Hoje comentarista, irlandês criticou dança do Brasil na Copa do MUndo. Ele teve passagem marcante pelo Manchester United, mas carreira se notabilizou também por polêmicas A goleada do Brasil sobre a Coreia do Sul pelas oitavas de final da Copa do Mundo 2022 tomou conta da impresa internacional. Mas uma repercussão caiu mal. Comentarista de um canal de TV britânico, Roy Keane criticou as comemorações brasileiras recheadas de danças ensaiadas. Aposentado desde 2006, ex-jogador é multicampeão pelo Manchester United, mas coleciona polêmicas durante a carreira, como uma entrada que encerrou a carreira do pai de Haaland.
Irlandês Roy Keane hoje é treinador de futebol
Reprodução / Twitter
Dança "desrespeitosa" e a polêmica com o Brasil
Após a vitória do Brasil por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, Roy Keane criticou as dancinhas feitas pelos jogadores da Seleção. O irlandês reclamou até da participação do técnico Tite numa das comemorações - o técnico fez a dança do pombo com Richarlison e outros atletas.
— Eu não consigo acreditar no que vejo. Nunca vi tanta dança. É como assistir ao Strictly [Come Dancing, espécie de Dança dos Famosos]. (...) Eu sei que tem o ponto da cultura, mas acho realmente desrespeitoso com o adversário. São quatro (gols) e eles fazem toda vez. A primeira dancinha ou seja lá o que façam, tudo bem. E então o técnico se envolve. Não fico feliz com isso. Não acho isso nada bom — opinou Roy Keane no intervalo da partida.
Tite faz dança do pombo junto com Richalison
Em entrevista depois da vitória e da classificação para as quartas de final da Copa do Mundo 2022, Raphinha rebateu as críticas do irlandês Roy Keane e afirmou que ele e os companheiros continuarão a dançar nas comemorações.
— Problema é de quem não gosta, porque vamos continuar fazendo — disse o atacante do Brasil.
Neymar comemora o gol do Brasil contra a Coreia do Sul com Raphinha, Vini Jr e Paquetá
EFE
Multicampeão com saída pelos "fundos"
Roy Keane chegou ao Manchester United para a temporada de 1993-94 após passagem pelo Nottingham Forest. Logo de cara, o volante faturou o título do campeonato inglês. No total, foram sete títulos do torneio nacional. Além de quatro Taças da Inglaterra e uma Liga dos Campeões em 1998-99.
O irlandês conquistou a torcida dos Diabos Vermelhos e virou referência no elenco do Manchester United. Tanto que foi capitão da equipe durante oito anos, de 1997 a 2005.
Amaral disputa com Roy Keane durante o Mundial de Clubes; o Vasco bateu o Manchester por 3 a 1
Arquivo Pessoal
Apesar da idolatria, Roy Keane saiu pela porta dos fundos do Manchester United. O volante criticou publicamente o treinador Alex Ferguson e alguns companheiros após um período sem títulos. Outra lenda do time inglês, Ferguson optou por tirar a braçadeira de capitão do irlandês e não renovar o contrato, que se encerrou em meados de 2005.
Autor do gol do título mundial contra o Palmeiras
Duas temporadas depois de estrear no Manchester United, em 1999, Roy Keane venceu a Liga dos Campeões. Na final da Copa Intercontinental, em que se enfrentavam o campeão europeu e o vencedor da Libertadores. O time inglês enfrentou o Palmeiras na disputa do Mundial Interclubes, e o volante irlandês marcou o gol do título após falha do goleiro Marcos.
Em 1999, Manchester United vence Palmeiras na final do Mundial de Clubes
Roy Keane e a entrada violenta que "acabou" com pai de Haaland
Já capitão e ídolo do Manchester United, Roy Keane foi acusado em 2001 de "acabar" com a carreira de Alf-Inge Haaland, pai do centroavante atual do Manchester City. O irlandês tinha uma rixa com o norueguês desde que foi acusado de fingir lesão quando rompeu o ligamento do joelho em 1997.
Durante um clássico entre Manchester City (time do pai de Haaland) e United, Roy Keane deu uma entrada violenta no noruguês com as travas da chuteira no joelho. Dois anos depois, por conta das consequências da lesão, Alf-Inge Haaland encerrou a carreira como jogador profissional.
Briga com técnico e dispensa da Copa 2002
Um mês antes do início da Copa do Mundo 2002, Roy Keane pediu dispensa da seleção irlandesa após briga pública com o treinador Mick McCarthy. O capitão da Irlanda teria criticado as instalações de preparação da equipe europeia, o que resultou em uma discussão com o técnico.
McCarthy teria acusado Roy Keane de simular uma lesão na repescagem das eliminatórias contra o Irã. O volante não gostou e ofendeu o treinador. Pouco depois, o capitão irlandês pediu dispensa da seleção e não disputou o Mundial, que seria vencido pelo Brasil posteriormente.