Três dos suspeitos de participarem da tentativa de invasão à sede da PF e atos de vandalismo no DF são moradores de Rondônia Joel Pires Santana e Samuel Cavalcante foram presos em RO em ação da PF para combater vandalismo
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Dois dos bolsonaristas presos em Rondônia por praticarem vandalismo em Brasília e tentativa de golpe de Estado serão ouvidos pela Justiça nesta sexta-feira (30) em uma audiência de custódia.
Segundo a Polícia Federal (PF), que iniciou uma operação na quinta-feira (29), três dos suspeitos de participarem da tentativa de invasão à sede da PF e atos de vandalismo no DF são moradores de Rondônia. Eles foram identificados como:
Ricardo Yukio Aoyama, de 33 anos, em Ariquemes (RO);
Joel Pires Santana, de 40 anos, em São Francisco do Guaporé (RO).
Samuel Barbosa Cavalcante, 43 anos, de São Francisco do Guaporé (RO).
A TV Globo apurou que Joel Pires Santana e Samuel Barbosa Cavalcante seguem presos e estão com audiência marcada para esta sexta-feira. O g1 tenta localizar a defesa dos suspeitos.
Ainda não foi informado se os agentes da PF conseguiram cumprir o mandado de prisão contra Ricardo Yukio Aoyama. Na casa dele os policiais encontraram uma arma, quatro carregadores e diversas munições.
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Joel Pires Santana, de 40 anos, trabalha como juiz de paz no cartório de São Francisco do Guaporé (RO) e se apresenta também como pastor de uma igreja na cidade.
Já Samuel Barbosa Cavalcante, da mesma cidade, é empresário e foi candidato a deputado estadual nas Eleições 2022 pelo Partido Liberal (PL).
Yukio Aoyama, de Ariquemes, é apoiar do presidente Jair Bolsonaro e é ligado a grupos extremistas.
A investigação apontou que os bolsonaristas de Rondônia frequentavam os atos no Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU) em Brasília, como Joel, ou que patrocinava os atos, e Ricardo, que é suspeito de comprar combustíveis.
Operação Nero
A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal começaram a cumprir, nesta quinta, 32 mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de uma tentativa de invasão à sede da Polícia Federal e atos de vandalismo em Brasília, em 12 de dezembro. Sete pessoas são consideradas foragidas.
Em Rondônia, a PF também cumpriu oito mandados de busca e apreensão, sendo estes nas cidades de Ariquemes, Monte Negro, Alto Paraíso e Comodoro, que fica na divisa com Vilhena (RO).
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A operação ganhou o nome de Nero, em referência ao imperador romano do primeiro século que ateou fogo em Roma.
Segundo a PF, as investigações tiveram início depois da tentativa de invasão à sede da PF. À ocasião, bolsonaristas tentaram resgatar um homem preso pela instituição, no dia 12 de dezembro. Sem sucesso, iniciaram ataques de vandalismo na capital.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 8 veículos, entre carros e ônibus, foram incendiados pelo grupo. Eles também quebraram vidros de automóveis, depredaram equipamentos públicos e a 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.
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