Na ponta do lápis, Palmeiras tem 11,2% de chances de se tornar campeão já neste fim de semana. Na ponta da chuteira, o Brasileirão vem mostrando repetidas surpresas e reviravoltas No futebol, há pouco espaço para meios-termos. O Palmeiras está muito, mas muito proximo de se tornar campeão brasileiro mais uma vez, o que elevaria este seu elenco e, principalmente, o técnico Abel Ferreira, a um outro patamar na história do clube e do futebol brasileiro, o que justificaria cobrir qualquer oferta estrangeira para manter o português e seus colaboradores na Academia, o que resultaria em um contrato com valores jamais imaginados para um treinador no mercado brasileiro.
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O investimento faria sentido, afinal, Abel Ferreira, com sua competentíssima equipe, seria o responsável por liderar o lançamento dos talentos que estão chegando das categorias de base e que muito em breve estarão sendo negociados por milhões (escolha a moeda) para os cofre do Palmeiras, faturamento que estaria voltando como retorno desse maga investimento. Abel Ferreira assimilou e foi assimilado pela cultura do Palmeiras, o que aumenta o potencial de sucesso no lançamento da nova geração, da qual Endrick é "apenas" a ponta do iceberg.
Por outro lado, no domingo, a partir das 16h, no Allianz Parque, o obstinado trabalho pode vir a ser neutralizado pelo também lapidador Fernando Diniz, que aparenta estar colocando suas próprias joias em modo de alta competitividade, já no ritmo do que enfrentarão no Mundial de Clubes. A diferença pode ser o gramado sintético, onde quem sabe tratar bem a bola passa a ter ainda mais controle sobre ela.
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Se essa última alternativa virar realidade, estará abrindo espaço para uma histórica reviravolta no Brasileirão, talvez com o Botafogo ressurgindo de suas próprias cinzas, talvez com o Atlético-MG de Luiz "Feliz" Scolari atropelando o São Paulo, ou com o Flamengo aniquilando a organização defensiva do Cuiabá quando visitante, ou com o Grêmio levando suas então 20 vitórias como trunfo para um possível desempate na rodada final. Nesse caso, se então frustrado, o palmeirense de cabeça quente teria sangue frio para aceitar um aumento inimaginável para seu já histórico treinador, que pode liderar toda uma nova geração de talentos? Ou simplesmente entoaria cantos de despedidas e passaria a acompanhar a busca de um novo lapidador, como Fernando Diniz?
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Um Brasileirão altamente improvável como este serve de parâmetro para a magnitude dos desafios que cercam um futebol que precisa se reinventar para voltar a ser competitivo em nível mundial, onde há pouco espaço para meios-termos, invasões de campo, agressões dos mais variados tipos contra profissionais e outras atitudes irracionais, principalmente de dirigentes.
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Analisamos 102.592 finalizações cadastradas pela equipe do Espião Estatístico em 4.159 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto). Pelo modelo, em 10 mil simulações, o Palmeiras tem 11,2% de chances de ser campeão nesta rodada.
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*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100%
Espião Estatístico
Favorito >> Corinthians
Quando este confronto ocorre pela Série A com este mando, desde 2006 o Corinthians é amplamente dominante, com sete vitórias e duas derrotas em 15 jogos. A última vitória do Internacional foi em 2009, o tipo de tabu (7 V, 5 E) que tem atraído zebras dos mais diversos tipos, inclusive em jogos que já envolveram repetidamente o Internacional. O mesmo raio parece estar caindo em estádios diferentes nesta reta final de campeonato.
Contra o Vasco, na rodada passada, o desempenho do Corinthians foi suficiente para retirá-lo da faixa de menor nível de ameaça ofensiva que vinha apresentando nesta competição pelas métricas de xG (linha preta do gráfico), mas ao custo de deixar a defesa ainda mais vulnerável às ameaças adversárias, muito próximo de seu pior momento na competição, no início do returno. O Internacional venceu três de seus últimos quatro jogos fora de casa (Vasco, Cruzeiro e Cuiabá), com uma derrota para o Palmeiras.
O Corinthians fez e sofreu seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Internacional marcou e levou seis dos últimos fez gols em trocas de passes rasteiros. Ainda assim, o Internacional marcou quatro dos últimos cinco gols levantando a bola, e foi dessa forma que o Corinthians sofreu quatro dos últimos seis gols. O Internacional levou pelo alto dois dos últimos seis gols sofridos.
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100%
Espião Estatístico
Favorito >> Atlético-MG
O Atlético-MG é o segundo time no agregado dos mandos que mais fez gols em contra-ataques (11) e o terceiro mandante que mais fez gols assim (seis). Deve encontrar dificuldades para atuar dessa forma porque o São Paulo não sofreu qualquer gol em contragolpe no Brasileirão e é o quarto time que menos permitiu dessas finalizações (44). O Atlético-MG permitiu ainda menos, 41 (segunda menor marca).
