Clube considera vitória inicial ter evitado uma suspensão em dias, que faria o atacante desfalcar o time no Brasileirão, mas ainda tentará reduzir pena O Botafogo conquistou uma vitória inicial nos tribunais na última segunda-feira ao evitar que o centroavante Tiquinho Soares fosse punido com uma suspensão de 180 dias por dar uma cabeçada no árbitro Tarcizo Pinheiro Caetano, no clássico contra o Flamengo em Brasília, mas o departamento jurídico do clube ainda tem mais trabalho pela frente.
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Apesar de ter considerado um bom primeiro passo, o clube entende que as punições ainda foram muito duras tanto para o atacante como para o lateral-esquerdo Fernando Marçal. Tiquinho recebeu oito jogos de suspensão e multa de R$ 3 mil, já o defensor ficará de fora de cinco partidas e o mesmo valor a pagar. Ambos já cumpriram um jogo de suspensão automática contra o Resende.
- A defesa do Botafogo entende que, embora bem conduzida, alguns pontos foram excessivos. Então, nós vamos recorrer ao pleno do TJD-RJ - explicou o gerente jurídico André Alves.
Já nesta terça-feira, a equipe jurídica entrará com pedido de efeito suspensivo no pleno do tribunal para que os jogadores possam entrar em campo enquanto aguardam o julgamento nas outras instâncias, que ainda serão marcados.
Duas peças-chave para evitar uma punição maior ao atacante foram os depoimentos do próprio árbitro no tribunal e do atacante, que ressaltou nunca ter passado por situação semelhante em mais de 15 anos de carreira no futebol.
- O artigo de agressão física é um artigo muito gravoso, muito pesado, e por isso deve ser aplicado com ressalvas. O depoimento do árbitro favoreceu, porque ele disse que não houve agressão. Isso tudo auxiliou a defesa. Sem dúvida, as palavras do árbitro e do Tiquinho foram muito importantes para tirar essa carga pesada de 180 dias. Se mantivesse essa penalidade seria muito prejudicial ao Botafogo e ao atleta - complementou Alves.
Tiquinho Soares em Fluminense x Botafogo
André Durão
Mandos de campo
Outra questão que será trabalhada pelo jurídico do clube é a perda de mando de campo em dois jogos que sofreu por conta dos objetos arremessados no gramado do estádio Mané Garrincha também no clássico contra o Flamengo. O regulamento prevê a aplicação da punição cinco dias úteis após o julgamento, com isso, o clube só cumpriria a pena em eventuais semifinal e final do Estadual.
- Esse ponto será abordado no recurso e, de repente, poderá ser apreciado pelo pleno. A ideia é recorrer, pedir os efeitos suspensivos, e aguardar a decisão do relator - concluiu André.
Com ou sem Tiquinho Soares e Marçal, o Botafogo decide a vida na Taça Guanabara nesta quarta-feira (08) às 21h10 quando enfrentar a Portuguesa, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela última rodada. O Glorioso precisa vencer e torcer contra Vasco ou Voltaço para avançar. Se ambos vencerem, precisa tirar cinco gols de diferença de saldo para o time da Cidade do Aço.
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