Fabio Paratici, atual diretor de futebol do clube inglês, deve ser proibido de executar atividades ligadas ao futebol em todo o planeta por dois anos A Fifa confirmou nesta quarta-feira que endossou e tornou mundiais as punições à Juventus e aos ex-dirigentes do clube italiano por conta de fraudes fiscais. Desta forma, todos os 11 profissionais alvos de sanções pela Federação Italiana de Futebol (FIGC) também passam a estar punidos pela Fifa, o que pode fazer o Tottenham perder seu diretor de futebol.
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Fabio Paratici está trabalhando no Tottenham desde junho de 2021
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Fabio Paritici, que ocupa o cargo de direção no clube inglês, é um dos ex-dirigentes da Juve que foram alvo das sanções da FIGC. Ele foi proibido de exercer suas funções no futebol italiano por 30 meses, e agora também deve ser impedido de atuar em outros países até o fim da punição.
A proibição prevê que os punidos não podem "representar clubes em âmbito federal, com eventual extensão no âmbito da Fifa e da Uefa". Ele ficaria impedido, assim, de estar em reuniões com empresários e jogadores e também em partidas oficiais e outros eventos.
- A Fifa pode confirmar que, após um pedido da federação italiana (FIGC), o presidente do comitê disciplinar da Fifa decidiu estender as sanções impostas pela FIGC a vários dirigentes do futebol para que tenham efeito mundial - disse a Fifa em comunicado.
A situação de Paratici se complica justamente em um momento em que o Tottenham vive uma crise na Inglaterra. Após ser eliminado na Liga dos Campeões, o clube decidiu demitir o técnico Antonio Conte e ainda não anunciou um substituto. A equipe está na quarta colocação do Campeonato Inglês, lutando por uma vaga na próxima Champions.
A Juventus e os diretores envolvidos ainda lutam na Justiça contra as punições da federação italiana. O clube italiano foi punido com a perda de 15 pontos na atuação edição da Série A após uma investigação que indicou fraudes fiscais nas contratações de jogadores.
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Paratici, que trabalha no Tottenham desde junho de 2021, foi o dirigente que recebeu a maior punição entre os envolvidos: 30 meses de proibição no exercício de atividades no futebol italiano. O ex-presidente da Juve, Andrea Agnelli, foi suspenso por 24 meses, e o ex-diretor Pavel Nedved, por oito meses. Mais nove dirigentes foram punidos.
O clube de Turim tinha sido absolvido junto com outras dez entidades no ano passado, mas o tribunal de apelação da FIGC aceitou o pedido do procurador federal de reabrir o processo devido aos elementos transmitidos pela justiça da Itália, que também investiga as contas da Juventus.