Clube é o terceiro que mais forneceu atletas para o Brasil em Mundiais e já teve o artilheiro do torneio e o capitão do primeiro título da Seleção A Seleção estreia nesta quinta na Copa de 2022, às 16h (horário de Brasília), contra a Sérvia. Não há nenhum representante do Vasco no Catar, mas ao longo dos Mundiais o clube carioca foi um dos que mais cedeu atletas para o time canarinho e tem uma história rica na competição.
Ao todo, 35 vascaínos serviram à Seleção em Copas do Mundo. O Vasco é o terceiro clube com mais jogadores convocados pelo Brasil na história, atrás apenas de Botafogo e São Paulo. Em 2022, o Flamengo se igualou ao Vasco por conta de Everton Ribeiro e Pedro, que estão no grupo de Tite no Catar.
Ídolo do Vasco, Bellini foi o primeiro brasileiro a levatar a taça da Copa do Mundo
Arquivo CBF
Nas últimas décadas, o Vasco não teve convocados. O último atleta do clube a representar o Brasil em Copa do Mundo foi Carlos Germano, em 1998. Em 2022, apesar do clamor popular, Romário ficou fora da lista de Felipão.
Situação que contrasta com a história do Vasco em Mundiais. Até 1998, o clube cedeu jogadores para a Seleção em quase todas as Copas. 1962, 1970, 1974 e 1986 foram as exceções. Em algumas, o Vasco foi o time com mais convocados, como em 1950 (oito) e 1990 (cinco). Além disso, já teve artilheiro de Copa do Mundo, protagonista em decisão e capitão do primeiro título.
1930 (Uruguai)
O Vasco foi representado por quatro jogadores na primeira edição da Copa do Mundo, que ocorreu em 1930, no Uruguai. Itália, Brilhante, Fausto e Russinho.
O grande destaque era Fausto, meia do Vasco e protagonista da Seleção. Apesar de o Brasil não ter passado da primeira, Fausto foi bem em campo e deixou uma boa impressão no Mundial. Ganhou dos jornalistas uruguaios o apelido de "Maravilha Negra".
Itália e Fausto, dos dos quatro representantes do Vasco na Copa de 1930
Arquivo Vasco / Site da CBF
Outros dois atletas do Vasco foram titulares nos dois jogos do Brasil. A dupla de zaga do time carioca se repetiu na Seleção, com Itália e Brilhante. Artilheiro do Campeonato Carioca de 1929, Russinho ficou no banco contra a Iugoslávia, mas foi titular na goleada por 4 a 0 sobre a Bolívia, jogo que marcou a despedida da Seleção.
1934 (Itália)
O Mundial de 1934, na Itália, foi marcado por um impasse entre a Confederação Brasileira de Desportos e os clubes. A CBD defendia o amadorismo no futebol brasileiro, mas a maior parte dos times já havia se tornado profissional. Por conta disso, não cederam jogadores para a Seleção.
Leônidas na Copa de 1934: um dos maiores atacantes da história da Seleção
Arquivo CBF
A CBD, no entanto, convenceu alguns atletas a deixarem os clubes para defender a Seleção na Copa. Foram os casos do meia Tinoco e do lendário atacante Leônidas da Silva.
Com o impasse, a Seleção não levou seus melhores jogadores à Itália, e o resultado foi a eliminação no primeiro jogo, na derrota por 3 a 1 para a Espanha. Leônidas marcou o único gol do Brasil na Copa.
1938 (França)
O zagueiro Jahu e o atacante Niginho foram os representantes do Vasco na França. Os dois, no entanto, não chegaram a entrar em campo na campanha da Seleção, que terminou na terceira colocação.
Niguinho, que era o artilheiro e o grande nome do Vasco na época, ficou impossibilitado de entrar em campo por conta de uma denúncia da Itália à Fifa, que apontou irregularidades na documentação do centroavante do Vasco.
1950 (Brasil)
O “Expresso da Vitória”, time histórico do Vasco campeão sul-americano em 1948, foi a base da Seleção no Mundial de 1950. Nada menos do que oito vascaínos foram convocados por Flávio Costa, que era treinador do Brasil e também do Vasco.
Ídolo do Vasco, Ademir Menezes fez oito gols na Copa de 1950
Arquivo CBF
Barbosa, Augusto, Danilo, Maneca, Ademir Menezes e Chico foram titulares durante o Mundial. Ely e Alfredo II eram reservas.