O São Paulo vem de sua primeira vitória fora de casa (contra o Bahia). Entre as potenciais dificuldades que o Atlético-MG enfrentará na partida também está o fato de o São Paulo ser o segundo visitante que menos permite finalizações de adversários (13,0), com a 13ª resistência defensiva forasteira, um gol sofrido a cada 10,6 conclusões contrárias. O Atlético-MG tem a 11ª média de finalizações quando mandante (14,1), com a sexta eficiência, um gol marcado a cada 9,7 tentativas. O ataque do São Paulo tem a pior eficiência visitante, um gol a cada 17,9 tentativas, com a 14ª média de finalizações por jogo (9,9). O Atlético-MG está com a quarta defesa mais resistente entre os mandantes, um gol sofrido a cada 13,9 conclusões contrárias, a nona média de finalizações sofridas (10,8).
São duas das seis equipes mais punidas com cartões amarelos para jogadores: o Atlético-MG é o terceiro mais punido (108 amarelos; 3,00 por partida), e o São Paulo, o sexto mais punido (102; 2,83). Já foram marcados oito pênaltis para o São Paulo (terceira maior marca) e seis para o Atlético-MG (oitava marca). Contra o São Paulo já foram nove pênaltis (segunda pior marca) e contra o Atlético-MG, um, melhor marca defensiva.
É a partir de passes rasteiros que mais se balançam estas redes, com o Atlético-MG fazendo assim três dos últimos cinco gols, e o São Paulo sofrendo seis dos últimos sete gols. O São Paulo marcou com passes três dos últimos cinco gols, e o Atlético-MG sofreu dessa forma cinco dos últimos oito gols.
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100%
Espião Estatístico
Favorito >> Flamengo
Considerando que o Flamengo é o melhor visitante do Brasileirão e que acaba de perder para o segundo melhor visitante, o Atlético-MG, o adversário desta rodada não tinha como ser pior: o Cuiabá é o terceiro melhor visitante da competição (8 V, 3 E, 7 D, 50%), com o quinto ataque forasteiro (16 gols; 0,89), e a segunda melhor defesa visitante (15 gols sofridos; 0,83). Não sofreu gol em oito dos 18 jogos fora de casa (44%), segundo melhor desempenho defensivo forasteiro. O Flamengo é o nono mandante do Brasileirão (9 V, 5 E, 4 D, 59%), com o 14º ataque (24 gols; 1,33) e a quarta melhor defesa (15 gols sofridos; 0,83). Não sofreu gol em dez dos 18 jogos em casa (56%), segunda melhor marca defensiva caseira.
Estarão em campo duas das três equipes mais disciplinadas do Brasileirão em relação a cartões para atletas: o Flamengo é o time menos punido (80 amarelos; 2,22), e o Cuiabá, o terceiro menos punido (85; 2,36). São duas equipes com muitos pênaltis a favor: o Flamengo é o que mais teve pênaltis (nove) e o Cuiabá teve seis a favor (oitava). Foram seis pênaltis contra o Flamengo (11º) e quatro contra o Cuiabá (quarta).
O Flamengo trocou passes rasteiros para marcar quatro dos últimos cinco gols (sete de dez), e foi dessa forma que o Cuiabá sofreu cinco dos últimos oito gols. Além de sua força defensiva, o Cuiabá tem potencial para surpreender a partir do jogo aéreo porque marcou assim seis dos últimos dez gols, mesma proporção dos últimos dez gols sofridos (incluindo os últimos cinco gols sofridos.
Espião Estatístico
Favorito >> Palmeiras
O Palmeiras é o segundo melhor mandante do Brasileirão (13 V, 2 E, 3 D, 76%), com o segundo ataque (34 gols; 1,89) e a melhor defesa (12 gols sofridos; 0,67). Não sofreu gol em oito dos 18 jogos em casa (44%), quarta marca defensiva. Estará recebendo o time mais contrastante do campeonato: o Fluminense é o melhor mandante (13 V, 4 E, 1 D, 80%), mas o terceiro pior visitante (3 V, 4 E, 11 D, 24%), com o 12º ataque (18 gols; 1,00) e a sexta pior defesa (28 gols sofridos; 1,56). Não sofreu gol em quatro dos 18 jogos (22%), 13ª marca defensiva.
