Técnico admite rendimento abaixo na derrota para o São Bernardo, mas ressalta que clube passa por período instável após diversas mudanças no elenco Mano Menezes considera que o Corinthians passa por um processo de reformulação que pode explicar as duas derrotas em sequência no Campeonato Paulista, a última delas neste sábado, para o São Bernardo, fora de casa, pela terceira rodada do estadual.
– Realmente estamos em um processo de construção, diria, porque praticamente é um time novo na íntegra. Temos dois, três, quatro remanescentes. Então os primeiros passos têm sido mais difíceis do que a parte externa, o torcedor, esperava. É uma segunda derrota que não precisava ter acontecido. Jogo mais difícil para jogar foi contra o Guarani, criou mais dificuldades táticas para a gente, teve controle em todos momentos. Nos jogos seguintes isso não aconteceu, mas cometemos erros semelhantes nas duas partidas e por isso perdemos.
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São Bernardo 1 x 0 Corinthians - Melhores momentos - Campeonato Paulista 2024
– Quando tomamos o gol, estávamos com um a mais e tomamos dois contra-ataques, precisava ter mais calma. Tivemos dificuldade para entrar no bloco defensivo do São Bernardo. Ficamos com um homem a mais e não deixamos o adversário entrar. Nessa hora tem que jogar naquele bloco defensivo, nossa chegada de área carece de uma presença mais certa. Precisamos encher mais a área para criar dificuldades numericamente, para pegarmos sobra de uma bola, se não fica cômodo, eles controlaram bem isso. Isso podemos fazer melhor, independente da nossa construção de equipe.
O treinador ainda alertou a equipe para os erros defensivos cometidos neste início de temporada.
– Temos que parar de cometer esses erros defensivos bobos. Quando inicia o contra-ataque, a gente tinha superioridade numérica e nos desorganizamos, dando espaço para o Silvinho finalizar livre do lado esquerdo do ataque – finalizou o treinador.
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Mano Menezes em São Bernardo x Corinthians
Fabio Giannelli/AGIF
Mano ainda admitiu que os maus resultados no início da temporada podem atrapalhar o processo de reconstrução da equipe, que ainda espera pela chegada de mais reforços.
– A derrota tem que ter uma repercussão de tragédia, mesmo sendo terceira rodada de campeonato. Os grandes tiveram dificuldades até quando ganharam, nós que estamos construindo uma equipe do zero temos dificuldade.
– Vamos continuar trabalhando com a mesma lealdade, transparência dos jogadores, sabendo como é, também aceitamos respostas mais fortes. Não criamos crise onde não tem crise. Vamos trabalhar para construir um Corinthians forte. Nosso grupo de jogadores a média de idade é assustadoramente baixa. Não é fácil. Vai colocar o Arthur Sousa para resolver o problema da equipe? É mais difícil – disse.
Fagner em São Bernardo x Corinthians
Fabio Giannelli/AGIF
A segunda derrota seguida no Campeonato Paulista pode custar a vice-liderança do Grupo C ao Corinthians. Com três pontos, um a menos que o líder Bragantino, o Timão pode ser ultrapassado em caso de vitória do Mirassol sobre o Novorizontino neste domingo.
O Corinthians volta a jogar na terça-feira, às 19h30, na Neo Química Arena, no clássico contra o São Paulo, o primeiro da temporada.
Veja outros trechos da coletiva:
Pedro Raul
– Em relação a contratações, a direção pode falar. Não cabe a mim até pelos acontecidos todos recentes. Estamos tomando todo o cuidado necessário. A direção vai falar sobre chegada, não vou falar. Vou falar quando ele tiver no meu grupo. O abraço ao Yuri foi porque se dedica muito nos treinos, nos jogos, ele se doa para a equipe, mas vive um momento de dificuldade. É nesse momento de dificuldade que temos que estar ao lado deles, cobrar duro e dar carinho. Faz parte do trabalho do treinador. Precisamos construir mais para ele, um jogador que depende dessa construção. Se olharmos o jogo em si, o Yuri não errou nada. O centroavante precisa receber bola em uma condição melhor, essa é nossa obrigação como equipe. Tenho certeza que isso vai acontecer.
Paulistão
– Corinthians tem que lutar para conquistar. A gente atrasou o processo pelas mudanças todas. Estamos saindo com grau de dificuldade maior. Quem tem mais tem quatro, nós temos três. Vamos lutar pela classificação, depois vamos ver o que acontece.
Tabu com São Paulo
– Jogo de terça vai colocar duas equipes em estágios diferentes. São Paulo tem uma equipe pronta e estamos iniciando uma reconstrução. Quando o juiz apitar, ninguém vai querer saber disso. Não será a primeira vez que uma equipe mais estruturada pode ser vencida por uma equipe que está sendo montada. Temos que construir para igualar, uma ótima capacidade de competição. Temos que baixar o nível de erro, nosso torcedor é brilhante, o público tem mostrado, com 80 mil no estádio em dois jogos da base. Tudo isso será a nossa força na terça-feira. Temos que lutar pela vitória.
Matías Rojas
– Não dá para separar o atleta em pedaços, a parte técnica é uma coisa, a de confiança outra. Ele vai poder render bem se estiver bem preparado. Falei ano passado algumas vezes que entendia o processo que iria passar, com outros jogadores, alguns chegam e demoram a se encaixar, tem condicionamento físico diferente, posicionamentos pouco diferentes, tento colocar o melhor possível para ele, estando por dentro e por fora, demos a função para o Fausto fazer o corredor, liberá-lo da marcação mais forte dos volantes, recebeu a bola bem, mas na ânsia não sustenta entrelinhas e baixa um pouco demais, como a bola na origem da jogada.
– Essas coisas são coisas que vão dando para a equipe, que o jogador precisa adquirir a condição para passar a confiança para os companheiros, se passa e não vai, precisa de jogadores que sustentem o passe apertado, que o adversário tenha medo que ele possa dominar a bola, gire e seja agudo. Isso o que queremos. Estamos trabalhando para ele poder fazer isso.
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