Recém-casado com "uma botafoguense escolhida", Pedro Rubim sai correndo do casamento em Singapura, encara aventura pela Libertadores e agora festeja voltar a ver os jogos in loco Pedro adia lua de mel duas vezes pra assistir a jogos do Botafogo
O Botafogo estreia quarta-feira na Copa Intercontinental e os torcedores que residem no Catar não escondem a ansiedade de ver o time jogando pertinho de casa. É o caso de Pedro Rubim, frequentador de estádios na época em que morava no Brasil e um dos que prometem muito apoio agora, na árdua missão alvinegra de jogar em nível mundial pouco tempo depois de conquistar a Libertadores e o Brasileirão.
Pedro e Eleanor, recém-casados e movidos a Botafogo no Catar
Bernardo Pombo
Pedro se mudou para o Catar em 2021, para trabalhar numa empresa que operava as lojas da Fifa durante a Copa do Mundo. Acabou conhecendo a esposa Eleanor, com quem casou há duas semanas no país natal dela, Singapura. Hoje, moram juntos em Doha e dividem também a mistura de sensações de abrir mão da lua de mel em função do time do coração.
- Eu já tinha meu casamento marcado para o dia 23 de novembro. A Libertadores era uma coisa muito distante. Mas quando o Botafogo passou pelo Peñarol, eu falei: "Preciso ir". Era só uma semana depois do casamento. Conheço ela muito bem e a minha expectativa já era boa. Apesar de ela vir de um país onde o futebol não é nem perto o que é no Brasil. Então eu imaginei que pra ela seria muito estranho entender que um cara, uma semana depois do casamento, largaria a esposa em casa para atravessar o mundo, ver uma partida de futebol e voltar. Mas quando eu falei da possibilidade de adiar a lua de mel por causa do Intercontinental, a primeira coisa que ela me falou foi: "cara, já dá pra comprar o ticket?" Eu já estava esperando um retorno positivo dela, mas foi melhor que eu imaginava - disse Pedro, que completou. - Já está trajada aqui. Foi uma escolhida. E com certeza eu escolhi a mulher certa para casar.
Pedro Rubim mora em Doha, é torcedor do Botafogo, esteve na final da Libertadores e estará no Intercontinental
Reprodução internet
Eleanor Koh tratou com leveza o adiamento da lua de mel e a partida do marido um dia depois do casamento para ver o Botafogo na Argentina.
- Eu conheço ele, estava muito nervoso, ansioso. Aí quando ele me falou que era o Botafogo eu já pensei: "Ah, é muito importante para ele". Eu disse que os voos, o hotel, a lua de mel, isso a gente mudaria. Eu vou ser honesta. Eu nunca liguei para futebol. E agora minha vida depende de futebol. Quando a gente se conheceu, uma das primeiras coisas que ele falou era que o time dele era o Botafogo. Ele não disse "meu time favorito é o Botafogo". Ele disse "Eu sou Botafogo". Falou que era o melhor time, mas também me disse que a última vez que tinha sido campeão havia sido no ano em que eu nasci - disse ela, aos risos, para em seguida completar.
Pedro e Eleanor casaram uma semana antes da final da Libertadores, em Singapura
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- E eu vi que era muito importante para ele porque não conseguia dormir à noite por causa dos jogos (com fuso horário). E isso também virou parte da minha vida. Minha sogra me disse recentemente que o Flamengo (time dela) era o melhor time do Brasil. Eu falei que não dava nem para considerar isso, que o melhor era o Botafogo.
A estreia alvinegra é nesta quarta-feira, contra o Pachuca, no estádio 974, este que será o primeiro jogo juntos de Pedro e Eleanor, numa espécie de lua de mel da Libertadores. E não podia ser diferente. Afinal, agora é tempo de Botafogo.