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Clube paulista estuda levar ao STJD denúncia contra o Flamengo na Superliga C feminina

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Por Virtual Rondônia em 21/10/2024 às 17:18:55
Realizar Santos Fupes foi uma das equipes que acusaram o Rubro-Negro de escalar atletas irregulares no acesso à segunda divisão. CBV e Fla não veem quebra de regras Campeão da sede Sudeste da Superliga C no dia 12 de outubro, o Flamengo garantiu acesso para a Superliga B, segunda divisão do vôlei nacional. A conquista, no entanto, pode parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Adversários do Rubro-Negro, Realizar Santos Fupes e Vôlei Louveira alegam que duas jogadoras do Fla atuaram de maneira irregular. Em documentos enviados à Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), as equipes paulistas pediram punição ao time carioca, com aplicação de W.O. e perda de pontos. Diante da resposta negativa da CBV, o Realizar estuda levar o caso à Justiça e já faz consultas junto a um escritório de advocacia.

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Juliana, com a camisa 9 do Flamengo, é uma das atletas supostamente irregulares

Reprodução

As reclamações de Vôlei Louveira e Realizar Santos Fupes foram divulgadas primeiro pelo jornal "O Tempo" e confirmadas pelo ge. Os ofícios das equipes enviados à CBV se baseiam no 44º artigo do regulamento da Superliga C, que diz o seguinte:

"Os clubes com o mesmo CNPJ ou que sejam administrados, geridos ou possuam influência, direta ou indireta, de um mesmo grupo, de uma equipe da SUPERLIGA A OU SUPERLIGA B, deverão disputar a SUPERLIGA C, sob as seguintes condições, sem prejuízo das demais disposições legais e regulamentares:

§1° - Será permitida apenas a participação de atletas sub-21, ou seja, atletas nascidos em 2004."

Vôlei Louveira e Realizar entendem que o Flamengo está associado ao Sesc-Flamengo, time da elite da Superliga Feminina, "dividindo uniformes, atletas e até treinamentos". Assim, na terceira divisão nacional, o Rubro-Negro precisaria usar apenas jogadoras nascidas a partir de 2004. Há registros, no entanto, de duas atletas inscritas pela equipe carioca e que não estariam de acordo com as regras: Juliana Becker Pires Vaz, de 27 anos, e Rebeca Bispo Silva Medeiros, de 33.

Nomes e Juliana e Rebeca constam na lista de inscritas do Flamengo na Superliga C

Reprodução

Para defender a ideia de que Flamengo e Sesc-Flamengo estão relacionados, o ofício enviado pelo Vôlei Louveira à CBV usa o exemplo de Clara, de 19 anos. A levantadora teve a renovação anunciada nas redes sociais do Sesc e foi inscrita pelo Fla para a disputa da Superliga C.

De acordo com o regulamento da terceira divisão do vôlei nacional, "a entidade esportiva que incluir um atleta inscrito irregularmente será penalizada com a perda dos pontos e considerada perdedora por 'Walk-Over' (W.O.), além das sanções previstas no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e nas normas da CBV".

Com as possíveis punições, o Flamengo perderia o título e o acesso à segunda divisão nacional, que ficariam com o Vôlei Louveira, vice-campeão da sede Sudeste da Superliga C. O Realizar herdaria a segunda colocação e, consequentemente, o lugar em um torneio de repescagem que vai distribuir mais uma vaga para a Superliga B.

Procurada pelo ge, contudo, a CBV entende que "os clubes Rio de Janeiro Vôlei Clube (SESC) e Clube de Regatas do Flamengo são pessoas jurídicas distintas, com CNPJs diferentes e administrados de forma independente. Os dois clubes não possuem qualquer tipo de influência entre si, de forma direta ou indireta, não se enquadrando no que se estabelece no artigo 44º do regulamento da Superliga C 2024". Veja a íntegra da nota da Confederação no fim da matéria.

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O Flamengo assume postura semelhante à da CBV: "O Clube de Regatas do Flamengo esclarece que a equipe de vôlei feminino que disputou a Superliga C tem o CNPJ do clube, ao contrário do time que atua na Superliga A, que possui CNPJ do Rio de Janeiro Voleibol Clube".

A partir dos posicionamentos de CBV e Flamengo, o Realizar Santos Fupes, que diz não ter sido procurado pela Confederação Brasileira de Voleibol, estuda levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Inclusive, se reuniu com escritório de advocacia nesta segunda (21) para fazer as consultas iniciais.

Realizar estuda levar denúncia contra o Flamengo ao STJD

Nícolas Raposo/Realizar Santos Fupes

O Vôlei Louveira afirmou ao ge que acata o posicionamento da CBV e concentra as atenções na disputa da repescagem da Superliga C, de olho no acesso à segunda divisão nacional.

O formato da Superliga C

Terceira divisão do vôlei brasileiro, a Superliga C reúne mais de 60 times, entre as disputas masculina e feminina. O campeonato é dividido em torneios menores, disputados entre equipes da mesma região do Brasil. Os campeões de Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste garantem acesso direto à Superliga B.

Na sede Sudeste, o Flamengo venceu os quatro jogos realizados no Rio de Janeiro, entre os dias 7 e 12 de outubro. O Rubro-Negro levou a melhor sobre Clube Paineiras do Morumby, Vôlei Louveira, Nova Geração Pouso Alegre e Realizar Santos Fupes – adversário no jogo que valeu o título e o acesso para a equipe carioca.

Os segundos colocados de cada região (Vôlei Louveira, no caso do Sudeste) se enfrentam em uma outra competição. Dessa espécie de repescagem, sairá mais um time classificado para a segunda divisão nacional.

Inicialmente, a previsão era de que a repescagem começasse em 18 de outubro. No entanto, ainda não está realmente definido quando acontecerá o torneio.

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Confira a íntegra da nota da CBV

"Na análise da CBV, os clubes Rio de Janeiro Vôlei Clube (SESC) e Clube de Regatas do Flamengo são pessoas jurídicas distintas, com CNPJs diferentes e administrados de forma independente. Os dois clubes não possuem qualquer tipo de influência entre si, de forma direta ou indireta, não se enquadrando no que se estabelece no artigo 44º do regulamento da Superliga C 2024.

A CBV respondeu aos questionamentos enviados pelos clubes participantes da Superliga C, e está à disposição para qualquer outro esclarecimento."

Fonte: Ge

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