O g1 Rondônia conversou com um pediatra e psicóloga da APAE que deram algumas dicas de como minimizar os transtornos no momento da queima de fogos. Em alguns estados, legislação proíbe fogos de artifício barulhentos
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As luzes brilhantes à 0h do início de um novo ano, muitas vezes, são acompanhada de barulhos incômodos para pessoas e pets. Segundo especialistas, os fogos de artifícios podem causar muito incômodo para pessoas com deficiência intelectual e também pode causar lesões em crianças recém-nascidas.
Em Rondônia, o projeto de lei 09/2023 aprovado em setembro deste ano proíbe a soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos com estampido. Para quem descumprir a lei, está sujeito a apreensão dos produtos do infrator e uma multa definida pelo Poder Executivo. Para residências, o valor da multa pode ser dobrado.
O g1 Rondônia conversou com um o pediatra Walter Nero e a psicóloga da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Ana Paula Coelho, que deram algumas dicas de como minimizar os transtornos no momento da queima de fogos e de como agir em situações de crise causadas por conta do barulho das pólvoras.
Para as crianças, o pediatra explica que quanto menor a idade, a formação do sistema auditivo pode ficar comprometido por conta do som, já que intensidade de algumas frequências pode causar lesões que só vão ser percebidas quando as crianças alcançarem uma idade maior.
O médico indica não expor as crianças, principalmente nos primeiros dois anos de vida, em ambientes em que o fogos podem ser escutados.
"Uma das alternativas, além de buscar um ambiente longe do barulho, é usar os tampões de ouvido para bebês".
Para as pessoas com deficiência intelectual, principalmente pessoas com espectro autista que tendem a ter uma hipersensibilidade sensorial, a psicóloga ressalta que algumas medicações, já prescritas para os pacientes, que os acalmam, podem ser dadas antes desses momentos para evitar que a pessoa tenha uma crise.
Segundo a profissional, para amenizar o barulho, o indicado é colocá-las em um quarto o mais fechado possível, bem iluminado e com músicas tranquilas em um tom médio, ou um desenho infantil para distraí-los. O Importante é sempre estar acompanhado, junto de quem está em crise por conta do barulho, sempre com uma coberta fofa, para que a pessoa possa se acalmar.
"Abraços sem muitas conversas ajuda. Nada de pedir para ela se acalmar, apenas o contato físico pode melhorar".
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*Sob a supervisão de Daniele Lira.