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Vítor Pereira vê "polivalência de funções" como caminho para gestão de elenco no Corinthians

Por Virtual Rondônia em 12/05/2022 às 01:55:11
Timão avançou às oitavas de final da Copa do Brasil ao vencer a Portuguesa-RJ; técnico mexe no time, comemora resultado e também primeiro passo em sequência difícil O Corinthians venceu a Portuguesa-RJ por 2 a 0, nesta quarta-feira, e garantiu a vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. Vítor Pereira, novamente, mexeu no time titular e inovou. O treinador do Timão afirmou que esse é o caminho do Corinthians que ele pode oferecer.

– Temos que jogar com polivalência de funções. Não temos lateral-direito agora, então temos que improvisar na direita. É essa multifuncionalidade das competências do jogador o caminho. Temos que fazer eles crescer no sentido de entender o jogo, com cultura tática, nos permitindo variações no sistema.

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Nesta quarta, Lucas Piton atuou como ala na esquerda, à frente de Fábio Santos, que jogou como terceiro zagueiro. Dois exemplos da polivalência de posições pedida por Vítor Pereira.

Vítor Pereira em Corinthians x Portuguesa-RJ

Marcos Ribolli

O treinador também comentou a decisão de entrar com uma linha de três atrás.

– Nós trabalhamos um sistema alternativo ao nosso 4-3-3. Hoje decidimos entrar no 3-4-3 porque temos uma largura total. Contra um time que se fecha mais, precisamos ter um homem mais aberto dos dois lados, podemos variar.

– Sobre entrar com três zagueiros, também tem a ver com o lateral-direito. O Fagner está lesionado, o João Pedro também, e preciso do Rafa para o jogo contra o Inter. Então deu para gerir um pouco. Temos que ter uma formação que nos permita fazer essa gestão, e foi o que aconteceu hoje.

Sobre essas adaptações, Vítor Pereira continuou a explicar a importância de se manter os comportamentos em diferentes sistemas táticos.

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– Nós falamos em estrutura, que é uma coisa dinâmica. Os princípios, ou seja, os comportamentos, são os mesmos. Montamos a estrutura para os mesmos tipos de comportamentos.

– Um dos princípios, por exemplo, é pressionar quando perdemos a bola. E tanto faz a formação, porque é um princípio assumido pela equipe. Eu não vou pedir para não pressionar nos treinos quando mudo o sistema. A questão não é essa. Uma equipe que quer manter o nível competitivo, e o futuro é esse, precisa de jogadores inteligentes. Jogadores que, jogando por dentro ou fora, o que o sistema exige na mudança da função – completou.

Após mais uma noite de gestão do elenco, o Corinthians volta a campo no sábado para enfrentar o Internacional, às 19h (de Brasília), no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro. Na terça-feira seguinte enfrenta o Boca Juniors, na Bombonera, pela Copa Libertadores.

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Time está passando confiança para a torcida?

– Para ser honesto, quem nos transmite confiança é a torcida. Na palestra pré-jogo, antes de entrarmos no gramado, eu disse para eles: "O clube vendeu 35 mil ingressos em uma quarta-feira, 21h30, com as pessoas tendo que trabalhar no dia seguinte, contra um time da Série D... Como é possível nós não correspondermos em termos de entrega?". Em termos de qualidade, às vezes, não é possível. Mas a entrega, a paixão, o respeito, nunca podemos falhar nisso. A intenção de entregar de corpo e alma dentro do jogo nunca podemos deixar de ter. A torcida nos transmite confiança e essa vontade de jogar em casa. Mas, ao mesmo tempo, digo para eles que temos que jogar confiantes fora de casa para ganhar os jogos. Ganhar tem que se tornar um hábito. O empate tem que ser algo que nos deixa sem dormir. Só se o empate nos permitir uma classificação. É essa que tem que ser a mentalidade, tem que fazer parte do nosso DNA. O hábito de vencer. E isso é algo que vai se construindo, essa mentalidade mais agressiva vai se construindo.

Corinthians chega pronto para o segundo semestre?

