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Auxiliar da Seleção, filho de Tite mira carreira como técnico e brinca com pai: "Quero ganhar dele"

Por Virtual Rondônia em 20/11/2022 às 02:38:22
Matheus Bachi diz que tem mestre em casa e vê mudança de carreira como algo natural; treinador diz ser mais exigente com o filho e afirma que nenhum auxiliar o conhece como ele Não será apenas Tite que deixará a Seleção após a Copa do Mundo do Catar. Junto com ele irão outros profissionais que desde 2016 trabalham na comissão técnica brasileira, entre eles Matheus Bachi, filho e auxiliar do treinador.

Se o pai ainda tem futuro incerto e diz que pretende tirar um período sabático para descansar e ficar com a família, Matheus já tem planos mais concretos: quer seguir os passos de Tite e se tonar treinador.

– É uma vontade, um sonho, uma ambição de carreira – disse o hoje auxiliar, em entrevista ao ge.

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Tite conversa com Matheus Bachi, seu filho e um dos analistas da Seleção

Lucas Figueiredo/CBF

Atualmente com 33 anos, Matheus Bachi se formou em Ciência do Exercício e, antes de começar a trabalhar com o pai, no Corinthians, trabalhou como auxiliar do Caxias. Em setembro de 2015, foi chamado para integrar a comissão do Corinthians ao lado de Tite, que passou a ser criticado por nepotismo. As contestações só aumentaram com a ida para a Seleção.

– Ele se formou e fez estágios no Barcelona com o Neymar, no Flamengo com o Vanderlei (Luxemburgo) – defende-se o treinador.

– Eu sou mais exigente com ele do que com os outros. Prefiro ser assim, saber que ele está suficientemente preparado pro cargo – argumenta.

Ao mesmo tempo, Tite diz que nenhum de seus outros auxiliares, nem mesmo Cléber Xavier, com quem trabalha há duas décadas, entende tanto as suas ideias de futebol e seus sentimentos quanto o filho.

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Matheus trata com naturalidade a transição de carreira de auxiliar para técnico. Afirma que, assim como ocorre em outras profissões, ele decidiu seguir a carreira do pai por já estar habituado ao ambiente e às tarefas do dia a dia.

– Eu ia no Veranópolis com ele e ficava com os roupeiros, jogando sinuca, trocando ideia com os jogadores. Por mais que eu tenha tentado ser jogador, chegou um momento na minha vida que gostava da parte de fora do campo, não da de dentro – comenta.

– Eu acabei tendo um mestre e um professor em casa, isso é uma grande vantagem que eu tenho. Isso me faz almejar, ter o sonho de ter minha própria carreira. Eu até brinco com ele de vez em quando que eu quero virar treinador e ganhar dele. Aí minha mãe fala que não pode (risos).

Matheus Bachi, auxiliar de Tite, durante jogo da Seleção

Lucas Figueiredo / CBF

Polêmica

Em outubro do ano passado, o comportamento de Matheus Bachi causou desconforto e preocupação na CBF. O auxiliar da Seleção curtiu uma série de postagens de páginas no Instagram que publicam conteúdo crítico aos movimentos feminista e LGBTQIAP+, também fazem críticas à imprensa profissional e ao que chamam de "comunismo".

Uma das postagens curtidas por Matheus Bachi mostrava uma notícia sobre a absolvição do homem acusado de estuprar a influencer Mariana Ferrer, em Santa Catarina. A legenda da imagem dizia: "Ela recorreu e tomou pau de novo!". Outras pregavam o fechamento do Supremo Tribunal Federal.

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Na ocasião, Tite se manifestou em entrevista coletiva:

– Todo preconceito não deve existir, estamos num processo de igualdade na sociedade, seja de cor, raça ou sexo. Quem pode olhar na sequência aquilo que foi manifestado pela entidade pode ter complemento em cima da pergunta.

A manifestação a qual o técnico se referiu foi feita pela CBF véspera. Por meio de nota, a confederação afirmou que "tomou conhecimento dos fatos e conversou diretamente com o funcionário citado, que reconheceu seu erro ao 'curtir' o post, pois não compartilha de tal opinião".

Mais técnicos

Matheus não é o único auxiliar de Tite que pretende seguir carreira solo como treinador. César Sampaio, que desde 2019 integra a comissão brasileira, também quer ir por esse caminho.

O ex-jogador está com 54 anos e antes de trabalhar na Seleção teve carreira ligada a funções administrativas, com passagens por Palmeiras, clube que mais venceu como jogador, além de Joinville.

O Brasil estreia na Copa do Mundo do Catar na quinta-feira, contra a Sérvia, às 16h (de Brasília).

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Assista tudo da Seleção na Globo, sportv e ge:

Fonte: Ge

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