No "Bem, Amigos!", goleiro explica qualidades do lateral que podem justificar escolha de Tite; Weverton viaja no sábado com a comissão técnica e será primeiro a se apresentar Weverton, goleiro do Palmeiras, foi o convidado do programa "Bem, Amigos!", do sportv, nesta segunda-feira. Um dos 26 convocados por Tite para a Copa do Mundo do Catar, ele comemorou a participação no seu primeiro Mundial pela seleção brasileira.
– Foi um dia muito especial, estava muito nervoso nessa hora. Foi um grito de desabafo por toda a trajetória, não sonhava em ser goleiro, queria ser atacante. É minha primeira Copa, é algo difícil de explicar, uma mistura de emoções.
Weverton considerou justa a convocação do lateral Daniel Alves. Segundo o goleiro, Tite leva em consideração uma série de fatores para um jogador fazer parte do elenco e explicou o que considera fundamental para o veterano de 39 anos estar na lista.
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Após convocação, Weverton lembra sonho de vestir a camisa da Seleção Brasileira
– É a performance no clube, treinamento, convivência na Seleção, vestiário e o Tite preza muito pela convivência. O pouco que conheci do Dani Alves é um líder, um cara que cuida bem do vestiário e isso conta muito. Ele convoca 26 jogadores, quem não joga naquele momento está ali no vestiário dando uma palavra de incentivo, ajudando no trabalho do dia a dia. O Tite é muito detalhista e cobra muito o melhor momento. Quando ele fala como um todo, é porque é cara de grupo, que treina muito, se dedica muito e na minha opinião merece esse momento também – disse Weverton.
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Considerado o terceiro goleiro, atrás de Alisson e Ederson, Weverton é claro ao dizer que vai ao Catar com a esperança de ser utilizado. O goleiro disse que todos os jogadores devem ter o pensamento de que a oportunidade pode surgir a qualquer momento.
Weverton responde se é "prejudicado" por disputar vaga na Seleção com Alisson e Ederson
– Penso em ajudar da melhor forma possível, no futebol tudo pode acontecer. Se você vai com o pensamento de que não vai jogar, a chance passa e você acaba perdendo a oportunidade. Todos os 26 jogadores vão com o pensamento de jogar, é estar preparado para o Tite decidir – disse o goleiro.
Weverton será o 20º jogador que atua no Palmeiras a defender a seleção brasileira, sendo o terceiro goleiro. Os outros dois foram Emerson Leão, campeão em 1970, e Marcos, campeão em 2002.
– A responsabilidade aumenta, os outros dois goleiros foram e vão falar que sou pé frio – brincou o goleiro do Verdão.
Weverton foi o convidado do "Bem, Amigos!" desta segunda-feira
Reprodução/Sportv
Os convocados por Tite vão se apresentar na próxima segunda-feira, em Turim, onde a Seleção permanecerá até o dia 19, quando seguirá para o Catar.
A Copa do Mundo 2022 será disputada de 20 de novembro a 18 de dezembro. A Seleção estreará no dia 24, contra a Sérvia. Os outros dois times do Grupo G são Suíça e Camarões.
Campeão brasileiro antecipado, o Palmeiras entra em campo mais duas vezes pela competição. Na próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), contra o América-MG, no Allianz Parque, na entrega da taça, e contra o Internacional, no domingo, às 16h, no Beira-Rio.
Weverton, liberado pelo Verdão, viaja na sexta-feira para Turim, na Itália, onde a Seleção fará uma série de treinos antes da viagem para o Catar. O goleiro será o primeiro jogador a se apresentar ao técnico Tite.
Veja outros trechos da entrevista de Weverton:
Convocação
– Totalmente diferente de todas, cheguei em casa e vi toda a minha família. Foi um dia muito especial, estava muito nervoso nessa hora. Um grito de desabafo por toda a trajetória, não sonhava em ser goleiro, queria ser atacante. É minha primeira Copa, é algo difícil de explicar, uma mistura de emoções. Sou um cara profissional, sei que fazer sucesso é ter renúncia, abri mão de muita coisa, quando você vê que valeu a pena é uma conquista de todos. Uma gratidão por todos, é curtir esse momento e saber da responsabilidade que é representar o Brasil. É torcer para poder voltar com o hexa –disse Weverton.
Liberação do Palmeiras
– É uma oportunidade de chegar tranquilo, se fizesse o último jogo acabaria perdendo o primeiro treino. Agradecer o Abel, Anderson por me liberar e é uma oportunidade do outro goleiro jogar a reta final. Estou muito feliz.
– Se o Abel me colocar para jogar, vou jogar – sobre atuar pelo Palmeiras na quarta-feira, contra o América-MG.
Copa de 2018
– Quando cheguei no Palmeiras no fim de 2017 tinha o pensamento, jpa tinha sido convocado pelo Tite, se chego e começo a jogar dá para pensar em Copa do Mundo. Quando o Róger me colocou como terceira opção, acabei tendo que primeiro buscar meu espaço no Palmeiras e só pensava a voltar a jogar, aparecer e fazer grandes jogos. Aquele momento me restou treinar e me dedicar. Depois quando voltei a jogar, em 2019, e ser convocado passei a pensar mais em Seleção e Copa do Mundo.
Início da carreira
– Sempre passou pela minha cabeça ser jogador de futebol, nunca passou jogar uma Copa do Mundo. Conforme vai passando o tempo você vai sonhando. A gente vai sonhando aos poucos, conforme vai acontecendo vamos querendo sempre mais. Quando fiz uma boa temporada no Athletico, em 2016, passei a sonhar com Seleção. Quando você é convocado, é campeão olímpico e você vai tendo a oportunidade de sonhar cada vez mais alto.
Concorrência
– A gente também joga em alto nível no Brasil, o Alisson e o Ederson estão sempre no top-3, não acho que sou prejudicado, o Tite tem que escolher um. Nós três jogamos, cada um teve o seu momento e agora na Copa do Mundo o Tite vai decidir quem vai jogar. É dar a minha contribuição.
Taffarel
– Trabalhar com o Taffarel é uma satisfação, todo mundo vibrou com os títulos dele. O Taffarel nunca está triste, a primeira vez que vi o treino dele ele estava ajudando os roupeiros a desvirar as meias. É um prazer, uma alegria estar perto. Ele pega firme, gosta de treinar e esse dedo torto foi uma bolada, ele bate bem na bola, bate firme e isso ajuda no nosso dia a dia nos treinos. Sem contar a experiência que ele tem, já esteve numa Copa do Mundo e nos ajuda muito.
Ambiente da Seleção
– Sem dúvida, o ambiente é diferente. Cheguei na Olimpíada na véspera de jogar, tive que me ambientar no meio da competição. Agora, participei de todo o projeto e vejo que é o melhor momento, todo mundo se gosta, é fundamental ter um bom ambiente. Vejo a Seleção no seu melhor momento como grupo, o Tite respeita as individualidades, também o ambiente do grupo, acho que a Seleção vive um grande momento. A galera tem prazer, chega alegre e feliz. Vivi várias fases do Neymar, posso afirmar que ele chega feliz e alegre. Temos que transformar tudo isso em resultado.
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