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Experiência e capacidade de renovação: o Tottenham busca um novo treinador

Por Virtual Rondônia em 28/04/2023 às 07:12:21
Após a saída de Antonio Conte, a equipe inglesa prioriza a busca por um perfil mais maleável e com um estilo de jogo ofensivo O debate sobre o nome ideal para levar o Tottenham rumo a duas melhores teve quatro respostas diferentes nos últimos três anos: José Mourinho, Nuno Espírito Santo e Antonio Conte.

Nenhum deles foi uma solução definitiva. Nem sequer o interino Cristian Stellini conseguiu permanecer no cargo após a humilhante derrota de 6 a 1 para o Newcastle.

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Numa das piores crises de sua história, o clube tem em mente que precisa de alguém que consiga comandar a reconstrução de elenco para voltar a competir em nível europeu, formar uma identidade de jogo e buscar títulos menos complicados na Inglaterra, como a FA Cup.

Mas quem pode combinar todas essas características?

Jules Nagelsmann, técnico do Bayern, com cara de poucos amigos

AFP

Há quem diga que a figura do treinador é o menor do problemas.

O grupo de jogadores que atingiu o ápice na final da Liga dos Campeões, em 2018/19 precisa ser reconfigurado. Reservas como Lucas Moura, Tanganga e Gil devem ser negociados. Titulares como Hugo Lloris, Ben Davies e Eric Dier estão na parte final de suas carreiras.

É por isso que o perfil de Julian Nagelsmann agrada a diretoria. Seu estilo agressivo com e sem a bola é bem quisto pelo clube, que tentou contratá-lo em 2019 e 2021. Daniel Levy e a diretoria dos Spurs entendem que Nagelsmann pode rejuvenescer o elenco trazendo jovens promissores, além de aproveitar os zagueiros no elenco.

No Hoffenheim e RB Leipzig, ele gostava de um 3-4-2-1. Já no Bayern de Munique, foi adepto de um 4-2-3-1 sem a presença de um nove fixo, com Muller e Sané na função. Com Harry Kane, Nagelsmann teria que se adaptar a ter um nove mais completo, e uma das qualidades mais vistas no jovem treinador é a capacidade de fazer ajustes entre jogos e partidas, sempre olhando para as forças e fraquezas do adversário.

O poder de adaptação é uma das razões pelas quais Nagelsmann não deve ficar muito tempo com a carteira de trabalho vazia, ainda mais com o elenco e dinheiro atraentes do Chelsea.

Um plano B seria a contratação de Oliver Glasner, do Eintracht Frankfurt. O austríaco revolucionou o Frankfurt com um trabalho sólido: venceu a Liga Europa na temporada passada e chegou na semifinal da DFB Pokal, a Copa da Alemanha.

Ele parte de um 3-4-2-1 como base, com laterais rápidos que ocupam a amplitude e chegam na área, e um centro de campo mais talentoso. Kamada, Jesper Lindstrom e Randal Kolo Muani, que deve pintar num clube grande, se aproximam e jogam em busca de espaços para correr na frente. É um estilo que casa muito com Son, Porro e Dejan Kulusevski, um dos jogadores mais promissores desse elenco.

Luis Enrique em Marrocos x Espanha nas oitavas da Copa do Mundo

REUTERS/Matthew Childs

Nagelsmann e Glasner são treinadores promissores assim como Pochettino era. Já Luis Enrique é um nome tarimbado, campeão de tudo e que chegaria nos Spurs exigindo investimentos e controle, tal como Mourinho fez.

Seu estilo de controle de jogo a partir da bola e do cumprimento de posições quase que fixas em campo poderia ser um problema, mas no meio-campo mora o encaixe que pode beneficiar o treinador. Afinal, Rodrigo Bentancur tem inteligência posicional e Pierre-Emile Hojbjerg consegue criar a passar de forma vertical assim como Rakitic fazia no Barcelona. Outro ponto é que, depois de Mourinho e Conte, o elenco certamente gostaria mais do caloroso espanhol, que disputa competições de bicicleta em seu tempo livre.

Há muita incerteza no ar. Um possível retorno de Mauricio Pochettino não está descartado. A chegada de Ruben Amorim também é vista como provável. Seu Sporting impôs dificuldades em Londres: o Tottenham não venceu os dois jogos contra eles na Liga dos Campeões, e na Liga Europa, o clube eliminou o Arsenal com um 3-4-3 pautado na posse de bola no campo ofensivo e no trabalho rápido para Marcus Edwards, Fransisco Trincão e Pedro Goncalves, com alas abrindo o campo.

Mauricio Pochettino durou no cargo de técnico do PSG cerca de um ano e meio

AFP

O problema é que com apenas 38 anos e uma experiência rápida no Braga antes do atual clube, Amorim poderia ser um nome muito fácil de ser triturado na verdadeira máquina de moer técnicos e jogadores que é o Tottenham, um clube que não venceu nada com nomes comprovadamente vencedores como Conte e Mourinho, demitiu Pochettino após um reinado de bom futebol e fez Nuno Espírito Santo parecer um treinador ruim (não é).

No fim das contas, o Tottenham carece de identidade. De saber o que quer de um treinador e de seu elenco. Sim, é claro que o clube quer vencer - são apenas 3 títulos nos últimos 40 anos.

O próximo técnico do Tottenham precisará reconstruir um clube sem um projeto e sem uma identidade enquanto trabalha para tirar o clube de uma seca cada vez mais insuportável para seus torcedores.

Fonte: Ge

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