Equipe joga mal, mas vence o Vila Nova por 2 a 0 e garante a classificação para as oitavas da Copa do Brasil; após sequência positiva, treinador terá mais calma para implementar ideias A passagem do técnico Fernando Diniz pelo Fluminense em 2019 fez o treinador ser visto como um comandante que faz a equipe jogar bem, mas sem conseguir o resultado. A atuação tricolor na vitória sobre o Vila Nova, por 2 a 0, no Serra Dourada, foi justamente o oposto. O time apresentou um desempenho fraco na partida, com um primeiro tempo muito ruim, mas fez o dever de casa ao avançar para as oitavas de final da Copa do Brasil.
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Curiosamente, a equipe foi bem até marcar seu primeiro gol. Com menos de um minuto de jogo, Cano desperdiçou grande chance de matar o jogo, mas o argentino se redimiu pouco depois. Aos nove, após cobrança de escanteio, Nino desviou na área, e Cano apareceu livre para desviar de cabeça e abrir o placar.
Cano, Luiz Henrique e Nathan dançam em comemoração do gol do Fluminense
Marcelo Gonçalves/Fluminense
A partir daí, o time caiu de produção e viu o Vila Nova pressionar todo o restante do primeiro tempo. O Fluminense chegou a ter mais de 60% de posse de bola nos 10 primeiros minutos, mas deixou o time da casa assumir o controle da partida depois do gol de Cano. A proximidade entre os jogadores vista nas últimas duas partidas não foi aplicada, o time passou a errar passes, perdeu a organização e desceu a marcação, dando espaços para o Vila ocupar o campo de defesa tricolor. A primeira etapa terminou com 52% de posse para o Flu e 48% para o Vila.
- A gente começou bem, depois que fez o gol não era para ter baixado o bloco de marcação. A gente baixou, o campo estava muito pesado, os jogadores demoraram a se adaptar, e também baixou a intensidade do jogo dos nossos jogadores. Isso fez com que o Vila Nova crescesse e nos pressionasse mais do que deveria no primeiro tempo - disse Diniz na coletiva após a partida.
Recuado, o Tricolor viu o Vila Nova partir para o ataque. A equipe goiana finalizou muito mais — foram 13 contra duas do Tricolor — e passou perto de deixar tudo igual ainda na primeira etapa, com destaque para Ralf em chute cruzado e, posteriormente, em desvio de cabeça, além de Matheuzinho em chute de fora da área.
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Cano faz o "L" em comemoração de seu gol em Vila Nova x Fluminense
Marcelo Gonçalves/Fluminense
No segundo tempo, o Vila até tentou pressionar nos minutos iniciais, mas o Fluminense voltou melhor e passou a buscar mais as jogadas no ataque. Cano recebeu boa bola de Nathan logo aos sete minutos e quase ampliou o placar. Mas o segundo do Tricolor veio aos 21. Nathan iniciou a jogada do gol, Yago recebeu e tocou para Pineida, que fez bom cruzamento, e Luiz Henrique desviou de peixinho.
Com o placar agregado, o Vila Nova precisaria fazer três gols para levar a partida para os pênaltis, e o jogo acabou esfriando. A partida ficou marcada pelo desempenho fraco de alguns jogadores do Flu, especialmente no primeiro tempo, o que afetou o coletivo. Apesar de não ter sofrido gols, a dupla de zaga cometeu alguns erros e teve uma atuação abaixo do esperado. Calegari, substituto de Samuel Xavier, que saiu machucado, não acompanhou o ritmo da partida e não conseguiu fazer as mesmas investidas pelo lado direito em parceria com Luiz Henrique.
Nathan carrega a bola em Vila Nova x Fluminense
Marcelo Gonçalves/Fluminense
Já Pineida, que esteve muito mal no primeiro tempo, conseguiu se recuperar na etapa final, apareceu mais com investidas ao ataque pela esquerda e deu assistência para o gol que sacramentou a classificação. Nathan, por sua vez, foi bastante participativo, deu boas bolas que por pouco não se converteram em passes para o gol. Apesar de continuar não desempenhando a mesma função de Ganso, o jogador não lembra nem de longe aquele Nathan da época em que Abel Braga comandava o time. Com boas atuações nas últimas partidas, o meia mostra que pode ser importante no time ao longo da temporada e faz o torcedor ficar cada vez mais ansioso para vê-lo jogando ao lado do camisa 10 por mais tempo.
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Apesar de a escalação de três volantes ter impactado na forma como o Fluminense ocupou o meio-campo e no recuo da equipe no primeiro tempo, vale destacar que Wellington teve mais uma boa atuação, assim como aconteceu no empate com o Palmeiras, no último domingo. A torcida, que costuma pegar no pé do volante, reconheceu o bom desempenho ao gritar o nome do camisa 5 no momento em que o jogador foi substituído.
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Wellington prestes a tocar a bola em Vila Nova x Fluminense
Marcelo Gonçalves/Fluminense
Com boas atuações diante de Junior Barranquilla e Palmeiras, equipes mais qualificadas que o adversário da última quarta-feira, o Fluminense de Diniz acabou criando uma expectativa em seu torcedor. Mas é importante lembrar que este foi apenas o terceiro jogo do treinador à frente da equipe, e sem Ganso, um dos alicerces do meio-campo tricolor.
Estatísticas de Vila Nova x Fluminense
Há cerca de 10 dias no comando do Flu, o técnico precisa de tempo para trabalhar e implementar melhor suas ideias. Mas é inegável que Diniz já conseguiu um grande feito. O treinador obteve bons resultados nas suas três primeiras partidas: vitória sobre o Junior Barranquilla, que manteve a equipe viva na Copa Sul-America, empate com o Palmeiras no Allianz Parque, que deixou o time fora da zona de rebaixamento do Brasileirão, e agora a classificação na Copa do Brasil. E, de quebra, derrubou o estereótipo de não conseguir os resultados. O Fluminense não jogou bem, mas fez o que era importante: venceu e avançou.
Fernando Diniz aparece de braços cruzados antes de Vila nova x Fluminense, no Serra Dourada
Marcelo Gonçalves/Fluminense
Com a classificação e a garantia de mais R$ 3 milhões aos cofres na bagagem, o Fluminense retorna para o Rio de Janeiro no início da manhã desta quinta-feira. A equipe volta a campo para encarar o Athletico-PR, o sábado, às 21h (de Brasília). Com o Maracanã fechado para o plantio da grama de inverno, o jogo será em Volta Redonda.
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