 12,4% em relação a abril de 2023, e 0,8% ante março deste ano. Para o crédito livre, a expectativa é de alta de 6% em um ano, e de estabilidade no comparativo mensal.
De modo geral, a carteira para pessoas físicas deve apresentar melhor desempenho, com alta de 10,6% em um ano e de 0,7% em três meses, ambas puxadas pelas linhas direcionadas (+13,3% e +0,9%, respectivamente). O crédito para pessoas jurídicas deve crescer 5,7% em um ano, mas recuar 0,4% no intervalo de três meses.
A Febraban espera que o desempenho da carteira PJ seja influenciado negativamente pelas linhas com recursos livres, afetadas pela sazonalidade negativa de linhas de fluxo de caixa e por um desempenho ainda fraco da linha mais representativa, a de capital de giro, que é bastante sensível aos patamares de juros.
De modo geral, a entidade vê os números como positivos. "Os números da pesquisa de abril continuam apontando para um horizonte mais promissor para o crédito em 2024. Assim, as projeções para o crescimento do crédito neste ano devem seguir sendo revisadas para cima, alinhando-se com as perspectivas mais positivas para o desempenho da economia", diz em nota o diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, Rubens Sardenberg.
De acordo com ele, a queda dos juros e da inadimplência tem ampliado a oferta de crédito pelos bancos. "A dúvida, agora, é se a piora recente no cenário macro, explicitada na última reunião do Copom, vai ou não inibir, ainda que parcialmente, esta trajetória de retomada do crédito."
A Febraban projeta ainda que as concessões de crédito cairão 0,5% em abril na comparação com março, mas que mantenham alta de 7,8% no comparativo anual. Em base mensal, a maior queda, de 1,6%, deve ser em linhas direcionadas (-1,6%), que no comparativo anual devem crescer 8,6%. Em termos mensais e anuais, as concessões devem ter melhor desempenho nas linhas para pessoas físicas, com altas de 4,4% e de 9,9%, respectivamente.
A pesquisa da Febraban foi feita com os maiores bancos do País, e é divulgada todos os meses como uma espécie de prévia da nota de crédito do Banco Central.
Fonte: noticias ao minuto