A Seleção encantou ao longo da Copa realizada pela primeira vez no Brasil. Ademir Menezes foi um dos grandes nomes da campanha. O “Queixada”, como era conhecido, foi artilheiro da competição, com oito gols. Chico foi outro destaque da Seleção, com quatro gols.
Na final, no entanto, o Brasil perdeu por 2 a 1 para o Uruguai no Maracanã.
1954 (Suíça)
O Vasco teve três representantes na Suíça. Ely foi o único remanescente entre os vascaínos que disputaram o Mundial quatro anos antes. No entanto, ele não chegou a entrar em campo em 1954.
Além de Ely, Paulinho e Pinga eram jogadores do Vasco na Copa. Pinga marcou dois gols na competição.
1958 (Suécia)
O Vasco teve representantes marcantes na campanha do primeiro título mundial do Brasil. Orlando, Bellini e Vavá foram titulares na Suécia e escreveram seus nomes na história do futebol mundial.
Vavá fez nove gols em Copas, quase todos decisivos
Arquivo
Orlando e Bellini formaram a dupla de zaga da Seleção em 1958. Bellini, inclusive, era o capitão do time e foi o primeiro brasileiro a levantar a taça da Copa do Mundo. Seu gesto de erguer a taça entrou para a história e é repetido até os dias de hoje.
Vavá, por sua vez, não começou a Copa como titular, mas ganhou a posição de Mazzola ao longo da campanha e foi fundamental na conquista. O artilheiro vascaíno marcou cinco gols em quatro jogos, dois deles na decisão contra a Suécia. Só Pelé, com seis gols, marcou mais do que ele pela Seleção naquele Mundial.
1966 (Inglaterra)
Após dois títulos mundiais seguidos, o Brasil decepcionou em 1966. Na Inglaterra, a Seleção não passou da primeira fase.
O zagueiro Brito foi o único representante vascaíno no Mundial. Reserva nos dois primeiros jogos, iniciou a partida contra Portugal, que marcou a eliminação do Brasil, na derrota por 3 a 1. Quatro anos depois ele foi campeão no México. No entanto, vestia a camisa do Flamengo, na época.
1978 (Argentina)
Após duas Copas sem representante, o Vasco teve três jogadores convocados para o Mundial na Argentina.
Roberto Dinamite marcou três gols na Copa de 1978
Arquivo
Roberto Dinamite e Dirceu não começaram a competição como titulares, mas conquistaram a titularidade ao longo da campanha e foram importantes. Cada um marcou três gols no Mundial.
Próximo de retornar ao clube como diretor técnico, o então zagueiro Abel Braga foi o terceiro representante do Vasco na Argentina. No entanto, ele não chegou a entrar em campo.
1982 (Espanha)
Roberto Dinamite e Pedrinho foram os representantes do Vasco no Mundial da Espanha. Os dois, no entanto, não entraram em campo.
O técnico Telê Santana, inclusive, foi alvo de algumas críticas por não utilizar Dinamite, que vivia grande fase no Vasco. O treinador, no entanto, optou por Serginho Chulapa no comando do ataque.
1990 (Itália)
Após não ter jogadores convocados para o Mundial de 1986, o Vasco foi representado por cinco atletas na Itália. Nenhum deles, no entanto, foi titular com Sebastião Lazaroni.
Acácio, Mazinho, Tita, Bismarck e Bebeto estiveram na Itália. Bebeto, que se recuperava de lesão, foi o único a entrar em campo. Ele participou de alguns minutos da vitória sobre a Costa Rica. O Brasil acabou eliminado precocemente, nas oitavas de final, pela Argentina.
Quatro anos depois, Mazinho e Bebeto foram titulares na conquista do Tetra, mas já não estavam mais no Vasco.
1994 (EUA)
Ricardo Rocha se machucou na estreia contra a Rússia, mas foi tetracampeão
Acervo CBF
Ricardo Rocha foi o representante vascaíno nos Estados Unidos. O zagueiro, que vivia grande momento no Vasco após a conquista do Carioca de 1994, era titular de Parreira, mas se lesionou na estreia contra a Rússia. Márcio Santos o substituiu e formou com Aldair a dupla de zaga titular até a final.
1998 (França)
Carlos Germano foi o representante do Vasco na França e o último jogador do Vasco convocado para a Seleção em uma Copa do Mundo.
O goleiro, que se sagrou campeão da Libertadores com o Vasco logo após a Copa, não chegou a entrar em campo no Mundial. Era reserva de Taffarel.
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