Presidente corintiano assumiu equívocos em trocas constantes de técnico e o impacto das escolhas em mais um ano sem título A eliminação do Corinthians da Copa Sul-Americana, sofrida na última terça-feira na derrota por 2 a 0 para o Fortaleza, "garante" que o mandato de Duilio Monteiro Alves termine sem nenhum título. Depois do jogo, o presidente falou no Castelão e pela primeira vez assumiu abertamente os erros que cometeu em 2023.
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Duilio Monteiro Alves reconhece erros no planejamento do Corinthians em 2023
– No futebol a gente não tomou as melhores decisões, por isso tantos treinadores. Se tivéssemos feito as melhores escolhas, não teríamos passado por tudo o que passamos, o que é o motivo realmente desta eliminação, como foi a da Copa do Brasil. Temos que seguir trabalhando com o Mano, que seja o caminho a percorrer, para o próximo presidente ter melhores escolhas lá na frente – disse o dirigente corintiano.
Duilio é o primeiro presidente do Corinthians sem título nos últimos 35 anos. O último havia sido Roberto Pasqua, que comandou o clube entre 1985 e 87 – depois do bicampeonato estadual da Democracia Corintiana e antes do Paulistão de 1988. De lá para cá o Timão teve seis presidentes que saíram campeões, mas não no atual mandato.
– Sem dúvida, é isso. Não é talvez. Nós erramos nas escolhas e por isso tantos treinadores. A gente sabe que atrapalha. Sempre prezamos pelo tempo de trabalho, mas foi inviável a manutenção do tempo de trabalho porque erramos nas escolhas, infelizmente – repetiu Duilio Monteiro Alves quando questionado diretamente.
– Concordo (que a eliminação reflete o ano). Parte de nós do comando do futebol não tivemos boas escolhas, erramos, tivemos que trocar no meio do caminho, e o resultado está aí. No futebol, quando você faz tudo certo já é difícil de ganhar; quando você erra, é praticamente impossível. E nós erramos. Não no planejamento, mas nas escolhas – completou o presidente.
Ele deixa o cargo na virada do ano. O sucessor ainda não está definido, pois o Corinthians passa por eleição presidencial em 25 de outubro.
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Marcelo Braga
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Demissão de Luxemburgo
– Tínhamos uma opção a fazer, sabendo que o Vanderlei não teria continuidade no próximo ano, até pelos comentários dos candidatos (à presidente), e também pelo que ocorreu no primeiro jogo. A gente entendeu por questões nossas do dia a dia que era o momento de fazer uma troca para pensar no futuro mas que essa troca fizesse algum efeito. O tempo de trabalho infelizmente não dá para esperar. A gente acreditava muito nessa classificação e infelizmente não conseguiu.
Por que não demitiu Luxa antes?
– Sempre vai ter isso, do porquê não foi antes ou por que fez. Fizemos no momento que entendemos que havia um fato novo, mas também pensando no futuro. A gente precisava dar uma direção para o futebol do Corinthians. Em outros departamentos a gente foi bem, e no futebol não. Tomamos essa decisão pelas características do Mano, para que ele inicie o trabalho pensando no futuro do Corinthians. Já que erramos no futebol, que agora haja um caminho para seguir com o Mano.
Reta final de mandato
– Ainda tem muita coisa a ser feita, são três meses e pouco ainda. E tem coisa boa para acontecer com o clube fora de campo, mas no futebol profissional fomos mal e não tivemos conquistas nestes três anos. O clube ainda pode fazer muita coisa boa para o próximo presidente encontrar uma situação muito melhor, consiga montar o time e que tenha escolhas melhores do que as que eu tive. Eu infelizmente não conquistei.
Desculpas à torcida
– A gente está muito triste de não conseguir passar para mais uma final, mais uma vez sendo eliminados em uma semifinal. Nos desculpar com nosso torcedor por não ter tido o que eles merecem, por tudo o que fazem e apoiam nos 90 minutos. Não existe distância, como aqui, bem longe de SP e eles estavam aqui. Só temos que nos desculpar, porque eles mereciam muito mais, mereciam o título e infelizmente não conseguimos dar isso a eles.
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