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Ex-Corinthians conheceu Abel "antes da fama" e sonha com vaga histórica contra o Palmeiras

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Por Virtual Rondônia em 01/03/2025 às 08:17:11
Peça-chave do São Bernardo, Léo Jabá mira classificação no Paulistão em reencontro com técnico que o comandou no PAOK, da Grécia: "Treinador muito bom para quem quer crescer" Guarani perde para o São Bernardo e deixa liderança do grupo B

O São Bernardo fez história ao terminar a fase de grupos do Paulistão na liderança da chave mais disputada do torneio. Agora, às vésperas do duelo decisivo contra o Palmeiras, neste sábado, pelas quartas de final, um dos destaques da equipe é Léo Jabá: uma revelação do Corinthians que conhece o técnico Abel Ferreira antes mesmo de o Verdão tê-lo contratado, em 2020.

O atacante vem se consolidando como peça fundamental no ataque do Tigre, com quatro gols na competição, e trabalhou com Abel quando ele era um mero "desconhecido" no PAOK, da Grécia – clube que Léo defendeu entre 2018 e 2022, com um empréstimo ao Vasco no meio.

– Ele gosta de extrair o melhor do atleta, né? Confia muito, tem a cobrança que é normal, mas gosta de extrair muito isso do atleta, o melhor. Isso é muito bom para quem quer crescer, para quem quer evoluir, melhorar. É muito bom ter treinador desse jeito – relembra o jogador, que trabalhou com Abel entre 2019 e 2020, logo antes do acerto com o Palmeiras.

O jogador chegou ao Bernô em 2023. No ano passado, defendeu o Vitória e o Estrela Amadora, de Portugal, antes de retornar ao time do ABC nesta temporada. O início promissor do atleta na competição estadual se deve muito ao ambiente do clube, ao trabalho do staff e ao apoio dos companheiros, que formam uma verdadeira família.

– Estou muito feliz por esse início de temporada. Não tenho dúvida que é o meu início mais promissor assim, todos os anos, ainda mais eu que voltei de uma lesão agora, então foi um início muito, muito bom pra mim. E ter ajuda dos meus companheiros, do staff, me dando confiança, isso ajuda muito. Por que o nosso dia a dia é muito leve, isso ajuda também, se transferindo paro campo. Lógico que tem a cobrança, porque querendo todos querem ganhar, querem vencer, mas o dia a dia é muito leve. A gente fala que é uma família, tem brincadeira, mas tem hora de ser sério, tem a hora da cobrança, então, é bem um DNA de família – disse o jogador.

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Léo Jabá comemora gol do São Bernardo contra a Portuguesa

Ronaldo Barreto/Ag. Paulistão

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A trajetória de Jabá no futebol mostra um jogador que soube se reinventar. Revelado pelo Corinthians, ele teve passagens pelo futebol europeu, atuando na Rússia, Grécia e Portugal, antes de retornar ao Brasil. Cada experiência ajudou a moldar seu estilo de jogo.

– Quando eu saí do Corinthians, eu estava acostumado sempre a jogar no 4-3-3, né? Aí cheguei na Rússia, ainda peguei o mesmo formato, na Grécia no meu primeiro ano também. Quando chegou o Abel, já foi pra essa linha de cinco, né, que é com três zagueiros. Aí já tem que aprender a jogar por dentro, né? Porque antes estava acostumado a jogar com pé na linha. Isso me ajudou porque acabou facilitando meu jogo, eu comecei a jogar por dentro. Igual em Portugal, fiz muito também papel de meia. Então, foram experiências que acabaram me ajudando e também me fazendo crescer até no futebol, nessa questão de se adaptar em qualquer formato de treinador – comenta Léo.

A experiência no exterior também é compartilhada com os companheiros de equipe.

– De cada país, de cada clube, de cada experiência que eu tive, hoje eu trago comigo, isso me ajuda no dia a dia no clube. E também ajudar meus companheiros que querendo, não, alguns são mais jovens ou quem não teve tanta experiência. Hoje eu sou um dos líderes no São Bernardo pela questão de experiência. Sou jovem, tenho 26 anos, mas eu procuro passar tranquilidade, ter sabedoria, porque nem tudo é fácil. E a gente tenta também tirar um pouco dessa pressão e trazer pra nós. Então, eu procuro dividir isso com meus companheiros – comenta o atacante.

Uma curiosidade marcante aconteceu quando o jogador morou na Rússia e ainda não conhecia os costumes locais.

– Na Rússia eu era muito novo e eu não sabia que era um país muçulmano e as essa questões de regras. E eu, Felipe Sampaio, que é zagueiro do Botafogo, quando chegamos na cidade, fomos dar uma volta. Estava um calor e eu vesti uma bermuda. O pessoal passava na rua xingando, buzinando, e eu estava sem entender nada. Na hora ligamos para o tradutor, o tradutor perguntou se eu fiz alguma coisa. Aí ele perguntou como eu estava me vestido, quando respondi ele foi até lá me buscar. Foi uma experiência diferente, mas foi muito importante para mim, para amadurecer como homem e também como atleta - relembra o atleta.

O confronto contra o Palmeiras terá um sabor especial, já que Léo trabalhou com o técnico Abel Ferreira no PAOK e sempre admirou a forma como o treinador português valorizou as categorias de base e extraiu o melhor de seus jogadores.

– Eu falo isso sempre na questão desse carinho que ele tem com os atletas da base, né? A gente vê isso no Palmeiras aqui, lá no PAOK ele subiu cinco ou sete atletas de base, colocou para jogar e isso acabou virando até renda para o clube. Isso me impressionou muito, que o clube não tinha muito essa questão de subir tantos atletas assim e ele tem esse olhar muito bom para a base.

Leo Jaba PAOK Salonika x BATE Borisov

Divulgação / PAOK Salonika

Agora, ele reencontra o antigo comandante em um duelo decisivo, no qual o São Bernardo pretende surpreender o atual tricampeão paulista.

– Vai ser um jogo decidido no detalhe. Claro, vamos estar dentro da nossa casa, com o apoio do nosso torcedor, mas sabemos que vamos enfrentar uma grande equipe nos últimos anos sempre chegou na final do Campeonato Paulista. Não é hipocrisia falar que é o grande favorito, a gente sabe disso, mas do outro lado também terá 11 atletas com a camiseta do São Bernardo que têm sonhos, que trabalham muito. Desde novembro a gente sonha por esse momento das quartas de finais, estamos com os pés no chão, estudando muito a equipe do Palmeiras, estamos bem focados para fazer um grande jogo.

– A gente sabe como que é futebol. Se nós trabalharmos bem nesse jogo, fizermos uma grande partida e se Deus quiser, conseguir essa tão sonhada classificação que ficará marcado na história de São Bernardo. Porque pela primeira vez vamos estar jogando as quartas de final em casa, imagina conseguir essa tão sonhada classificação aí para uma semifinal, será um marco histórico – enfatiza o jogador.

O São Bernardo e o Palmeiras se enfrentam pelas quartas de final do Paulista na noite de sábado, às 20h30 (de Brasília), no Estádio Primeiro de Maio. É jogo único. Quem vencer, avança. Empate leva a decisão para os pênaltis.

*Colaborou sob supervisão de Diego Ribeiro

Fonte: Ge

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