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Análise: Brasil usa "arco e flecha" para atacar, maturidade para defender, e fica perto do Mundial

Por Virtual Rondônia em 15/04/2023 às 08:39:21
Bolas longas para superar meio congestionado são a solução para abrir caminhos diante do Paraguai, que não encontrou espaços para pressionar mesmo com um a mais no segundo tempo A bola longa faz o papel do arco, os jogadores de velocidade disparam como a flecha, e foi assim que o Brasil encontrou caminhos para vencer o Paraguai e seguir 100% no hexagonal final do Sul-Americano Sub-17. Com lançamentos dos zagueiros como alternativa para superar a boa marcação adversária, a Seleção teve ainda maturidade para fechar a casinha e segurar a vitória em um segundo tempo quase inteiro com um jogador a menos.

Confira a classificação e a tabela atualizada do Sul-Americano Sub-17!

Brasil 3 x 2 Paraguai | Melhores momentos | Rodada 2 fase final do Sul-Americano Sub-17

O Paraguai conseguiu impor dificuldades à Seleção em sua característica mais forte: a saída de jogo por dentro com os volantes de frente para achar espaços para o quarteto ofensivo. Com o meio congestionado, os adversários ficaram confortáveis na marcação e coube ao Brasil usar a bola longa e apostar na velocidade de Rayan e Riquelme pelos lados.

Da Mata e Vitor Reis até encaixavam bons lançamentos nas costas da zaga, mas o Paraguai levava mais perigo quando tinha a bola. Com dois laterais de características defensivas (Chermont e Dalla Corte), a Seleção tinha uma linha de quatro posicionada muito baixa e sofria com espaços na frente da área. Foi assim que Riveros abriu o placar com liberdade na "boca do funil" aos 19.

Formação do Brasil em vitória sobre o Paraguai, pelo Sub-17

Rafael Ribeiro / CBF

O panorama não era dos mais favoráveis, mas o Brasil encaixou sua jogada de bola longa logo quarto minutos depois em golpe inesperado para os paraguaios. Riquelme inverteu com Rayan e recebeu lançamento de Da Mata no pé bom para invadir a área e cruzar buscando Kauã Elias para Villalba marcar contra. Empate que deu ao time de Phelipe Leal as rédeas da partida.

Brasil x Paraguai

Posse de bola: 40% x 60%

Finalização: 16 x 18

Finalização no gol: 8 x 3

Passes trocados: 277 x 393

Faltas cometidas: 10 x 7

Com o meio congestionado, Matheus Ferreira, Valim e, principalmente, Dudu participaram bem menos do jogo e a estratégia do arco e flecha seguia ditando as ações ofensivas. Lançamento longo para correria dos pontas. Até que Dudu tirou coelho da cartola aos 42 em jogada pela esquerda que Rayan concluiu na entrada da área: 2 a 1, e o Brasil novamente em vantagem no intervalo - o que é uma rotina neste Sul-Americano.

Rotina também é sofrer no segundo tempo. E dessa vez com o agravante da expulsão de Dudu logo aos quatro minutos. Se a bola longa para velocidade dos atacantes era alternativa, passou a ser praticamente única opção para um Brasil que se fechou para reduzir os espaços e forçar uma posse de bola sem muita agressividade do adversário.

Phelipe Leal comanda o Brasil em vitória sobre o Paraguai no Sub-17

Rafael Ribeiro / CBF

Apesar da presença no campo de ataque, os paraguaios tinham pela frente uma Seleção muito bem organizada, com duas linhas de frente bem ajustadas e Kauã Elias como opção para espetadas em contra-ataques. A postura defensiva segura blindou a baliza ao ponto de Phillipe Gabriel praticamente não ser importunado. O Paraguai tinha que apelar para cruzamentos e chutes de média distância.

A medida em que Bobadilla empilhava atacantes em sua equipe, sobravam espaços para os brasileiros atacarem. E assim foi! Luiz Gustavo apareceu bem pela direita em chute colocado que levou perigo, e logo depois, aos 34, marcou um golaço de fora da área: 3 a 1.

Villasanti ainda descontou, mas não impediu a vitória justa de uma Seleção que a todo instante apresentou alternativas para cenários de dificuldade.

Fonte: Ge

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