Os dois primeiros jogos de 2024 foi marcado pelo mesmo esquema da primeira metade do ano passado O Palmeiras começou a temporada com o mesmo esquema tático da primeira metade de 2023: o 4-2-3-1. Foi assim no empate contra o Novorizontino, na vitória de 3 a 2 sobre a Inter de Limeira, e ao que tudo indica, na sequência da temporada.
A janela de reforços feita pelo clube reforça a ideia de Abel de usar o sistema, que foi abandonado após a eliminação na Libertadores para o Boca Juniors. Sem peças de reposição, Abel se reinventou mais uma vez e montou um time diferente na arrancada do Brasileirão.
Abel Ferreira em Palmeiras x Inter de Limeira
Cesar Greco/Palmeiras
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A primeira peça que justifica o 4-2-3-1 é Anibal Moreno. Considerado como grande reforço no ano, ele é um camisa 5 clássico e "devolve" Zé à posição de segundo volante. Com isso, o Palmeiras ganha um jogador a mais com liberdade para se juntar à Veiga no setor de criação, buscando espaços entre as linhas do adversário.
O ataque com uma linha de três se mantém, com ao menos dois jogadores bem abertos para abrir o campo. No primeiro tempo, Luiz Guilherme jogou pela direita e Bruno Rodrigues ficou mais centralizado para abrir espaço ao avanço de Piqueréz.
Aníbal como cinco e Zé mais avançado: ataque do Palmeiras em 2024
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No segundo tempo, Abel inverteu os pontas: Breno entrou pela esquerda e Caio Paulista pela direita. Contra o Novorizontino, Breno Lopes fazia o movimento de Bruno e abria espaço a Vanderlan, com Mayke aberto pelo outro lado.
Palmeiras mantém modelo de ataque com Caio Paulista pela direita
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Perceba que o desenho de ataque se mantém o mesmo. O que muda são os nomes e a alternância entre quem ocupa o lado e quem joga mais por dentro. Por isso o treinador quis novos pontas para compor o ataque.
Palmeiras 3 x 2 Inter de Limeira | Gols | Campeonato Paulista 2024
Bruno Rodrigues e Caio Paulista possuem a característica de poderem conduzir e proteger jogando pelo lado ou jogarem mais de costas, pelo centro. Vieram para o Palmeiras para produzir essa alternância, com Caio podendo jogar até de lateral pela esquerda.
A importância dos pontas no Palmeiras tem um motivo simples: é assim que o time cria jogadas. Raphael Veiga não é e nunca foi um camisa 10 clássico. Ele é um ponta-de-lança, que entra na área e faz gols. Ele precisa de um time criando espaço para chegar de surpresa.
Com pontas e laterais versáteis e que alternam, Veiga, Rony, Flaco e Endrick conseguem chegar aos gols. Zé Rafael ganha espaço para jogar à frente. E as movimentações acontecem naturalmente: veja como Rocha e o próprio Veiga buscam o lado quando um dos pontas alterna.
Variação do Palmeiras pelo lado: Veiga e Marcos Rocha avançam
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O elenco atual tem ao menos cinco jogadores que podem jogar nos lados: Dudu, Caio Paulista, Bruno Rodrigues, Luiz Guilherme e Breno Lopes. Vanderlan e Mayke surgem como opções.
A prioridade, agora, é buscar um atacante de referência para repor a saída de Endrick, vendido ao Real Madrid. Algo que o treinador já deixou claro nas entrevistas:
Temos Rony de profundidade, López que faz muito bem a ligação de apoio e na troca do Endrick eu gostaria de ter um jogador na frente que fosse mais um avançado de referência. Vamos ver se é possível buscar, sabemos quanto é difícil. Temos algumas soluções, não sei se vamos conseguir chegar, mas precisamos de um terceiro elemento nessa troca que vamos fazer com o Endrick.
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