Técnico destaca empenho do time para impedir a derrota em casa para o América-MG: "Só com união do grupo foi possível chegar ao empate" O técnico Vitor Pereira admitiu que o Corinthians não teve uma boa atuação no empate por 1 a 1 diante do América-MG, neste domingo, Na Neo Química Arena. A equipe perdeu a liderança isolada do Brasileirão e agora, com 15 pontos, divide a ponta com Palmeiras e Atlético-MG.
– Foi uma sequência dura de jogos, foi um acumulado de jogos difíceis e complicados. Este campeonato não é fácil, as equipes e os jogadores têm qualidade. Hoje pegamos uma equipe que nos exigia uma dinâmica mais forte, abrir os espaços, e não conseguimos encontrar. Não tenho problema nenhum em falar que o jogo da nossa parte não foi um jogo bem-sucedido – afirmou o treinador.
– Quero reforçar o espírito de equipe na parte final do jogo, só com união do grupo foi possível chegar ao empate. Quero enaltecer isso, não foi por falta de entrega, foi por dificuldades na dinâmica. Teríamos que estar frescos e zerados para conseguirmos os três pontos – acrescentou.
+ Veja como foi Corinthians x América-MG
Vítor Pereira em Corinthians x América-MG
Marcos Ribolli
Vítor Pereira entende que o Corinthians teve dificuldade para jogar com a marcação feita de forma mais individual pelo América-MG.
– A marcação foi muito individualizada. E nós sem a dinâmica de trocas posicionais, de perceber os espaços. Temos dificuldades para dar resposta contra equipes que jogam assim. Temos que nos preparar porque há muitas equipes no Brasil com essa dinâmica defensiva. Temos que encontrar formas de contrariar esse tipo de adversário. Hoje tivemos dificuldades.
– As substituições foram no sentido de colocar em campo que têm mais facilidade nas jogadas individuais. Passou um pouco por isso. Nós retraímos a pressão para marcar baixo, e deixamos o adversário criar chances de perigo. Mas isso vamos analisar, procurar recriar contra adversários assim. Nosso jogo não é bem esse. Nós temos duas equipes em termos de dinâmica de treino. Quer dizer que, na próxima oportunidade contra adversários assim, temos que recriar com uma equipe. Nós defendemos mais por zona, não tão individual, mas terei que recriar. Em Portugal isso não existe, não lembro de uma que marque individualmente. É um desafio a mais deste campeonato.
Para tentar voltar a ter uma melhor desempenho nas partidas, o treinador terá uma semana livre para treinos. A equipe volta a campo apenas no próximo sábado, às 20h30, para enfrentar o Atlético-GO, fora de casa.
A semana será importante para Vítor Pereira, que teve raros momentos de dias seguidos para trabalhar a equipe. O técnico português, porém, pode ter mais um problema no departamento médico, já que Willian saiu com dores no pé direito.
– Vamos recuperar jogadores importantes que estão lesionados, nos recuperar dessa sequência dura de jogos que tivemos, com viagens, melhorar nossas dinâmicas defensivas e ofensivas... Agora, recuperar psicologicamente, não sei. A equipe está no topo do campeonato, está nas oitavas da Libertadores, classificou na Copa do Brasil, então não sei que recuperação psicológica tenho que fazer com os atletas – comentou.
– Temos que estar cientes dos nossos limites apenas, recuperar nossa energia, melhoras as dinâmicas e ir para a luta no próximo jogo. Não se pode ganhar sempre no futebol. Hoje tivemos muitas dificuldades. É tentar dar uma resposta de maior qualidade no próximo jogo – completou.
Os gols de Corinthians 1 x 1 América-MG, pela 8ª rodada do Brasileirão 2022
Veja outras respostas do treinador:
Empates fora de casa são negativos?
– Contra o Boca, por exemplo, não foi. Contra o Inter também não. Só se o Corinthians for obrigado a ganhar todos os jogos, e humanamente não é possível. Não temos elenco para ganhar todos. Temos um elenco de gente unida, de uma família mesmo. Temos tentado dar resposta nessa sequência difícil de jogos. O empate em casa contra o Always é negativo. Mas criamos chances claras de gol, faltou foi eficácia. Foi um jogo que tivemos mais do que o dobro de oportunidades suficientes para vencer, mas não aconteceu. E não foi porque a dinâmica ofensiva do time não foi boa, porque criamos. Contra o Inter era um jogo muito difícil.
