Treinador mantém a base de Dorival, mas muda papel dos meias e testa jogadores pelo lado direito O São Paulo volta a campo na tarde deste sábado (27), contra a Portuguesa, para mostrar que a equipe já tem a cara do treinador Thiago Carpini.
A amostra ainda é pequena: foram dois jogos até aqui, com uma vitória e um empate. Tempo que mostra apenas um esboço do que o técnico pretende inserir no time ao longo da temporada, que terá o primeiro grande teste na Supercopa do Brasil, no dia 04 de fevereiro.
Thiago Carpini em treino do São Paulo
Rubens Chiri / São Paulo
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Mesmo sem repetir a escalação, Carpini manteve o mesmo esquema tático e a forma de jogar nas duas partidas. O São Paulo entrou a campo num 4-2-3-1, mesmo sistema de Dorival, com Alisson e Pablo Maia como volantes e duas configurações na linha de meias: primeiro Rato, Luciano e Lucas; depois Ferreirinha, Galoppo e Rato.
Linha de meias sempre próxima
Os três meias tinham autorização para inverter posições, desde que se mantessem próximos dos volantes. Carpini já declarou que gosta de um time propositivo e quer que esse trio de meias jogue junto e procure as lacunas na defesa adversária para tocar a bola, jogar curto e com tabelas. O segundo gol contra o Santo André foi assim: bola tocada de pé em pé até chegar em Calleri.
Perceba como a movimentação dos meias é parecida: primeiro, os três atrás de Calleri, que prende os zagueiros e ajuda a abrir espaço, no jogo contra o Santo André:
Linha de meias contra o Santo André: sempre próxima
Reprodução
Depois, Galoppo e Ferreirinha próximos contra o Mirassol.
Meias do São Paulo jogam próximos e com tabelas
Reprodução
Dupla de volantes de frente para o gol
Outra semelhança é o posicionamento de Pablo Maia e Alisson: alinhados e jogando com a bola nos pés, de frente para o gol. Carpini mantém essa dupla, que é a mesma de Dorival, mas quer que eles saiam jogando mais, sempre com a bola no pé, para abastecer os meias que giram e se movimentam. Quem pensa o jogo são eles: os meias aceleram e agridem até chegar ao gol.
Com a entrada de Luiz Gustavo, um dos reforços do ano, Carpini deve manter esse posicionamento e ganha uma segurança defensiva maior, especialmente pelo lado esquerdo.
Alisson comemora gol do São Paulo com Pablo Maia
Rubens Chiri / Saopaulofc.net
Variações na saída de bola
Outra mudança que Carpini faz nesse começo de ano, a principal em relação ao time de Dorival, são algumas variações na forma do São Paulo sair tocando a bola de seu campo.
Contra o Mirassol, ele testou Diego Carlos como lateral pelo lado direito. Não foi um esquema com três zagueiros. Diego defendia como lateral, mas atacava como um terceiro volante junto aos zagueiros, a mesma função que é de Rafinha no time titular e em todo o ano de 2023.
Saída do São Paulo com Diego compondo uma linha de três
Reprodução
Já no primeiro jogo, o treinador testou uma saída na qual os dois laterais buscavam a bola dos zagueiros. Havia bastante variação: ora na direita, ora na esquerda. Lucas, que jogou começando pela ponta esquerda, funcionava como um falso meia com a bola e buscava o jogo lá atrás. Boa parte dessa postura foi para enfrentar o Santo André, que ao contrário do Mirassol, se postou todo na defesa e chamou o Tricolor para seu campo.
Saída com laterais alternando contra o Santo André
Reprodução
A Lusa não deverá se atirar no ataque em pleno Morumbi. O São Paulo de Carpini terá outra oportunidade para tocar a bola, girar o jogo e mostrar as variações que o treinador pensou no começo de uma temporada que marca o retorno à Libertadores e um recomeço ao Tricolor.
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