A atriz trouxe à tona as complexidades por trás desse tipo de elogio velado. "Ganhei o selinho 'tá bem para a sua idade'. Atrás disso, tem uma coisinha camufladinha ali. Você tá bem para a sua idade, mas só para a sua idade. Comparando a outras idades, você não está tão bem", ponderou, em vídeo no seu perfil.
Ela também detalhou os pensamentos que invadem sua mente quando é elogiada sob essa premissa. "Claro que fico feliz que estão me elogiando. Muito obrigada, mas estou meio escrava do selinho agora. Será que tenho que malhar mais, comer melhor, tratar mais da pele? Vai que eu perca esse selo... vai que muda o padrão e pessoa da minha idade não pode nem ser boa para a própria idade."
Em seu relato, a atriz também direcionou sua atenção à disparidade de tratamento entre homens e mulheres no contexto do envelhecimento: "Homem de 50 não precisa do selo. Ele já nasce com o selo. Homem de 50, para o mercado, é artigo de luxo."
Para Ingrid, a sociedade precisa reexaminar os padrões que impõe às mulheres conforme elas envelhecem. "Queria entender por que eles são chamados de George Clooney, e a gente de 'sábia do tarô'? Mas homens jamais vão ganhar selinho porque envelhecer é coisa de mulher", concluiu a atriz, encerrando seu desabafo com uma reflexão profunda sobre as desigualdades de gênero que ainda persistem.
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Fonte: Notícias ao minuto