Com ajuda de torcida organizada, estabelecimento tem andar customizado em preto e branco e tem mais de 100 botafoguenses por jogo Voz do Setorista: Bar na Zona Sul de São Paulo vira recanto de botafoguenses
Um passeio por Moema, tradicional bairro da Zona Sul de São Paulo, pode te confundir com uma ida ao Nilton Santos, estádio do Botafogo.
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As paredes vermelhas do Bar Salvador podem até confundir, mas o estabelecimento é tocado por Vicente Itri, um botafoguense paulistano que não faz questão de esconder o amor pelo clube. O segundo andar do local virou literalmente um reduto de torcedores do Alvinegro em São Paulo. A expectativa é grande para a partida contra o Palmeiras, às 21h30 desta quarta-feira, pelas oitavas da Conmebol Libertadores.
Tudo começa quando a história de Vicente se cruza com a de Carlos Dias, um paulistano que se tornou botafoguense aos quatro anos depois de folhear um álbum de figurinhas e gostar do escudo do clube. Os dois dizem que foram escolhidos.
- Tem uma lenda que diz que você não escolhe, você é escolhido. O Botafogo me escolheu. Pela história, que é sensacional. Nos anos 1960 vi uma seleção com vários ídolos. O Botafogo era fantástico. O Nilton Santos assinou contrato em branco. Era outra época, eles jogavam por amor. Isso me fez gostar muito do Botafogo, até amá-lo como hoje - afirmou Vicente ao ge.
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Seu Vicente (à esquerda) conversa com equipe da TV Globo
Sergio Santana/ge
- A família inteira é corintiana. Costumo dizer que sou a ovelha alvinegra da família (risos). Meu pai até tentou fazer com que eu fosse Corinthians mas não conseguiu. Ele lida bem com isso, às vezes até vem no bar, se dá bem com todo mundo, faz a bagunça dele. Ele virou mais botafoguense do que corintiano nos últimos tempos - disse Carlos.
Carlos é o criador e presidente da "Sampafogo", torcida organizada do Botafogo em São Paulo. Vicente é dono do Bar Salvador há mais de 15 anos e sempre estampou o escudo do clube em uma das paredes do estabelecimento. Em 2019, um dos amigos de Carlos viu o quadro, o avisou e o torcedor foi até o local para assistir uma partida.
Foi o suficiente para fazer um pedido para que pudesse voltar mais vezes. O segundo andar, que funcionava como mais um braço do bar, se transformou em um reduto exclusivo para assistir aos jogos do Alvinegro.
- Sempre tive o escudo do Botafogo lá embaixo. Passavam algumas pessoas, principalmente cariocas, e falavam: "Um bar com escudo do Botafogo? Não vai aparecer ninguém aqui". Aquilo é para mim, não pros outros. Foi indo, indo, indo... Passaram os anos e aumentou o pessoal botafoguense aqui, vinham almoçar, perguntavam sobre os jogos. O Carlos, presidente da Sampafogo, conheceu aqui e tudo mudou - contou Vicente.
Bar do Botafogo em São Paulo
Sergio Santana/ge
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A transformação
O início foi tímido, mas hoje o bar recebe cerca de 100 pessoas por jogo em dias de partidas do Botafogo - contra o Palmeiras, na última semana, foram mais de 150.
Tamanho movimento fez com que os líderes da Sampafogo pedissem a Vicente dar um fim às paredes vermelhas do segundo andar. O local, aos poucos, virou um reduto botafoguense e ganhou uma nova cara, com envelopamento do Estádio Nilton Santos e até um próprio muro dos ídolos.
Bar do Botafogo em São Paulo em transição
Reprodução
- Era uma queixa muito grande. Um bar alvinegro com cores vermelhas... Chegou ao ponto de que não dava para continuar assim. Foi um pouco difícil, mas conseguimos. Fez um ano em julho (da nova decoração), fizemos uma festa. O pessoal vem para cá e fica maluco - contou Carlos.
- Desenhamos o que queríamos, levantamos fundos para a customização e chegou ao que tem hoje. Fizemos uma enquete nos nossos grupos para saber quais ídolos deveriam ser representados no nosso muro dos ídolos e chegamos a alguns nomes - completou.
Bar do Botafogo em São Paulo ainda com as paredes vermelhas
Reprodução
Nesta terça-feira, o bar recebeu cerca de 50 pessoas para um esquenta para a partida contra o Palmeiras. Até Durcesio Mello, presidente do Botafogo, apareceu no local.
- Me sinto como se estivesse lá (no Rio de Janeiro). Conheço o Nilton Santos. Aqui eu fico muito tenso, tenho que andar para cima e para baixo. É muito bom, para mim é um presente ter o bar do Botafogo - finalizou Vicente.
Durcesio Mello em bar do Botafogo em São Paulo
Reprodução
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