– Eu vou ser o mais honesto possível. Eu não faço a mínima ideia. Agora, que eu acredito que se tivéssemos um pouquinho mais de tempo, a forma que eu gostaria que minha equipe jogasse é intensa e dinâmica, do ponto de vista ofensivos, e com uma transição defensiva forte, para ganhar a bola no meio-campo. Foi assim que me eduquei a vida toda. Eu tive a oportunidade de, quase sempre, jogar por títulos. Desde a base do Porto eu tive jogadores de qualidade. O Porto foi um laboratório onde experimentei tudo. Me permitiu jogar sempre com a bola, sempre para ganhar títulos, com uma transição agressiva, e foi assim que fui me educando. Eu gosto das equipes dominantes. Acontece que aqui no Brasil não podemos ser dominantes sempre. Nós estamos crescendo em relação a isso. Mesmo quando somos dominantes, estamos controlando. Quando não conseguimos pressionar, já estamos com problemas lá atrás. Temos que saber defender em bloco baixo quando o adversário e a capacidade nos obrigam. A equipe cresceu neste momento. Eu percebi que era impossível pressionar sempre. Com essa realidade, é o Corinthians que nós podemos ser, não o que eu gostaria de ver.

Desempenho dos jogadores da base

– Se falar só dos dois serei injusto com os outros. Posso falar da base. Temos jogadores de qualidade na base. Essa sequência de jogos nos dá espaço no treino e no pós-jogo para dar mais tempo de jogos, estimular, trabalhar eles, fazer com que evoluam. Nós temos o Giovane, o Felipe, que tinha intenção de colocar, temos o Wesley, que é explosivo, temos o Matheus, o Biro, Maná, Robert, jogadores com qualidade. O trabalho da base tem qualidade. Cabe a mim arranjar espaços para eles, ter eles o mais perto de nós o máximo possível para ajudarmos a crescer. Mantuan, Adson, João Victor, Raul, que são jovens, o Piton, o Du... muitos jogadores com qualidade, que precisam de um pouquinho mais de tempo e aprendizagem para chegar a um nível mais alto.

Maturidade dos mais novos

– Nós temos necessidade. Meu passado foi ligado à base. Eu gosto muito de trabalhar com os jogadores novos, que falhem em alguns aspectos, o que é natural porque arriscam em zonas que não devem, individualizam quando precisam ser coletivos, mas ver eles crescerem é um gosto muito grande. Ao mesmo tempo, perceber claramente que temos jogadores experientes e fundamentais no nosso elenco. É fazer crescer a juventude, torná-los mais maduros, melhorar a cultura tática, entender o jogo, os momentos da partida. Eles estão em uma fase que estão começando a entender os momentos do jogo. Às vezes a equipe precisa pressionar alto, outras compactar. É esse crescimento que estão tendo. Esses jogadores da base que vêm ao treino... é um gosto de ver eles, vêm com toda a vontade do mundo, aumentam a intensidade do treino. É uma questão de ter oportunidades e aprender com os jogadores.

Desempenho dentro e fora de casa

– E os clássicos? (brincando sobre os clássicos fora da arena). Eu tinha uma estatística de clássicos. Em Portugal diziam que eu não perdia clássicos, não lembro de ter perdido, sinceramente. Agora, cheguei ao Brasil e joguei não sei quantos clássicos seguidos, todos fora de casa, com pouco tempo de trabalho, sem conhecer meus jogadores, sem entender os adversários, aí minha estatística foi ao ar (risos). Cabe a mim, a comissão técnica, procurar que nos próximos clássicos nossa imagem seja diferente. Quando eu perco esse tipo de jogo, é uma coisa que mexe. Não tenho hábito de perder esse tipo de jogo. Mas é o que é. Vamos nos preparar para esses dois jogos, que são muito importante para nós. Sabemos que podemos cair do primeiro lugar, e está tudo bem. Se perdermos, desde que a gente reaja depois, mantendo o foco... É criar o hábito de ganhar. O perder e o empatar para nós tem que ser algo que nos deixa indispostos. Eu gosto de olhar para a minha equipe, quando perde, para tentar levantar o ânimo. Temos que levantar e lutar novamente. Quando cairmos, temos que nos levantar imediatamente e ir a luta outra vez.

Reprodução

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Fonte: Ge

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