O ator Bruno Gagliasso, 40, entrevistado pela mulher e pela amiga, afirmou que hoje é muito difícil uma reaproximação dele com Thiago Gagliasso, 33, seu irmão bolsonarista.
"Em algum momento talvez sim. Hoje não consigo enxergar", disse Bruno. "Não sinto admiração e afinidade por ele. A gente pensa muito diferente. Não é pensamento político. É como a gente enxerga a vida".
Segundo Bruno, o rompimento não aconteceu por briga política nas eleições de 2018, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleito.
"Eu e minha mulher fomos expostos de um jeito que não gostaríamos", explicou. Em 2018, Thiago contou na internet uma briga com a cunhada. "Da Giovanna não sinto falta, nunca fomos amigos. Ela sempre foi fechada, uma pessoa um pouco mais difícil", ele disse ano passado.
"Hoje não vejo eu voltar a falar com o meu irmão. Não tem como. Vai contra tudo o que prego, tudo o que quero para os meus filhos", afirmou Bruno no podcast.
O ator prefere lembrar da infância dos dois, quando eram muito ligados. Bruno contou que o dia do nascimento do irmão foi um dos mais felizes de sua vida e revelou ter saudade de tudo o que viveu com Thiago.
Outros temas delicados também foram abordados na entrevista, como o período em que ele e Giovanna ficaram separados e os ciúmes que a mulher sentia de Fernanda Paes Leme, melhor amiga de Bruno. Emocionada, Fernanda contou que chegou a ser "desconvidada" para ser madrinha de casamento deles.
Os três falaram também sobre racismo e o ator detalhou como aborda o assunto com os filhos Titi, 9, e Bless, 7, que são crianças negras. Ele disse que tem medo que os dois sejam alvo de violência.
"Vou precisar ter um papo diferente do que vou ter com o Zyan", disse, referindo-se ao filho mais novo, de um ano, que é branco. "O Zyan parar em uma blitz vai ser diferente do Bless. Isso me dá muito medo".
Para ele, a melhor forma de defendê-los é oferecendo informação. "Quero meus filhos fortes, que façam a diferença".
Ele, Giovanna e Fernanda choraram ao falar sobre o tema.
Bruno defendeu os posicionamentos políticos de artistas. "Não estar posicionado é se posicionar, principalmente nesse momento em que a gente está vivendo", disse. E não só para quem faz arte. É para o ser humano. Estamos beirando a barbárie".
No final do podcast, Bruno deu uma toalha com o rosto do pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às duas entrevistadoras. Giovanna contou que o marido comprou várias delas para presentear os amigos. "Tem uma mala cheia", afirmou.
Fonte: Notícias ao minuto