– Cada ponto fora, nesse campeonato, desde que se ganhe os jogos em casa... Pegamos o São Paulo e empatamos, é uma equipe difícil, que vai disputar conosco. Portanto, o que quero dizer com isso é que nós não temos soluções em quantidade e qualidade que nos permita ganhar todos os jogos. Hoje, por exemplo, foi um jogo que precisávamos de uma dinâmica mais forte, de estarmos mais frescos. Imagina se tivesse jogado o último jogo com os mesmos? Essa é a grande dificuldade desse campeonato. Eu já falei há dois dias que a alternância de estrutura tirou um pouquinho das referências posicionais das dinâmicas da equipe, em termos ofensivos. Tivemos que mudar, mas tirou qualidade em termos de dinâmica. Não tenho problema em admitir isso.
– Para aproveitar essa semana, seis dias de trabalho, é uma coisa que não é normal, vamos recuperar os jogadores lesionados, que são importantes, que nos acrescentariam mais qualidade. Melhorar nossa dinâmica para ganhar os jogos. Esse é o trabalho.
Quanto impacta não participar da montagem do time?
– Quando eu aceitei o convite do Corinthians, aceitei o elenco. Eu aceitei o desafio. Sabemos que não é um elenco perfeito. É um elenco que, quando temos quatro jogadores lesionados, perdemos intensidade. Temos o Paulinho lesionado, o Jô, João Victor, Willian agora... Esses jogadores que acrescentam alguma coisa ao jogo, se forem castigados com entradas violentas, e certas entradas não forem punidas com o cartão vermelho, esse tipo de jogadores vai estar muitas vezes fora. São castigados. O Willian então, é castigado consecutivamente.
– Nós temos que olhar para a realidade do clube, fazer uma análise e, daqui a algum tempo, reforçar pontualmente alguma posição. Isso se for possível. Se não for, é recuperar os lesionados, continuar evoluindo os mais jovens e tentar dar a melhor resposta possível. Temos que olhar para esses também (emprestados), todas as possibilidades.
Variações táticas
– Consideramos que era fundamental ter um esquema alternativo, e aí buscamos isso com pouco tempo. Essa alternância, que nos permitiu garantir pontos em certos jogos, afetou nossa dinâmica do 4-3-3. É no sentindo de recuperar essa dinâmica que vamos a procura.
Mais sobre as variações
– Provavelmente eu não estou me fazendo entender. Nós começamos a ter algumas dificuldades do ponto de vista ofensivo jogando no 4-3-3. Ou porque estávamos cansados, e o adversário saia da nossa primeira pressão, nos obrigando a correr para trás. O trabalhar no segundo sistema foi no sentido de dar respostas para o que estávamos sentindo. O 3-4-3 não é um monstro que vai comer a qualidade. Agora, as dinâmicas são diferentes nas formações. E esse entendimento que precisa ter quando joga em dois sistemas precisa de mais tempo de trabalho, de mais maturação. Mas também tivemos necessidade para fazer isso, pela falta do lateral-direito. Contra o Cali, joguei com o Piton na direita. O que eu quero dizer é que essa alternância afetou um pouco a dinâmica do 4-3-3. Tendo consciência disso, teremos que voltar a insistir mais no 4-3-3, mas pontualmente, vamos ter que usar o 3-4-3. E vamos ter que estar preparados para isso.
Semana livre
– Vamos ter uma dinâmica na semana que nos permita trabalhar os quatro momentos do jogo, mais as bolas paradas, de uma forma equilibrada. Uma semana curta não permite isso. Quando temos jogo no meio, a equipe que jogou recupera em dois dias e logo estamos na véspera do jogo seguinte. Com os outros, chamamos os jogadores da base... Quer dizer que temos um treino para pegar a equipe que não jogou, chamar os jogadores da base, e procurar trabalhar estrategicamente o jogo seguinte. Essa semana teremos a oportunidade de dedicar um dia mais para uma coisa, no outro dia dedicar a outra, mas todas no sentido de melhorar defensivamente e ofensivamente.
Sobre Willian
– O Willian se jogar só por fora, se torna mais previsível. Eu peço para ele alternar de fora para dentro em função do que o jogo pede, em função dos espaços que se abrem. O Willian, com a experiência que tem, tem a capacidade de jogar por dentro ou por fora, além de maturidade tática para jogar nos dois sistemas. O que me preocupa são os mais jovens. Quando passa de um sistema para outro, às vezes não entendem as "sub-dinâmicas". Estão acostumados por jogar por fora, têm dificuldade para jogar por dentro. São essas alterações, nas sub-dinâmicas do sistema, que são entendidos em um sistema e em outros não... Já mudamos no mesmo jogo. Contra o Fortaleza, a alteração foi positiva. Com o São Paulo, entramos em 3-4-3, mudamos para 4-3-3 na segunda parte, e a mudança, que estava trabalhada, resultou que jogamos melhor na segunda parte.
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Reprodução
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