Mas, aparentemente, o Fluminense teve essa campanha ruim fora de casa apenas porque estava poupando energia para a Libertadores, e, agora que se prepara para o Mundial, está usando o Brasileirão para ir subindo o nível de competitividade para chegar no auge à Arábia Saudita. Não precisa mais poupar energia, e, assim, se torna um time perigoso, que vem de 3 a 0 fora de casa contra o Santos. A diferença é que o Palmeiras manda seus jogos no gramado sintético, onde o Fluminense tem potencial para trocar passes mais precisos.
Seja a seleção brasileira ou o Fluminense, as equipes sob a responsabilidade do treinador Fernando Diniz neste momento vêm sofrendo mais com as jogadas aéreas. No caso do Fluminense, levou assim seis dos últimos dez gols, mas dois dos últimos cinco. O Palmeiras levantou a bola para marcar quatro dos últimos cinco gols; antes enfileirava uma sequência de gols rasteiros. A serenidade com responsabilidade com que troca passes levou o Fluminense a marcar dessa forma sete dos últimos dez gols, e o foi como o Palmeiras sofreu cinco dos últimos sete gols.
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100%
Espião Estatístico
Favorito >> Botafogo
Duas equipes muito desequilibradas, uma ainda buscando o título, outra, confirmar sua permanência na Série A. Em campo, dois ineditismos: jamais um time fez o histórico primeiro turno do Botafogo e quem chegou mais perto nunca teve tantas dificuldades no returno. Já o ineditismo do Cruzeiro é gritante no desnível entre a resistência defensiva e a eficiência ofensiva: agora 14º colocado, o time sofreu 31 gols em 36 jogos, uma extraordinária média de 0,86 gol sofrido por partida. É a primeira vez nos pontos corridos com 20 equipes, desde 2006, que um time que sofreu 31 gols ou menos esteve ameaçada de ir para a Série B.
Ao longo dos anos, times que sofreram 31 gols acabaram a rodada 36 como líder e campeão, como o Palmeiras, em 2016; segundo colocado como o Internacional, em 2006 e 2022, ou o Grêmio, em 2012 e 2017; ou terceiro colocado, como o Grêmio-2015 e o Palmeiras-2019). Com essa defesa, o Cruzeiro conseguiu desempenho para lutar pelo título, e um ou dois atacantes goleadores para próxima temporada podem tornar essa equipe candidata ao título (se mantiver a consistência defensiva atual). Como comparação, o Botafogo tem a maior eficiência em finalizações de dentro da área que viraram gol, 18% de efetividade, e o Cruzeiro tem a pior de todos os 20 times, com efetividade de 11%. O Botafogo fez 48 gols de dentro da área, e o Cruzeiro, 28. O Botafogo tem o terceiro melhor ataque do Brasileirão e recebe o pior ataque.
Uma dificuldade que o Botafogo pode encontrar na partida é o fato de o Cruzeiro saber neutralizar os contra-ataques, tendo sofrido apenas um gol assim fora de casa em 30 conclusões contrárias, nona equipe visitante que menos sofreu dessas finalizações, embora desta vez vá enfrentar um especialista: o Botafogo é o segundo mandante que mais finalizou em contragolpes (46) e o que mais gols marcou dessa forma (nove). E o Cruzeiro ainda tem potencial para surpreender dessa forma porque o Cruzeiro já marcou cinco gols em contra-ataques (terceira marca visitante) em 31 finalizações (sexta marca). O Botafogo sofreu quatro gols em contragolpes (14ª marca) em 26 finalizações sofridas (oitava marca).
O Botafogo usou bolas altas para marcar sete dos últimos oito gols, e foi dessa forma que o Cruzeiro sofreu seis dos últimos oito gols. O Cruzeiro trocou passes para fazer cinco dos últimos seis gols, e foi assim que o Botafogo sofreu seis dos últimos dez gols (dois dos últimos cinco).
Espião Estatístico
Favorito >> Grêmio
Estarão em campo as duas equipes que menos arriscam finalizações de fora da área: o Vasco é o que menos faz isso (37,6% das conclusões são de longe), e o Grêmio, o segundo que menos arrisca (38,9%). Ainda assim, o Grêmio é o time com mais gols de fora da área (dez), e o Vasco fez três gols assim (terceira menor marca). Ainda que esses 13 gols façam diferença, o Grêmio tem um gol a cada 18 tentativas de fora da área e um gol a cada 5,9 tentativas de dentro da área. No Vasco, a diferença é gigantescamente maior: o Vasco fez um gol a cada 53 finalizações de fora da área e um gol a cada 7,4 tentativas de dentro da área. Com essa diferença, o melhor é ter paciência para finalizar de perto, o que as duas equipes fazem.
