Clube vai brigar legalmente contra as regras de patrocínio da liga inglesa e critica modelo de votação entre os clubes; episódio aumenta a relação tensa entre as partes Manchester City abriu uma nova frente de conflito com a Premier League, e na Justiça. O clube entrou com processo legal contra questões que vão de regras de patrocínio até decisões da liga inglesa. As audiências privadas sobre isso devem começar na segunda-feira da semana que vem.
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A notícia surgiu na noite de terça e repercute muito hoje. A ação do City se concentra nas regras sobre transação com partes associadas (APT). Essas regras são sobre como os clubes estabelecem acordos de patrocínio ou receitas relacionadas à sua propriedade.
Os clubes votaram pela aprovação de regras mais rígidas sobre isso em fevereiro deste ano. Uma consequência da compra do Newcastle pelo fundo de investimentos da Arábia Saudita, em 2021. O objetivo era impedir a inflação de acordos de patrocínio ligados aos donos de clube.
O Manchester City apresentou um documento em que se declara vítima de "discriminação", e que essas regras aprovadas recentemente tem como objetivo derrubar o seu sucesso. A rede de patrocínios do clube é historicamente ligada a empresas e personagens que dirigem o conglomerado City Football Group (CFG).
A receita total do City em 2022/23 (última temporada com números divulgados) foi de 712,8 milhões de libras, o equivalente a R$ 4,7 bilhões. Metade disso veio da área comercial. Desde 2019, o clube teve aumento de 50% nesse tipo de receita.
O presidente do Manchester City, Khaldoon al-Mubarak, declarou que as regras introduzidas pela Premier League no último ano farão a liga inglesa ser "menos competitiva".
— A Premier League chegou onde está hoje por ser a liga mais competitiva do mundo. Espero que haja mais sensibilidade sobre regulamentações. Há muitas restrições sobre trocas e empréstimos (de jogadores) — declarou al-Mubarak, aos canais oficiais do clube.
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Getty Images
O Manchester City estaria cobrando indenicação financeira da Premier League por perdas relacionadas a acordos de patrocínios que foram afetados pelas regras. O argumento é que a liga não consegue provar que o clube tem levado vantagem injusta de suas transações.
O City também ataca as regras de votação dentro da Premier League. Qualquer proposta precisa de 14 dos 20 votos para ser adotada. Isso seria uma "tirania da maioria", segundo o clube.
Lembrando que o Manchester City está na mira da Premier League por conta de 115 violações de quebra das regras financeiras das quais é acusado. Audiências sobre isso estão previstas para novembro. O clube nega qualquer irregularidade.