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Análise: Fluminense se equivoca na estratégia, mas derrota no "polo aquático" vai além do campo e bola

Por Virtual Rondônia em 05/06/2022 às 20:56:12
Diferentemente do Juventude, Diniz pecou em não levar em consideração o gramado alagado do Alfredo Jaconi na escalação. Porém, não dá para criticar a atuação onde não houve jogo de futebol Melhores momentos de Juventude 1 x 0 Fluminense pela 9ª rodada do Brasileirão 2022

Uma coisa é perder na bola, como no Fla-Flu, outra é perder no imponderável, como foi a derrota do Fluminense para o Juventude por 1 a 0 no último domingo. O que rolou (ou melhor, não rolou) no alagado gramado do Alfredo Jaconi foi tudo menos futebol. Vamos chamar de "polo aquático" só para ter um substantivo para usar no lugar. A autorização para realização de mais uma partida naquelas condições (já havia acontecido com o Flamengo em 2021), com o agravante de que por ser de manhã teria margem para atrasar algumas horas se preciso fosse esperar a drenagem "vencer" a chuva, é um retrato da desvalorização do esporte no país.

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Luiz Henrique em ação pelo Fluminense contra o Juventude

Mailson Santana / Fluminense FC

Por isso o "jogo" em si não tem o que se analisar, tática ou tecnicamente falando. Era só chute para o alto, trombadas e bola agarrando nas poças. Aliás, foi assim que originou o lance do gol contra de Luccas Claro, com um passe de Samuel Xavier interceptado na defesa pela água. Mas o Juventude teve o mérito de ler o "polo aquático" antes de começar. O técnico Eduardo Batista abriu mão de seus jogadores "leves" (Óscar Ruiz e Paulinho Moccelin estavam cotados para iniciar) e colocou um centroavante a mais (Vitor Gabriel) para trombar com os zagueiros.

Do lado tricolor, Fernando Diniz pecou ao tentar implementar o que havia planejado para a partida, imaginando o campo bom do Alfredo Jaconi quando seco. Claro que deve ser frustrante você trabalhar a semana inteira (sendo a única livre até aqui neste retorno do técnico ao clube) e ter que mudar tudo de última hora. Mas não era jogo para Ganso, por exemplo. Caio Paulista, que foi testado de lateral-esquerdo, não dá nem para saber se funcionou. Seria melhor tentar explorar sua força física ao colocá-lo para trombar com os zagueiros na área junto de Cano. Também não seria jogo para o argentino, mas aí não tem outro. Seria para Fred, Abel Hernández, Bobadilla...

Ganso cai em poça no jogo Juventude x Fluminense

Luiz Erbes / AGIF

Começar com três atacantes também não fazia sentido no campo pesado. Talvez fosse melhor abrir mão de Luiz Henrique ou Willian Bigode para iniciar com um a mais para brigar no meio, como por exemplo Yago. Diniz só foi mudar na volta do intervalo, e aí o time já estava perdendo. Colocou Cris Silva, um lateral de ofício, para cruzar bolas na área, mas tirou o Caio Paulista sem aproveitá-lo no ataque. E insistiu mais 12 minutos com um Ganso sem função em campo. O Fluminense terminou com 48% de posse de bola, seis finalizações e uma única chance de gol: a cabeçada de Manoel na bola parada, aos 17 minutos do segundo tempo.

Scout - Juventude x Fluminense

O Juventude também foi prejudicado pelo estado do campo, mas se adaptou muito mais rápido e terminou com 10 finalizações e quatro oportunidades de gol. Duas em erros do Fluminense no primeiro tempo: uma em corte errado de Caio Paulista na área, que virou passe para cabeçada de William Matheus aos 27 minutos; e outra no gol contra de Luccas Claro aos 31, quando Samuel Xavier parou na poça e Caio Paulista deu condição a Pitta. E duas na bola aérea na etapa final: uma com Vitor Gabriel aos 33, e outra com Paulinho Moccelin, que cabeceou mal aos 46.

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Por mais que tenham acontecido erros, não se teve futebol para criticar ou embasar o resultado. O Fluminense perdeu, sim, no "polo aquático" e amarga sua segunda derrota em situações atípicas: uma quando amassou o Flamengo, e outra para o imponderável. Mas em termos de pontuação nada disso importa, e o Tricolor passou a ver o Z-4 de perto.

Com 11 pontos, o Fluminense caiu uma posição na tabela do Campeonato Brasileiro, agora é o 12º colocado, e pode perder mais uma se o Goiás vencer o Botafogo no complemento da rodada. Os jogadores retornaram ao Rio de Janeiro ainda na noite de domingo e se reapresentam na tarde desta segunda-feira no CT Carlos Castilho. O Tricolor volta a campo na próxima quarta-feira, quando receberá o Atlético-MG, às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã.

"Na lagoa do Jaconi, pagou o pato quem tem o Ganso", diz Gabriel | A Voz da Torcida

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Fonte: Ge

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