Diretor afirma que clube necessita baixar de 560 milhões de euros para 400 milhões anuais os custos com elenco. Capitão rebate: "Não é a melhor decisão fazer isso pela imprensa" O drama vivido pelo Barcelona para conseguir aliviar suas contas vai seguir na próxima temporada. Ao jornal Sport, o vice-presidente econômico, Eduard Romeu, indicou que o clube precisa de uma redução de 160 milhões de euros (R$ 839 milhões) em sua folha salarial. Mas o capitão do elenco não reagiu bem à informação.
Em entrevista coletiva pela seleção espanhola, Busquets foi perguntado sobre os planos do Barcelona de reduzir os salários, algo que ocorre há dois anos, desde o início da pandemia. O volante disse que ninguém da diretoria procurou os jogadores. E pediu mais transparência.
– Escutei as coisas que estão dizendo, e quando eu voltar de férias não sei o que vão dizer. Gostaria que dissessem para mim, e não que eu soubesse por outros. Mas sempre estou disposto a ajudar – declarou Busquets.
“Não nos propuseram nada, não nos disseram nada, apesar do que escutamos por vocês. Não é a melhor decisão fazer isso pela imprensa, é sempre melhor dizer cara a cara”, disse o capitão do Barça.
Veja a tabela da Liga das Nações
Barça tem interesse no lateral brasileiro Dodô
Busquets, capitão do Barcelona: "É melhor dizer cara a cara"
Alex Caparros/Getty Images
O vice-presidente econômico do Barcelona, Eduard Romeu, revelou que a folha salarial da equipe é de 560 milhões de euros e precisa cair para 400 milhões de euros (R$ 2 bilhões). O clube conviveu com essa batalha durante a última demorada para se adequar ao fair play financeiro da LaLiga. Caso não consiga, novas inscrições não serão possíveis. O dirigente confirmou que haverá redução dos salários.
– Destina-se aos jogadores que mais custam para a entidade. Primeiro haverá um critério técnico, com jogadores que não estão interessados em continuar porque o treinador assim o considera. Assim, parte da massa salarial será reduzida. E também um critério do clube. Tenha em mente que existem jogadores que já fizeram um esforço. Seria um esforço em cima do esforço e a verdade é que não ajuda muito no que diz respeito ao fair play. Isso reduziria sua massa salarial, mas não melhora muito o fair play, que é o que precisamos com mais urgência – disse Romeu.
O Barcelona tem uma dívida bilionária. O limite salarial da LaLiga é obtido em um cálculo simples: o faturamento total menos os gastos do clube que não envolvem o time profissional de futebol. Ele é atualizado a cada seis meses e basicamente serve para que as equipes não gastem mais do que podem com seus elencos.
No último registro da liga espanhola, o Barcelona teve um limite negativo de 144 milhões de euros, e agora deve se adequara para que não tenha problemas para contratar novos jogadores.
Algumas saídas podem ajudar na operação. O clube vendeu Philippe Coutinho para o Aston Villa e deve negociar Frenkie de Jong com o Manchester United. Dembélé não deve renovar. Essas transferências facilitariam as possíveis chegadas de jogadores como Lewandowski e Kessié.
Vice-presidente econômico do Barcelona, Eduard Romeu indica que clube precisa reduzir 160 milhões de euros de sua folha salarial
Reprodução/Sport