Paciente é um homem de 31 anos, que reside na capital paulista, e passa bem. Segundo balanço das secretarias da Saúde, país tem ainda um caso no Rio Grande do Sul e outro no Rio de Janeiro. São Paulo confirmou na noite desta terça-feira (14) um terceiro caso de varíola dos macacos no estado.
No Brasil, de acordo com as secretarias da Saúde, há ainda um caso confirmado no Rio Grande do Sul e outro no Rio de Janeiro, totalizando cinco casos no país.
Segundo a secretaria estadual da Saúde, o terceiro caso do estado é um homem que reside na capital paulista, de 31 anos, que está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas com bom quadro clínico.
O caso, assim como os outros dois no estado, é considerado importado, já que possui histórico de viagem para países da Europa, e foi confirmado após análise do Instituto Adolfo Lutz.
A Vigilância Epidemiológica do município, em parceria com o estado, monitora o caso e seus respectivos contatos.
Na última semana, São Paulo já havia confirmado outros dois casos importados.
O segundo paciente é um homem de 29 anos que viajou à Europa e está isolado em sua casa em Vinhedo, interior de São Paulo.
O primeiro caso da doença no país foi confirmado no dia 9 de junho pelo Instituto Adolfo Lutz.
O paciente, um homem de 41 anos que viajou à Espanha, segundo país com o maior número de casos da doença, foi colocado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital. Ele tem bom estado clínico.
Em relato à TV Globo, o paciente afirmou que estava bem. “Eu já contei 60 feridas, mas estou ótimo. Não há motivos para pânico. Eu não vejo a hora de sair daqui para voltar ao trabalho. Aliás, eu já até trabalhei daqui do hospital."
Todas as pessoas que tiveram contato com o paciente estão sendo monitoradas.
"Não estou preocupado em ser visto como o primeiro brasileiro com varíola dos macacos. Quero poder mostrar às pessoas que estou bem, que fui e estou sendo cuidado por excelentes médicos. Que um momento de dor sirva para a ciência brasileira desenvolver proteção a todos. A melhor proteção é a informação verdadeira. Sou a favor da ciência e aceito participar de pesquisas", afirmou.
É #FAKE que vacinas contra a Covid-19 causam a varíola dos macacos
No domingo (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou ter confirmado 780 casos de varíola de macacos em todo o mundo.
Os dados correspondem ao intervalo entre 13 de maio e 2 de junho e leva em conta apenas pacientes identificados em locais em que a doença não é endêmica. Segundo a entidade, não houve mortes relatadas.
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Varíola dos macacos: veja 5 pontos sobre a doença
Mundo
A OMS disse que a varíola dos macacos traz um "risco moderado" para a saúde pública mundial depois que casos foram relatados em países onde a doença não é endêmica.
“O risco para a saúde pública pode se tornar alto se esse vírus se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos mais propensos a risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas”, disse a OMS.
A organização diz que não há recomendação de uso de vacina da varíola para casos de varíola dos macacos.
Sintomas e transmissão
Imagem de microscópio mostra vírus causador da varíola do macaco
Cynthia S. Goldsmith, Russell Regner/CDC via AP
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.
"Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração", explica Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
"O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés", completa Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.