Contrárias a contratação, torcedoras do Athletico-PR formalizaram um ofício e relataram ameaças que sofreram após revelarem o posicionamento. Quem assinou e encaminhou o documento para a Polícia Civil e ao clube foi o coletivo Atleticaníssimas. "Torcedores, especialmente mulheres, vêm sofrendo ataques e ameaças privadas e públicas em redes sociais, além de ligações telefônicas ameaçadoras - com menção à localização de setor e cadeira dentro do estádio - simplesmente por manifestarem sua opinião", revela um trecho do ofício.
No X, o coletivo Atleticaníssimas fez um vídeo em manifesto com o questionamento "Feliz Dia da Mulher para quem?". A narradora do vídeo afirma que "o futebol ainda não gosta das mulheres", e logo aparecem prints de tuítes misóginos com intuito de ofender as torcedoras.
Também nas redes sociais, o clube postou uma homenagem às mulheres. O que foi encarado com indignação por boa parte dos internautas.
No dia 3 de janeiro, a Justiça da Suíça anulou a sentença de 1989 que condenou o técnico Cuca por manter relação sexual com uma menina de 13 anos - o caso aconteceu em 1987, quando ele era jogador do Grêmio, durante um excursão do time. Em reportagem validada pelo Tribunal de Berna, é possível saber que havia sêmen de Cuca no corpo da vítima.
A defesa solicitou a revisão do caso com o argumento de que Cuca não contou com um representante legal e foi julgado à revelia na época. O pedido de um novo julgamento foi aceito, mas o Ministério Público alegou não ser possível realizá-lo pelo fato de o crime ter prescrito. O órgão, então, sugeriu a anulação da pena e o fim do processo, o que acabou sendo acatado pela Justiça. Cerca de dois meses depois da anulação da sentença, o treinador foi contrato pelo Athletico-PR.
Apesar da sentença condenatória ter sido extinta, não é possível afirmar que o treinador é inocente, visto que o veredicto não foi alterado.
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Fonte: noticias ao minuto