Volante do Arsenal prefere não comparar jogo desta sexta-feira e o de 12 anos atrás e diz não estar surpreso com sucesso dos africanos nesta Copa do Mundo Thomas Partey é um dos jogadores mais experientes do jovem elenco de Gana nesta Copa do Mundo. Aos 17 anos, o volante (hoje no Arsenal) viu a seleção africana poder fazer história ao ser a primeira do continente a se classificar para a semifinal de uma Copa do Mundo mas parar nas mãos de Suárez, no travessão do Uruguai e na cavadinha de Loco Abreu. Doze anos depois, o segundo capitão da equipe tem a possibilidade de deixar o passado para trás e ajudar a levar Gana para as oitavas de final.
Em entrevista coletiva na última quinta-feira, antes do último treino do jogo desta sexta que fecha a fase de grupos para as duas equipes, Partey fez questão de dizer que uma partida não tem nada a ver com a outra. Por mais que um dos protagonistas daquele jogo esteja do outro lado do campo, são jogos que terão histórias diferentes dentro de campo.
- Temos que nos ater ao nosso plano. O que aconteceu há alguns anos será sempre história que está em nossas mentes. Mas este é um jogo totalmente diferente. Temos jogadores e qualidades diferentes. Eles têm muitos jogadores de qualidade com muita experiência. Só temos que trabalhar mais e tentar conseguir o que queremos.
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Thomas Partey, camisa 5, em ação na vitória de Gana contra a Coreia do Sul
REUTERS/Matthew Childs
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- Eu era muito jovem, estava brincando em Ashaiman (cidade de Gana). Era um jogo de futebol, tudo pode acontecer. Tivemos a chance de marcar no pênalti, mas tivemos azar, a bola não entrou. Estamos entrando neste jogo bem preparado. Sabemos o que temos que fazer para poder vencer. Temos que trabalhar duro e seguir o plano do nosso treinador.
Para a decisão, Gana sabe que o Uruguai precisa ser ofensivo e que deve sair mais para o jogo. Em entrevista coletiva, o técnico Otto Addo disse que a tendência é que seus jogadores consigam aproveitar os espaços na defesa uruguaia. Partey também partilha desse pensamento e mostra que acredita na possibilidade de a seleção se dar melhor assim.
- É um jogo onde queremos mostrar que somos capazes de tudo. Éramos os classificados pra Copa na posição mais baixa do ranking da Fifa. É claro que temos que nos ater a isso. Também temos que tentar e trabalhar mais, para mostrar que somos capazes de dominar os jogos. E, como eu disse, é um jogo diferente. Temos que nos ater ao nosso plano. Todos os jogadores precisam entender o que queremos e tentar alcançar o que queremos alcançar.
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Nesta Copa do Mundo ainda existe a possibilidade de o continente africano ter pelo menos três países nas oitavas de final pela primeira vez na história, caso Gana ou Camarões se classifiquem. Para o volante, isso não é novidade.
- Não diria que estou surpreso, a maioria dos países africanos está trabalhando com mais afinco. Temos muitos jogadores de qualidade. Como você mencionou todos aqueles que qualificaram não me surpreende porque sabemos o que eles podem fazer.
Gana e Uruguai se enfrentam às 12h (de Brasília), nesta sexta-feira, pela última rodada da fase de grupos, no Al Janoub. Para se classificar, os uruguaios precisam vencer os africanos e, caso a Coreia derrote Portugal, o Uruguai precisa ganhar por pelo menos dois gols de diferença a mais do que os coreanos por causa do saldo de gols. No caso de Gana, uma vitória classifica a equipe para as oitavas. Se empatar, precisa que a Coreia do Sul não vença por mais de um gol de diferença.