Com mudanças na parte da manhã da emissora, ele estreia neste sábado (9) no comando do É de Casa, junto com Talitha Morete, Rita Batista e Maria Beltrão. "Meu objetivo é fazer o povo sonhar e abrir portas para tantos outros pretos na TV", diz. Confira abaixo a entrevista do ator.
PERGUNTA - Que tipo de marca você quer acrescentar ao É de Casa?
THIAGO OLIVEIRA - É preciso ser plural e falar com todos os públicos para que tenham a mesma compreensão. E, claro, quero levar a marca da leveza na informação e dar um sorriso para a família brasileira. Que mesmo que passem por alguma necessidade consigam receber essa alegria.
Você sempre teve certeza de que poderia ir cada vez mais longe na carreira?
T.O. - Sim. Quantos grandes programas no esporte nós temos? Sempre almejei estar nos melhores. Então é natural que grite dentro de mim que esteja na hora de abrir o leque. Não tem como não se sentir honrado em entrar todos os sábados ao vivo no É de Casa. Fui escolhido. Vi profissionais criando e fazendo o nome no entretenimento, e agora chegou a minha vez.
Como foi seu último trabalho no Fantástico?
T.O. - Foi um convite do pessoal para fazer algo com começo e fim. Foi um baita projeto o reality show O Som da Minha Vida, falar de música. Depois disso, não voltei ao esporte como programado, pois no meio do caminho surgiu o É de Casa. Aí tirei todas as férias que precisava.
Recentemente houve uma acusação de racismo no É de Casa. Como vê sua chegada depois disso?
T.O. - Minha chegada à atração é uma importante representatividade e grande responsabilidade. Carrego comigo milhões de pretos e pretas desde 2007, quando entrei no ar pela Gazeta e não via nenhum preto ao meu redor. Hoje vemos mais diversidade e representar os meus é gratificante. Meu objetivo é fazer esse povo sonhar e abrir portas para tantos outros pretos na TV junto com a Rita Batista.
Agora metade da equipe de apresentadores do É de Casa é negra...
T.O. - Creio que podemos gerar esperanças para tantas pessoas e não há presente melhor. Vou fazer isso pelos meus ancestrais e tantos outros que sonham em ser apresentadores. E os que não sonhavam agora poderão sonhar. Entro no ar sabendo absolutamente tudo e alerta para que sempre possa de certa maneira passar recados e explicar, ensinar e mostrar a importância de todos nós sermos antirracistas.
Essas danças das cadeiras mais assustam ou motivam profissionais da Globo?
T.O. - Acho que motivam. É como uma certeza de que eu também posso, gera esperanças. Quando tem dança das cadeiras a gente vê o lado positivo, é importante ter mudanças, os ciclos começam e terminam. Quantas vezes fiquei na expectativa de fazer parte dessa dança das cadeiras e não rolou. Quanto a bater medo, se tivermos segurança do que fazemos isso se converte em trabalho.
Fonte: Notícias ao minuto