Time tem investimento de cerca de R$ 5 milhões para a temporada; Galo é o lanterna do Brasileirão feminino CEO do Atlético-MG, Bruno Muzzi admitiu que explicou a redução de investimentos no futebol feminino do clube. De acordo com Muzzi, o Galo está injetando cerca de R$ 5 milhões nas Vingadoras. Segundo apurou o ge, anteriormente o valor girava em torno de R$ 9 milhões.
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Brasileirão Feminino: Dannyelle Paiva analisa o time do Atlético-MG para a temporada 2024
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- A gente não tem as receitas vindas das Leis de Incentivo. Essa é uma das razões que nos fez segurar um pouco. O orçamento do Atlético hoje para o futebol feminino está na casa dos R$ 5 milhões, e a gente vai agora buscando mais patrocínios. Vamos buscar a lei do incentivo a partir de setembro, para irmos melhorando as poucos.
Antes de virar SAF, o Atlético buscava parte do valor investido no futebol feminino do clube nas Leis de Incentivo ao Esporte. Com a transformação de associação para SAF, há um tempo determinado na lei para que o clube volte a captar recursos.
Bruno Muzzi é CEO do Atlético e da Arena MRV
Pedro Souza/CAM
Com a redução de dinheiro no futebol feminino, o Galo perdeu grande parte do elenco da temporada 2023. Para este ano, investiu em jovens, com a média de idade de 23 anos. Muzzi afirma que o clube enxerga a categoria como mais uma forma de lucro para a instituição.
- Sem dúvida, a gente enxerga o futebol feminino como um caminho a ser seguido mesmo. A gente vai ter Copa do Mundo. A gente acha que as pautas com os patrocinadores sobre o futebol feminino são muito importantes. Todo patrocinador vê com bons olhos. A tendência, como nos Estados Unidos vem crescendo, na Europa também, e a gente não deve ficar atrás disso.
"A SAF vê com bons olhos, mas tudo precisa ser feito com equilíbrio e precisa ser sustentável. Essa é a nova visão a longo prazo. Precisa ser equilibrado, para que depois a gente não tenha que dar um passo atrás."
Aporte SAF
O Atlético virou SAF em novembro. Com a venda do clube concretizada, o Galo recebeu um aporte de R$ 400 milhões. O presidente Sérgio Coelho chegou a dizer que o futebol feminino não iria receber nenhum valor desse aporte. Em fevereiro, um novo valor foi aprovado para entrar nos cofres. Bruno Muzzi esclareceu como o feminino está sendo incluindo nesses investimentos.
Bruno Muzzi explica destino do novo aporte da SAF do Atlético-MG
- Todo aporte da SAF vem para reestruturação da SAF como um todo. Faz parte dos custos da SAF o futebol masculino, o futebol de base e o feminino. O feminino é uma pequena parte ainda e a gente tá fazendo muito trabalho de gestão, sem gastar muito, mas dando o apoio, dando estrutura, para poder melhorar. Esse é o caminho.
Estrutura para as atletas
Em dezembro, chegando próximo ao fim da temporada, jogadoras do Atlético denunciaram a falta de estrutura. As jogadoras treinavam na Arena Santa Cruz, campo de futebol amador de Belo Horizonte. Com início do novo ano, o Galo inaugurou a estrutura da Vila Olímpica, com reforma do campo e construção novo vestiário, academia e sala de fisiologia. Além disso, as Vingadoras passaram a treinar também na Cidade do Galo.
Atlético-MG reinaugura campo da Villa Olímpica e apresenta estrutura do futebol feminino
Dannyellen Paiva
Apesar da redução de dinheiro, o CEO do Galo afirma que confia no elenco e que o time está passando por profunda reestruturação para colher bons frutos a longo prazo.
- A forma como a SAF está enxergando o futebol feminino é o mesmo que a gente enxerga a SAF como um todo. Queremos deixar o Atlético sustentável. Então, pequenos passos vão sendo dados ao longo do caminho. O Atlético passou por uma reestruturação grande, com retenção de custos em diversas linhas e visando a longo prazo. Para que a gente possa crescer dentro da capacidade permitida, para se tornar sustentável. Futebol feminino não foi diferente.
Atlético apresenta nova estrutura para o futebol feminino
Muzzi revelou que há um comitê do futebol feminino que foi formado neste ano para tratar dos assuntos das Vingadoras, com integrantes da comissão e da direção da SAF.
"Demos um passo atrás. Estamos focando em melhoria de estrutura. É um pequeno passo ainda, tivemos uma boa melhora. Um vestiário exclusivo, simples ainda. Um espaço de fisioterapia que vai ficar legal, exclusivo para elas. Um excelente campo na Vila Olímpica. Campo sintético no CT, que elas vão poder treinar e isso é emblemático para ter essa integração. Estamos confiantes no trabalho. É um time novo, mas as meninas vão crescer na competição (Brasileirão)."
Com apenas duas rodadas do Campeonato Brasileiro, o Atlético é o lanterna da competição, com nenhum ponto somado. O próximo jogo é diante do Bragantino, na segunda-feira, às 15h (de Brasília), em São Paulo.
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