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'Pergunte por Aline': como mulheres vítimas de assédio e violência podem pedir ajuda em bares e boates de Porto Velho

Por Virtual Rondônia em 04/03/2023 às 12:57:23
Funcionários dos estabelecimentos começam neste sábado (4) a receber orientações para identificar a violência e como agir em casos de agressão ou assédio. OAB-RO visita casas noturnas, para orientar a necessidade de implantação dos protocolos de segurança para ajudar mulheres vítimas de violência e/ou agressões.

Mariane Rossi/g1

Se você está curtindo a noite sozinha, em um encontro romântico ou com amigos e começa a se sentir insegura, vulnerável ou ameaçada, saiba que você pode pedir ajuda de uma forma discreta.

Basta procurar um funcionário do bar ou da boate e perguntar por Aline. Essa frase-código dará início a um protocolo para prevenir uma agressão mais grave.

Para ajudar na implementação do protocolo, a partir deste sábado (4) a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB-RO) fará visitas às casas noturnas, para orientar os donos e funcionários sobre as ações de segurança que devem ser tomadas para ajudar as mulheres.

Segundo a OAB, após o código ser dito, a primeira ação dos funcionários é separar a vítima do agressor e levá-la para um local seguro.

Leia mais: 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto no Brasil em 2022

"A campanha nasceu em decorrência da aprovação do Projeto de Lei que visa estabelecer que as casas noturnas tenham um protocolo de segurança para as mulheres", informou a OAB-RO.

Esse Projeto de Lei foi aprovado em fevereiro na capital, para garantir que as vítimas sejam rapidamente amparadas em bares e boates.

"Um ponto central é o foco na atenção à vítima e não no agressor. A pessoa agredida deve ser mantida longe de seu agressor, receber todas as informações pertinentes e ter suas decisões respeitadas", explicou a OAB-RO.

35 agressões por minuto

O ano de 2022 foi especialmente difícil para as mulheres no Brasil: todos os indicadores de violência contra a mulher subiram no ano passado, de acordo com a quarta pesquisa "Visível e Invisível - a Vitimização de Mulheres no Brasil" - do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Datafolha divulgada nesta semana.

Nos últimos 12 meses, 28,9% (18,6 milhões) das mulheres relataram ter sido vítima de algum tipo de violência ou agressão, o maior percentual da série histórica;

Isso significa que 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto no país.

Entre os tipos de ofensas mais citadas estão: as ofensas verbais, perseguição, ameaças, agressão física (chutes, socos e empurrões, por exemplo), ofensas sexuais, espancamento ou tentativa de estrangulamento, ameaça com faca ou arma de fogo.

Fonte: G1 RO

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