"Fui criada longe dele", contou. Ela perdeu a mãe aos 13 anos e foi morar com a avó materna. "Eu acostumei a ficar longe do meu pai".
Segundo ela, depois da crise do banco Panamericano, que era controlado por Sílvio, as seis filhas se uniram em torno do apresentador. A aproximação foi marcada por uma viagem a Orlando, nos EUA, onde Silvio tem casa. Elas ficaram dez dias com ele.
"Daquele dia em diante a gente celebra o meu pai no aniversário e no Dia dos Pais".
Ela afirmou que hoje entende a distância após a separação e a morte da mãe. No entanto, lembrou que na adolescência isso foi difícil.
Na entrevista, a artista defendeu o filho, o ator Tiago Abravanel, que no "Big Brother 2022" revelou a distância do avô materno e o sofrimento por nunca ter sido integrado ao entorno do patriarca.
"Ele falou a verdade. Ele não cresceu perto do avô", disse. "Ele não falou mal, ele falou a verdade".
Cintia revelou, inclusive, que em uma fase de sua trajetória, após a separação do ex-marido, sobreviveu com uma cesta básica que recebia do SBT e ficou devendo a mensalidade da escola dos filhos. Mesmo assim, não pediu ajuda para o apresentador porque não era obrigação dele.
Cintia disse também que está conhecendo melhor Silvio Santos, "um senhorzinho de 92 anos". Segundo ela, o pai reclama da velhice e diz que não gosta dessa "brincadeira". Apesar das dificuldades de relacionamento, ela afirmou que aprendeu a ser simples e forte com ele.
Ex-administradora do Teatro Imprensa, que fazia parte do Grupo Sílvio Santos, a artista afirmou que o fechamento do local foi uma das perdas de sua vida e que sente orgulho das ações culturais que organizava, inclusive a formação de atores.
"Sofri muito quando fechou. Descobri que eu não tinha amigos, eu só gerava empregos", lamentou. Cintia está se redescobrindo nas artes plásticas e inaugurou recentemente a exposição "Sou eu" na estação Palmeiras-Barra Funda da CPTM.
Fonte: Notícias ao minuto