Técnico entende que o Allianz Parque pode ter sintético, mas as condições do atual piso geraram muitas críticas após a vitória sobre o Fluminense Abel Ferreira detonou as condições do gramado sintético do Allianz Parque, após a vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Fluminense, neste domingo. O técnico disse que a situação atual aumenta o risco de lesões e por isso concordou com Fernando Diniz, que escalou reservas.
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– Já que dizem que sou chato, digo que este gramado tem que ser trocado urgentemente. Não quero saber quem vai pagar, se a WTorre ou o Palmeiras, não quero saber. Este gramado não está em condições de continuar a jogar futebol, neste momento é um risco para lesões de jogadores. Se eu tivesse no lugar do Diniz, teria feito exatamente o que ele fez – disse.
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– Espero que no próximo ano troquem este gramado, que seja como estava quando eu cheguei. Atrás de uma crítica tem que vir um elogio, porque é assim, então agradeço nossa direção e à WTorre, que acharam uma solução para jogarmos na nossa casa, nosso chiqueiro, onde temos que jogar. Só me sinto em casa aqui, em outros lugares é como jogar fora. É o que tenho a dizer. Vai uns elogios no meio e umas exigências, mas este gramado precisa ser trocado urgentemente – completou.
O Allianz Parque passou a ter gramado sintético no início de 2020, pois o campo natural nunca teve condições ideais nos cinco anos anteriores, tanto pela sequência de shows, quanto pela dificuldade de iluminação uniforme no local.
Abel deixa claro que prefere ter o piso natural, mas entende que o sintético do Palmeiras em suas melhores condições também é bom. Um laboratório da Fifa, inclusive, faz avaliações anuais, para comprovar que as condições são semelhantes a de um gramado natural.
O problema é que há um desgaste pelas apresentações consecutivas, inclusive no sábado. Houve um esforço tanto da WTorre quanto do Palmeiras para tirar a estrutura em menos de um dia, para que o Verdão não tivesse de ir para Barueri mais uma vez.
– Cícero (Souza, gerente de futebol) sabe como sou exigente. Se querem melhorar as condições do futebol brasileiro, há duas coisas que urge fazer: descanso mínimo de três dias para jogar no quarto, e a qualidade do gramado, sintético ou não. Este gramado (quando está) top, é bom. O Palmeiras não consegue ter aqui um gramado natural, porque entendo que os shows são, sim, uma receita. Se perguntarem, é claro que prefiro o gramado natural, mas não dá para ter aqui – ponderou.
– O que não podemos é ter um gramado cheio de coisinhas do espetáculo que fizeram da Taylor Swift, a quantidade de bebidas e tudo mais que deve cair ali dentro. O futebol brasileiro é muito intenso e exigente, e os espetáculos também. Se eram dez anos de garantia, isso então era na Holanda, onde jogam a cada 15 dias sem a poluição de São Paulo, os espetáculos daqui, os jogos todos aqui. Infelizmente a garantia não é de dez anos. Não tem mais como jogar aqui. Se jogar, vêm as lesões. Se vierem as lesões, eu avisei – completou.
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