Helena Cruz conta que não foi a primeira vez que uma cobra apareceu no quintal da casa dela. Espécie é venenosa, mas não apresenta riscos a seres humanos. Casa de idosa de 65 anos é "invadida" por cobra
Helena Cruz / arquivo pessoal
Cuidar das plantas já faz parte da rotina diária da Helena Cruz, de 65 anos. Conhecer cada cantinho do seu quintal é motivo de orgulho e sabendo como é cada folhagem, foi que a idosa percebeu que havia algo diferente em um pé de bananeira.
Com a mesma coloração das folhas da árvore frutífera, lá estava a visita inesperada, uma cobra verde. A serpente é conhecida como bicuda.
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Ao g1, Helena conta que não ficou preocupada com a serpente na folhagem da bananeira e também destacou que não foi a primeira vez que recebeu a visita de um cobra em seu quintal.
"Meu quintal é grande. Eu rastelo cerca de três vezes por dia. Quando eu estava arrumando uma peça, eu vi que no meio da folhagem da bananeira, da mesma cor, havia uma cobra. A gente conhece ela como bicuda. É a coisa mais linda", disse.
Casa de idosa de 65 anos é "invadida" por cobra
Helena Cruz/ arquivo pessoal
Helena explica que o filho é biólogo e especialista em cobras. Durante a formação dele, ela também aprendeu sobre as serpentes.
"Durante a faculdade e especialização do meu filho, ele ficava me ensinando sobre as cobras. Tanto que quando eu a vi na minha bananeira eu mandei as fotos para ele. Essa cobra não é perigosa se não mexer com ela. Só fiz as fotos e deixei ela lá".
Como não foi a primeira vez que a idosa recebeu a visita de uma serpente no quintal, ela conta que não se assustou com o animal.
"Em meu quintal tem mais de 10 árvores que dão frutas. Por trás do meu muro tem o bairro Sevilha, que tem uma floresta. É normal aparecer animais aqui. Já teve preguiça, cobra, mico. A gente convive bem. Eles lá e eu aqui".
Casa de idosa de 65 anos é "invadida" por cobra
Helena Cruz / arquivo pessoal
A idosa destaca que a convivência com os animais da floresta deve ser de respeito e que naquele instante, a cobra não demonstrava perigo.
"A gente tem que aprender a conviver com os animais, afinal, foi a gente que invadiu o espaço dele. Hoje nos resta respeitar que eles também fazem parte da nossa vida".
O biólogo que é especialista em répteis e anfíbios, Adriano Martins, pontua que é possível considerar “comum” o aparecimento desses animais em zonas urbanas, já que a cidade de Porto Velho é implantada sobre uma malha hídrica.
O especialista, que já fez a captura de uma bicuda na casa de um vizinho, conta que a cobra é venenosa, porém a quantidade é suficiente apenas para matar a sua presa.
"Ela se alimenta de lagartos. Não causa riscos para a vida humana. A gente vive em uma cidade amazônica, é normal que esses animais apareçam no nosso perímetro urbano. Eles fazem parte do nosso meio ambiente"
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