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Advogada da vítima do caso Daniel Alves reforça risco de fuga mesmo sem passaporte

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Por Virtual Rondônia em 21/03/2024 às 08:04:35
Ester García cita entorno e "potencial econômico" para brasileiro fugir da Espanha. Jogador foi condenado por agressão sexual, mas pode deixar prisão em liberdade provisória por fiança de 1 milhão de euros Ester García, advogada da vítima do caso Daniel Alves, bateu na tecla de que permanece um risco de fuga do jogador. A Justiça espanhola aceitou um pedido de liberdade provisória da defesa do lateral brasileiro, que poderá ser solto condicionalmente após 14 meses de prisão preventiva. Ele havia sido condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual.

Justiça da Espanha concede liberdade provisória a Daniel Alves

- O Brasil não tem extradição e aqui está o grande risco. Ele não tem passaporte, mas tem potencial econômico suficiente para viajar sem passaporte. Insisto nisso: é uma pessoa que tem um entorno que nenhum cidadão comum tem. Não sei (como conseguiria fugir), um avião particular... Não vou dar ideias, mas poderia ir de carro a um outro país e então pegar um avião - comentou Ester García, ao canal catalão "TV3", nesta quinta-feira

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Ester Garcia, advogada da suposta vítima de Daniel Alves

Getty Images

Por maioria de votos, o tribunal decidiu deixar o lateral fora da prisão enquanto os recursos são julgados, mediante fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,45 milhões), entrega dos passaportes brasileiro e espanhol, e afastamento de 1km e incomunicabilidade com a vítima, além de não deixar a Espanha e se apresentar ao tribunal semanalmente. As partes têm três dias para recorrerem dessa decisão.

Na decisão, o tribunal explicou que a prisão preventiva exige ser "objetivamente necessária" e que "ou não existam outras medidas menos onerosas que possam ser adotadas ou dure o tempo mínimo imprescindível" para todo o processo. Sobre o risco de fuga, apontou "levar em conta as circunstâncias pessoais do réu para avaliar a necessidade de manutenção" da prisão preventiva.

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O único voto contrário foi de Luis Belestá. Para ele, a prisão preventiva de Daniel Alves deveria continuar até metade da pena (dois anos e três meses) porque "os argumentos que levaram à prisão preventiva não só foram confirmados mas também reforçados". Lembrou que "em três ocasiões este tribunal considerou que havia risco de fuga, a última em novembro de 2023, e as circunstâncias não só se mantêm atualmente mas também foram incrementadas com a sentença e a possibilidade de a pena ser aumentada por recurso". E salientou que "todas as seções do tribunal ratificaram decisões de prorrogar a prisão preventiva para evitar risco de fuga, inclusive de penas inferiores à imposta ao Sr. Alves".

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Daniel Alves no julgamento do caso em que é acusado de estupro em Barcelona

EFE/ Alberto Estévez

Daniel Alves está com as contas bloqueadas no Brasil devido a uma disputa judicial com a ex-esposa, Dinorah Santana. Na Espanha, houve bloqueio de valores desde a acusação de agressão sexual. Durante o julgamento, Inés Guardiola, advogada do jogador, afirmou que o brasileiro tinha uma dívida de 500 mil euros (R$ 2,7 milhões) com o Ministério da Fazenda espanhol e duas contas no país, sendo uma com 50 mil euros (R$ 272 mil) e outra com saldo negativo de 20 mil euros (R$ 109 mil).

De acordo com o jornal catalão "La Vanguardia", Daniel Alves vai recorrer novamente a Neymar da Silva Santos, pai de Neymar. Foi dele a transferência dos 150 mil euros (R$ 817 mil), encaminhados à Justiça espanhola como indenização antecipada à denunciante, segundo o portal "Uol" - confirmou, em entrevista à CNN, essa doação como "ajuda a um amigo". Ainda segundo o diário espanhol, o pai de Neymar se colocou à disposição do jogador para ajudá-lo financeiramente no processo.

O dinheiro também poderia ser proveniente de uma indenização do Ministério da Fazenda espanhol. No fim de fevereiro, o jornal catalão "La Vanguardia" informou que Daniel Alves receberia 1,2 milhão de euros (R$ 6,5 milhões) do órgão, em ganho de causa contra o Fisco do país. Ele discordava da tributação dos valores cobrados pelos serviços de intermediação do agente Joaquín Macanás, na altura da renovação de contrato com o Barcelona entre 2013 e 2014.

Fonte: Ge

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