O Grêmio é o segundo melhor mandante do Brasileirão (13 V, 2 E, 3 D, 76%), com o terceiro melhor ataque caseiro (33 gols; média 1,83) e a sétima defesa (16 gol sofridos; 0,89). Não sofreu gol em sete dos 18 jogos em casa (39%), sétima marca. O Vasco é o 14º visitante (3 V, 7 E, 8 D, 30%), com a 14ª defesa (17 gols; 0,94), e a 13ª defesa (27 gols sofridos; 1,50). Não sofreu gol em três dos 18 jogos fora (17%), 14º desempenho.
O Grêmio trocou passes para marcar nove dos últimos dez gols, e o Vasco sofreu assim três dos últimos sete gols (metade dos últimos dez). O Vasco tem potencial para surpreender a partir de jogada aérea porque marcou dessa forma sete dos últimos dez gols (quatro dos últimos seis), e o Grêmio levou assim seis dos últimos dez gols (três dos últimos cinco).
Espião Estatístico
Favorito >> Athletico-PR
O Athletico-PR não vence há sete jogos (5 E, 2 D), mas perder mesmo só quando foi visitante. Em casa, como nesta rodada, não perde há 12 partidas (5 V, 7 E) e só perdeu um dos últimos 18 jogos como mandante (9 V, 8 E, 1 D). A equipe é muito dominante quando recebe o Santos, com nove vitórias e apenas três derrotas em 16 jogos. Nos últimos seis confrontos pela Série A com este mando foram três vitórias do Athletico-PR, um empate e duas vitórias do Santos, a última em 2021.
De todo o Brasileirão, a defesa do Athletico-PR enfrenta suas maiores dificuldades para neutralizar o nível de ameaça dos adversários, sofrendo finalizações com características para virarem 1,67 gol pelas métricas de xG (linha vermelha do gráfico). Em casa, o Athletico-PR tem sofrido em média 11,2 finalizações por partida (14ª marca) e um gol a cada 10,6 conclusões contrárias.
Jogo com forte potencial para gol a partir de jogada aérea: o Athletico-PR marcou seis dos últimos dez gols assim (quatro dos últimos seis), e foi como o Santos sofreu quatro dos últimos seis gols. No ataque, o Santos levantou a bola para marcar seis dos últimos sete gols, e o Athletico-PR levou dessa forma cinco dos últimos oito gols.
Espião Estatístico
Favorito >> Fortaleza
A ver como estará o Goiás após a confirmação de que não estará na Série A em 2024. Já foram marcados sete pênaltis a favor e contra o Fortaleza e cinco a favor e contra o Goiás. Como o Fortaleza tem o quarto maior número de finalizações em contra-ataques (75) e o quarto de gols feitos (nove), o jogo acaba tento mais potencial para pênaltis, já que pode ser disputado em velocidade pelo Fortaleza contra um time que pode estar abalado e com dificuldade para manter a intensidade. O Goiás é o quinto time que menos sofreu finalizações em contragolpes (49 e apenas 21 quando visitante). É também o time mais faltoso do Brasileirão, com média de 17 faltas por partida. O Fortaleza fez em média 13,7 faltas, sétima menor marca.
Os dois times levaram metade dos últimos dez gol em bolas altas e metade em passes rasteiro. O Fortaleza trocou passes rasteiros para marcar seis dos últimos sete gols (oito dos últimos dez), e o Goiás sofreu quatro dos últimos seis gols após bolas altas. No ataque, o Goiás usou bolas altas para marcar cinco dos últimos sete gols, e o Fortaleza levou assim três dos últimos cinco gols.
Espião Estatístico
Favorito >> Bahia
Foram apenas três jogos pela Série A com este mando de 2011 para cá, mas o Bahia ainda não conseguiu derrotar como visitante o América-MG, com duas derrotas e um empate. Mas, já sem vaga na Série A do ano que vem, o América-MG vive seu pior momento defensivo na competição, sem forças para impedir que os adversários criem o maior nível de ameaça já suportado pela equipe mineira, sofrendo finalizações com características para virar 2,11 gols por jogo pelas métricas de xG (linha vermelha do gráfico). Após uma queda muito acentuada, o Bahia conseguiu elevar seu nível de ameaça ofensivo para 1,47 gol (linha preta do gráfico).
O América-MG marcou seis dos últimos oito gols a partir de jogadas aéreas, e o Bahia levou dessa forma dois dos últimos dez gols. No ataque, o Bahia levantou a bola para marcar quatro dos últimos seis gols, e foi assim que o América-MG sofreu quatro dos últimos sete gols.
Metodologia
Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2023 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos oficiais, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de "Gols Esperados" ou "Expectativa de Gols" (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 102.592 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.159 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.
O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o "pé bom" (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o "pé ruim" (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.
De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.
O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Gabriel Leonan, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Victor Gama.