Em 2016, atacante argentino esteve perto do Atlético, mas acabou virando rival na Libertadores; neste domingo, Galo e São Paulo se enfrenta no Brasileiro, em Belo Horizonte O Atlético recebe o São Paulo neste domingo, às 18h, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. Reunião de artilheiros com Hulk e Jonathan Calleri em campo. O argentino, por muito pouco, não foi reforço do próprio Galo há cinco anos. Por conta de uma oferta US$ 600 mil maior (R$ 2,4 milhões na época), o São Paulo abocanhou o atacante em 2016.
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O acerto entre o jogador e o Atlético estava apalavrado naquele verão. O Galo acabara de ser vice-campeão brasileiro. Havia a ameaça de Lucas Pratto ser vendido para a China. Calleri era a grande promessa do Boca Juniors, tendo inclusive ofuscado a volta de Carlitos Tévez com um golaço de letra e cobertura.
O Atlético viu a possibilidade de negócio nos mesmos moldes de Nicolás Otamendi, que passou pelo clube em 2014 por seis meses. Calleri foi comprado por investidores por cerca de 12 milhões de euros, inscrito no Deportivo Maldonado, do Uruguai, ainda hoje detentor dos direitos econômicos dele. O Galo iria pagar US$ 400 mil pelo investimento total para tê-lo por empréstimo de seis meses.
Calleri em ação pelo São Paulo
Marcello Zambrana/AGIF
Então, veio a voz do técnico argentino Edgardo Bauza, no comando do São Paulo. A sedução foi grande. No Morumbi, Calleri teria a certeza de titularidade. Enquanto no Atlético, a disputa seria justamente com Pratto, que acabou sendo vendido apenas em 2017, para o próprio Tricolor.
O Atlético saiu da negociação quando soube que o São Paulo havia feito a proposta de US$ 1 milhão. "Nós acertamos com ele para ficar 6 meses por volta de 400 mil dólares, comissão e salário, despesa total. Aí veio o outro time e ofereceu 1 milhão de dólares. O Daniel (Nepomuceno, presidente) disse que não iria entrar em leilão", afirmou, em março de 2016, o então diretor de planejamento do Galo, Rodolfo Gropen.
Quis o destino que, naquela Libertadores, Atlético e São Paulo se enfrentassem nas quartas de final. Calleri enfrentou o Galo nas duas partidas. Vitória são-paulina na ida, por 1 a 0, no Morumbi. Na volta, o Atlético fez 2 a 0 rapidamente no Independência. Mas o zagueiro Maicon logo diminuiu. O Galo caiu em casa.
- Fui muito criticado na época. Falaram que havia escolhido a pior equipe para me transferir. Hoje o tempo me deu a razão - disse Calleri, após o jogo.
Calleri acabaria saindo no meio do ano, emprestado ao West Ham, da Inglaterra. Ficou esses anos todos na Europa, passando pelos clubes da Espanha - Las Palmas, Alavés, Espanyol, Osasuna. Retornou ao São Paulo - empréstimo até dezembro de 2022 - no ano passado. Enfrentou o Galo em setembro de 2021, empate sem gols no Morumbi.
Calleri em São Paulo x Atlético-MG na Libertadores 2016
Bruno Cantini/Atlético-MG
No Brasileiro, o argentino tem nove gols marcados. É o artilheiro da competição ao lado de Germán Cano, do Fluminense. Logo atrás vem Hulk, com sete gols. Mesmo número de Rony (Palmeiras), Bissoli (Avaí), Pedro Raul (Goiás) e Mendoza (Ceará).
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Se Calleri nunca chegou a vestir a camisa do Atlético-MG, o mesmo não pode ser tido de Hulk. O ídolo do Galo, de forma curiosa, já usou o uniforme completo do São Paulo em 2012, em "pelada" beneficente promovida pelo volante Denílson, com a participação de Marcelinho Paraíba, em João Pessoa.
Calleri e Hulk, inclusive, já trocaram elogios. Há alguns meses, o atacante do São Paulo disse à imprensa argentina que o camisa 7 do Galo "está muito acima do nível no Brasil e que, por hoje, para mim, é o melhor jogador do Brasileirão". Palavras retribuídas: "Eu vi o que o Calleri disse e fiquei emocionado pelas palavras. Agradeço desde já. Ele é um ótimo jogador".
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