Partida não foi realizada após fronteira do Iraque exigirem o carimbo nos passaportes dos jogadores costarriquenhos, o que descumpria acordo pré-estabelecido Em entrevista coletiva, o presidente da Federação Costarriquenha de Futebol Rica, Rodolfo Villalobos, e o chefe da delegação que vai à Copa do Mundo, Juan Carlos Rojas, deram detalhes do cancelamento do amistoso contra o Iraque, que seria realizado nesta quinta-feira, mas foi cancelado por divergência envolvendo passaportes dos atletas.
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Presidente da Federação de Futebol da Costa Rica explica cancelamento de amistoso contra Iraque
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O problema ocorreu quando a delegação costarriquenha cruzava a fronteira terrestre entre Kuwait e Iraque, onde seria disputada a partida. Na ocasião, foram exigidos carimbos nos passaportes dos jogadores, o que descumpria um acordo pré-estabelecido, uma vez que a Federação da Costa Rica temia problemas posteriormente aos atletas para entrar em outros países.
Com o passaporte carimbado no Iraque, o zagueiro Bryan Oviedo, o lateral-esquerdo Ronald Matarrita e o meia Daniel Chacón, que atuam na MLS, não poderiam retornar aos Estados Unidos, por exemplo.
Delegação da Costa Rica não entrou no Iraque
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Segundo o presidente da Federação Costarriquenha, o acordo para que os passaportes não fossem carimbados foi feito por escrito, e também verbalmente com o embaixador iraquiano no Kuwait e com o presidente da Federação Iraquiana e ministro de Esportes do país asiático.
"Houve momentos tensos, difíceis para a nossa delegação, Mas graças às autoridades do Kuwait conseguimos voltar", disse Rodolfo Villalobos.
Ainda segundo o dirigente, o pedido pelos passaportes foi feito após a chegada à fronteira. E que um diplomata iraquiano chegou a reter os passaportes de dois motoristas dos ônibus da delegação, o que fez os atletas esperarem cerca de 45 minutos até retornarem ao Kuwait.
Além disso, o caminhão que transportava as bolas, chuteiras e uniformes da seleção já havia entrado no Iraque.
"Gerou-se tensão entre as autoridades do Iraque, da Federação do Iraque e da Costa Rica. Ficamos todos chateados. A princípio pensamos que poderia ser resolvido, mas a desconfiança, a insegurança e as dúvidas apareceram”, destacou Villalobos.
O amistoso havia era parte de um contrato da Federação Costarriquenha com uma empresa intermediária, que por sua vez negociou com o Iraque.
A Costa Rica estreia na Copa do Mundo na próxima quarta-feira, contra a Espanha, no estádio de Al-Thumama em Doha, pela primeira rodada do Grupo E.