Família lutava há dois para que Santana não fosse enterrada como indigente, em Porto Velho. Velório e sepultamento da idosa foi possível através de ajuda de doações. Família de Santana relatou que ela não consegue tratamento para câncer porque não possui documentos
Elizangela dos Santos/Arquivo Pessoal
Dois dias depois de Santana Coelho morrer vítima de um câncer, a família da idosa finalmente conseguiu velar e enterrar o corpo, mesmo sem a paciente ter documentos pessoais. O enterro aconteceu no início da noite de quarta-feira (15).
O caso de Santana repercutiu no início de junho, quando a família procurou as redes sociais para denunciar que ela não conseguia vaga para tratar um câncer no útero porque nunca teve documentos pessoais.
“Pelo amor de Deus não deixa a minha mãe morrer. Ela precisa de um tratamento. Só o que eu peço, pelo amor de Deus, é um tratamento pra minha mãe”, chegou a apelar a filha da mulher, Fabiana Souza.
Final Triste
Segundo a advogada da família, Alana Assunção, quando Santana finalmente conseguiu uma vaga no Hospital de Amor seu estado de saúde estava tão debilitado que os médicos não conseguiram iniciar o tratamento específico para o câncer.
"Não conseguiram nem iniciar o tratamento dela porque ela morreria de imediato", disse.
Santana faleceu no Hospital de Amor de Porto Velho na noite de segunda-feira (13). Durante esses dois dias que se passaram, a família lutava para que pudesse velar o corpo e impedir que ela fosse enterrada como indigente.
O corpo foi velado desde a manhã desta quarta-feira, até às 16h, em uma funerária localizada na Avenida Sete de Setembro, em Porto Velho. Depois disso, o corpo seguiu para o sepultamento.
O velório e sepultamento da idosa só foi possível através de ajuda de doações, já que a família não tem condições financeiras de arcar com as despesas.