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Ex-companheiros de futsal relembram início da carreira de Otávio, de Portugal, na Paraíba

Por Virtual Rondônia em 10/12/2022 às 05:21:15
Meia do Porto e da Seleção Portuguesa foi um dos grandes destaques do futebol da paraíba no início do século e é lembrado com muito carinho pelos ex-colegas de time Como diversos grandes craques brasileiros, o meia Otávio, que é naturalizado português, e hoje é peça-chave da seleção de Portugal, comandada por Fernando Santos, deu os seus primeiros passos no futsal. Os primeiros chutes foram na sua cidade natal, João Pessoa, no Cabo Branco, tradicional clube da capital da Paraíba.

Otávio, jogador de Portugal, é o único paraibano na Copa do Catar

Foi nos primeiros anos deste século que Otávio começou a se destacar no futsal paraibano. Era o camisa 10 do Cabo Branco e o principal nome dos seus times, nas então chamadas categorias Fraldinha e Pré-Mirim.

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Um dos seus companheiros daquele tempo foi Léo Henrique, que jogou nas categorias de base de Flamengo e Fluminense no futebol de campo, rodou pelo país e hoje atua no Auto Esporte-PB, na cidade natal dos dois.

— Ele sempre foi um cara muito da resenha, brincava e zoava todo mundo que estava por perto. Moleque de bom coração. E jogar ao lado dele era fácil. Tinha muita qualidade desde sempre. Além do talento, era um cara extremamente competitivo, muitas das vezes era até demais. Chegava a querer brigar pelo fato de ser competitivo — brinca Léo.

Otávio em ação, vestingo a camisa de Portugal

Divulgação / Fifa

A qualidade do garoto chamou muita atenção no futsal da cidade. Ganhou vários títulos na Paraíba e sobrava muito tecnicamente na sua categoria. Não era raro Otávio marcar vários gols em um jogo e fazê-los, muitas vezes, driblando todo o time adversário. Isso com sete ou oito anos.

— Ele sempre mostrou que seria um grande jogador. Eu comentava com meu pai que ele só não seria jogador se Deus não quisesse, porque ele era muito fora da curva, sempre jogou em categorias acima e sempre sobrava. Fico muito feliz em ver todo o sucesso que ele teve e tem no futebol, e também de ter a alegria de ter compartilhado quadra e campo com ele. Tudo que ele conquistou foi fruto do mais puro talento dele e de muita dedicação ao futebol, que sem sombra de dúvidas era o seu maior sonho — comenta o ex-companheiro.

Léo Henrique, à esquerda, atualmente joga no Auto Esporte-PB, e foi contemporâneo de Otávio no Cabo Branco

Reprodução / TV Cabo Branco

Nos caminhos da bola, Léo Henrique e Otávio se reencontraram ainda na juventude, mas numa juventude mais madura, quando o sonho de ser jogador profissional parece cada vez mais perto de se tornar real. Otávio, após passar pelo futsal pernambucano, no Santa Cruz, chegou ao futebol de campo no Internacional. Léo foi fazer a sua base nos gramados no Fluminense. E o destino dessa vez colocou os dois no mesmo palco. Mas já não estavam com a mesma camisa vermelha ou branca do Cabo Branco.

— Cheguei a jogar contra ele quando estávamos na base ainda. Final da Copa Internacional, em São José do Rio Preto. Fluminense x Internacional. Nesse jogo infelizmente acabamos perdendo de 1 a 0 com uma baita jogada e assistência… advinha de quem? Otávio! Ele ainda jogando na lateral. Ele era muito acima da média. Não é à toa que está hoje jogando uma Copa do Mundo ao lado dos melhores do mundo. É um motivo de alegria ver um cara com quem joguei na infância e juventude toda ter o sucesso que ele alcançou. Ele merece tudo isso — comemora Léo.

Francisco Sales, o primeiro garoto em pé da esquerda para a direita, no mesmo time de Otávio, o primeiro agachado da esquerda para a direita

Acervo pessoal / Otávio Júnior

Outro que jogou com Otávio na infância foi Francisco Sales. Atualmente, Sales é dirigente, com passagens por Botafogo-PB e Criciúma. Responsável por, dentre outras coisas, analisar tecnicamente jogadores, Sales avalia o Otávio criança, ainda dando seus primeiros espetáculos em quadra.

— Ele sempre foi muito diferente. Quando jogava com os mais velhos, ele se destacava com gols e jogadas impressionantes. Mas ao mesmo tempo que bagunçava dentro de quadra, bagunçava muito fora de quadra. Teve muito puxão de orelha de Júnior (pai de Otávio). O sucesso dele me deixa muito feliz, pois ele sempre foi um cara humilde, nas oportunidades que pude encontrá-lo novamente. Uma dessas vezes foi em Porto Alegre, ainda jogando no Internacional, e eu tinha ido para a final da Série D, entre Botafogo-PB e Juventude, e ele foi nos encontrar no shopping antes da partida para jantarmos — relembra Sales.

Otávio voltará a campo nesta Copa do Mundo neste sábado, quando Portugal vai em busca de uma vaga na semifinal do torneio. O time comandado por Fernando Santos encara Marrocos, às 12h, no horário de Brasília, no Estádio Al Thumama.

Fonte: Ge

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